CROMATOGRAFIA

Cromatografia.

O termo Cromatografia (chrom: cor; graphie: escrita) foi usado pela primeira vez em 1906 e sua utilização é atribuída a um botânico russo ao descrever as suas experiências na separação dos componentes de extratos de folhas. Neste experimento, a passagem de éter de petróleo (fase móvel) através de uma coluna de vidro preenchida com carbonato de cálcio (fase estacionária), à qual se adicionou o extrato, levou à separação dos componentes em faixas coloridas.

A cromatografia consiste num método físico-químico de separação. Está fundamentada na migração diferencial dos componentes de uma mistura, que ocorre devido às diversas interações, entre duas fases imiscíveis (que não se misturam):

-> a fase móvel (com um líquido ou gás, que ajuda na separação da mistura)

-> a fase estacionária (fixa, sendo um material poroso como um filtro, por onde se deslocará a fase móvel).

A cromatografia pode ser utilizada para identificar compostos, por comparação com padrões previamente existentes, para purificar compostos, separando-se as substâncias indesejáveis e para separar os componentes de uma mistura. As diferentes formas de cromatografia podem ser classificadas considerando-se diversos critérios, como alguns listados a seguir.

1. Classificação pela forma física do sistema cromatográfico

No que diz respeito à forma física do sistema, a cromatografia pode ser subdividida em:

1.1 Cromatografia em coluna.

Técnica de separação cuja fase estacionária acontece dentro de um tubo. Esta subdivide-se em:

1.1.1 Cromatografia líquida clássica

Técnica muito utilizada para isolamento de produtos naturais e purificação de produtos de reações químicas. As fases estacionárias mais utilizadas são sílica e alumina. Porém, esses adsorventes (adsorção consiste na penetração de um líquido em um sólido) podem servir simplesmente como suporte para uma fase estacionária líquida. Fases estacionárias sólidas levam à separação por adsorção e fases estacionárias líquidas por partição.

1.1.2 Cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE)

As fases móveis utilizadas nesta técnica devem possuir alto grau de pureza e estar livres de oxigênio ou outros gases dissolvidos, sendo filtradas e desgaseificadas antes do uso. A versatilidade desta técnica consiste no grande número de fases estacionárias existentes, as quais possibilitam análises e separações de uma ampla gama de compostos com alta eficiência. É utilizada em várias áreas da ciência, no acompanhamento de sínteses, em análises de pesticidas, feromônios, isolamento de produtos naturais e sintéticos e na produção e controle de qualidade de medicamentos, etc. O suporte mais comumente utilizado é a sílica e as separações podem se dar por adsorção, partição ou ambos.

1.1.3 Cromatografia gasosa de alta resolução (CGAR)

É uma das técnicas analíticas mais utilizadas. Seu principal mecanismo de separação está baseado na partição dos componentes de uma amostra entre a fase móvel gasosa e fase estacionária líquida. A cromatografia gasosa, além de possuir um alto poder de resolução, é muito atrativa devido à possibilidade de detecção em escala de nano e picogramas.

1.2 Cromatografia planar

Técnica cuja fase estacionária é suportada sobre uma placa plana ou nos poros de um papel.

Esta subdivide-se em:

1.2.1 Cromatografia em papel (CP)

É uma técnica de adsorção líquido-líquido, estando um deles