Corpusculo De Barr

1. INTRODUÇÃO

O Corpúsculo de Barr é apenas encontrado em indivíduos do sexo feminino, ou seja, o genótipo XX é visível em células somáticas durante o período de interfase. O corpúsculo de barr é regulagem natural para as duas cargas genéticas dos indivíduos femininos de nossa espécie. Um cromossomo X fica inativo, assim deixando que apenas um dos alelos x se manifeste. Nos indivíduos masculinos de nossa espécie, que seria o genótipo XY, não tem corpúsculo de barr, porque só se manifesta um cromossomo X.

Cromatina sexual é importante, pois por meio dela diferenciarmos as células masculinas das femininas e ainda podemos identificar a se ocorreu alguma síndromes ou anomalias cromossômicas sexuais.

Segundo a hipótese de Lyon de 1961, existe nas células de mamíferos fêmeas apenas um cromossomo X, que está ativo. Isto faz com que o equilíbrio da dosagem entre homens XY e mulheres XX de acordo com os genes que estão no cromossomo X. O cromossomo X que não está ativo é chamado de corpúsculo de Barr. A inativação de um dos cromossomos X que estão nos indivíduos XX acontece no início da vida embrionária, mais ou menos no 13° ao 16° dia de vida intra-uterina.

Há duas propriedades muito importantes:

- A determinação aleatória: o X materno e o X paterno, os quais têm a mesma probabilidade de serem escolhidos para serem inativados.

- A manutenção do padrão de inativação: Quando é escolhido o cromossomo x a ser inativado, todos os descendentes clonais desta célula terão o mesmo X inativo. Assim, vamos que a inativação de um dos X é determinada aleatoriamente, porem fixo.

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3. HIPÓTESE DE LYON

Em 1949, o pesquisador inglês Murray Barr descobriu que há uma diferença entre os núcleos interfásicos das células masculinas e femininas: na periferia dos núcleos das células femininas dos mamíferos existe uma massa de cromatina que não existe nas células masculinas. Essa cromatina possibilita identificar o sexo celular dos indivíduos pelo simples exame dos núcleos interfásicos: a ela dá-se o nome de cromatina sexual ou corpúsculo de Barr.

A partir da década de 1960, evidências permitiram que a pesquisadora inglesa Mary Lyon levantasse a hipótese de que cada corpúsculo de Barr forre um cromossomo X que, na célula interfásica, se espirala e se torna inativo, dessa forma esse corpúsculo cora-se mais intensamente que todos os demais cromossomos, que se encontram ativos e na forma desespiralada de fios de cromatina.

Segundo a hipótese de Lyon, a inativação atinge ao acaso qualquer um dos dois cromossomos X da mulher, seja o proveniente do espermatozóide ou do óvulo dos progenitores. Alguns autores acreditam que a inativação de um cromossomo X da mulher seria uma forma de igualar a quantidade de genes nos dois sexos. A esse mecanismo chamam de compensação de dose. Como a inativação ocorre ao acaso e em uma fase do desenvolvimento na qual o número de células