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Criatividade Do Som

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Por:   •  24/3/2014  •  1.146 Palavras (5 Páginas)  •  381 Visualizações

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‘CRIATIVIDADE DO SOM’

Projeto de acústica qualificado e soluções econômicas criativas colaboram na

execução de estúdio de música.

Na década de 70, Nova York abrigava uma badalada casa noturna, o Studio 54. Surgido no auge do disco music, o espaço logo se tornou símbolo de glamour e diversão para um seleto grupo de ricos e famosos. Três décadas depois, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, o Norcal Studios faz uma leve analogia a esse clube.

O estúdio projetado pela Drucker Arquitetura, diferentemente da edificação da 54th West Street, destina-se à gravação, masterização e produção musical. O projeto foi apresentado na Revista AU – Arquitetura e Urbanismo, reportagem escrita Eliane Quinalia, edição 159, junho/2007 e encontrada nas páginas 58 a 65.

O imóvel escolhido para acolher o estúdio brasileiro, construído em 1963, para fins residenciais, encontrava-se em avançado estado de deterioração. E apesar da privilegiada localização, possuía problemas acústicas tipicamente urbanos agravados pela rota local de vôos. Ou seja, apresentava uma série de condições desfavoráveis à execução de um estúdio profissional, onde os ruídos de fundo não podem ultrapassar 25dBA. O desafio estava lançado, a equipe de Monica Drucker e o Engenheiro de acústica Davi Akkerman, da Harmonia e Acústica, tinham um projeto em mãos a solucionar, transformar a edificação em um belo e funcional estúdio de música.

Para solucionar o problema, a equipe de Monica Drucker, desenvolveram um projeto integrado que priorizou a acústica na área dos estúdios de gravação e mantiveram o custo acessível para materiais secundários, como móveis, pisos e decoração, que deveriam apresentar boa durabilidade.

Cinco salas precisaram de tratamento sonoro. No pavimento superior estão localizadas as duas principais salas de gravação: uma de 24,5m² destinada a bandas e outra de 7,5m² para gravação de vocais e instrumentos de cordas. Ambas, assim como as salas de ensaio nos demais pavimentos, têm fechamento de tijolos de barro maciço, provenientes da construção original, inclusive na vedação das janelas, por ajudar no isolamento sonoro. Já o drywall aplicado no revestimento interno foi escolhido pela leveza. "Percebemos que a casa não suportaria mais uma parede de alvenaria, então adotamos estruturas mais leves e partimos para o uso de massa-mola-massa", explica Marcos Holtz, arquiteto da Harmonia Acústica. De acordo com essa técnica, a parede de tijolo recebe uma camada de lã de rocha e posteriormente as placas de gesso, formando um sanduíche. "As placas devem ser destacadas do piso para evitar que a vibração suba pelas paredes", avisa Holtz.

Além disso, difusores com furações variadas foram instalados dentro dos estúdios para propagar diferentes freqüências e evitar o efeito comb filter, que faz com que o microfone capte as ressonâncias dentro da sala atrapalhando a gravação. No estúdio para gravação de voz um pequeno tapete encontra-se abaixo do microfone para barrar as early reflections (primeiras reflexões). "Os cantos também possuem absorvedores diafragmáticos de graves, feitos do mesmo acabamento das paredes de gesso (que têm 4 cm), mas com espessura de 6,5 mm", diz Holtz.

A acústica definiu ainda o formato das salas. No controle, destinada á masterização, o forro foi projetado em um ângulo que permitisse o direcionamento das reflexões sonoras para o fundo. Já o formato simétrico e a presença de absorvedores sonoros com tecido possibilitam a audição do que está sendo mixado. Os vidros laminado apresentam isolamento acústico semelhante ao das paredes e foram mantidos para fazer a conexão visual entre os estúdios e a sala de controle. Seis portas acústicas com vedação de borracha foram instaladas nos lugares críticos de passagem de som.

Sobre a estrutura da laje, o pé direto das salas do último andar possuí apenas 2,5m, altura inferior à recomendada pelos engenheiros cáusticos para atingir a “proporção de ouro”, ou seja, a melhor relação entre largura, comprimento e altura para distribuir o som no ambiente. A equipe estrutural optou pela demolição da laje aumentando o pé direito para 3,9m. O tipo de laje executada foi a treliçada nervurada bidirecional, que venceu um vão de 10,7x10,7m e foi preenchida com placas de

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