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Cultura Humana

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Por:   •  29/9/2014  •  589 Palavras (3 Páginas)  •  365 Visualizações

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O Real e Virtual e a Guerra pela Audiência

O texto “Real e Virtual: a espetacularização do humano” traz uma importante abordagem sobre o comportamento das pessoas frente o espaço virtual, tendo se caracterizado pela busca incessante de um número cada vez maior de audiência, importância e fama, sem se preocupar, na maioria das vezes, em adotar um comportamento adequado para o meio utilizado, rompendo, assim, com todo o conteúdo moral e ético construído ao longo da vida, colocando em risco a própria vida e a vida do próximo, e tudo isso por causa de uma mera espetacularização de si mesmo, buscando a audiência a qualquer preço.

Perna foi feliz ao introduzir algumas passagens do filme “Sem Limites” ao seu texto, visto que tal filme aborda, de forma clara, embora seja de caráter fictício, até que ponto um ser humano é capaz de chegar para obter a tão sonhada audiência.

“Evocar o filme Sem Vestígio é um caminho para discutirmos e buscarmos uma compreensão desses novos tempos, dessa tecnologia – internet – que a muitos conecta e que a muitos insere. Pois ele nos mostra, [...], a capacidade humana de não mais se indignar com a violência crescente e globalizada, quando, por meio da rede de computadores, da blogosfera, produzem, em tempo real, o sofrimento de seus pares, a espetacularização dos crimes.” (PERNA, Real e virtual: a espetacularização do humano)

Há que se admitir que Perna está coberto de razão ao mencionar que a internet oferece vários caminhos aos internautas e que este tem total autonomia para a utilização desses caminhos, mas apesar dessa infinidade de opções, há que se analisar os limites legais para utilização dessas opções, visto que no momento em que o internauta transgride esses limitas haverá uma penalidade que será aplicada não no ambiente virtual, mas no real.

Ainda sobre a colocação trazida pelo filme Sem Vestígios, não pude deixar de observar o posicionamento dos espectadores frente ao sofrimento alheio. Neste caso, percebe-se que as pessoas pouco se importam com as consequências da atitude tomada, estão preocupadas apenas com o espetáculo que se passa diante dos próprios olhos. As pessoas, nesta situação, não tinham, sequer, consciência de que estavam ajudando a matar as vítimas cada vez que aumentava o número de acesso ao website.

“Quando os webespectadores se conecta ao cibercriminoso [...], em vez de refletir sobre a consequências do seu clique, apenas tem a ilusão da interatividade “ativa”, porquanto a sua tenha a capacidade de refletir sobre sua (ir)responsabilidade perante o fato.” (PERNA, Real e virtual: a espetacularização do humano).

Nessa era contemporânea, nós, seres humanos, gozamos de uma liberdade nunca antes vivenciada, mas é importante estar atendo de que nada vale tal liberdade se não for utilizada com um mínimo de responsabilidade e consciência, visto que estamos nos tornando cada vez mais alienados às tecnologias dominante, em que nos tornamos meros fantoches frente ao que nos é imposto. Outro ponto que precisa ser analisado com uma boa dose de atenção é no que diz respeito à imensidão de informações disponíveis aos seres humanos, induzindo-os, cada vez mais, copiar um conhecimento pronto do que se aventurar a procura de construí-lo.

Assim, não resta duvidas de que estamos presenciando fatos reais

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