DANOS DA COMPANHIA
Tese: DANOS DA COMPANHIA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rafaperes29 • 24/9/2014 • Tese • 997 Palavras (4 Páginas) • 309 Visualizações
Hoje é segunda-feira e o colega de departamento, que senta ao lado de sua mesa faltou ao trabalho. Ele, aliás, não trabalhou em muitas segundas-feiras do ano que ora termina. Ninguém entende como o colega, com mulher e lindos filhos consegue ser tão irresponsável”.
Essa pequena ilustração nos ajuda a introduzir um dos grandes problemas que ameaçam a instabilidade econômica do nosso país: a questão do uso e consumo de bebidas alcoólicas e drogas em geral, antes, durante e depois do ambiente de trabalho.
A cada dia que passa tem se comprovado que o consumo de álcool e drogas tem afetado a vida de boa parte dos 82 milhões de trabalhadores brasileiros. As empresas também tem tido prejuízos enormes. Segundo cálculos do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), o Brasil perde por ano US$ 19 bilhões de absenteísmo, acidentes e enfermidades causadas pelo uso do álcool e outras drogas.
Estatísticas recentes apontam o Brasil entre os cinco primeiros do mundo em número de acidentes no trabalho. São em média 500 mil por ano e 4 mil deles resultam em mortes. Os setores em que mais ocorrem são: construção civil, indústrias metal-mecânica, eletro-eletrônica, moveleiras e madereiras.
Independente das razões que levam ao alcoolismo ou a dependência de drogas, este é um problema que deve ser enfrentado para que os trabalhadores, familiares e empresas ganhem em qualidade e produtividade.
O uso de drogas no local de trabalho é um problema mundial de saúde pública. E, portanto, deve ser tratado sem discriminação, recomenda a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Dados levantados pela OIT indicam que 20% a 25% dos acidentes de trabalho no mundo envolvem pessoas intoxicadas que se machucam a si mesmas e a outros.
No âmbito das relações de emprego, a intoxicação habitual faz com que o trabalhador se mantenha em atividade, enquanto pode, por mera obrigação. Passada a fase de euforia e da desinibição, vem a fase da dependência, cuja tendência é se agravar a ponto de dominar totalmente o organismo humano.
O uso periódico e prolongado reduz a capacidade para o trabalho na medida em que afeta o raciocínio, a concentração, etc., alterando sobremaneira o comportamento do trabalhador relativamente à sua responsabilidade, postura, valores morais, e todo mais que possa excluí-lo do convívio social.
PREJUÍZOS PARA A EMPRESA
Além dos problemas de ordem física, mental e moral que as drogas em geral causam a um trabalhador, existe a repercussão deste conjunto de acontecimentos na vida da empresa, através de:
•Impontualidade, faltas constantes e injustificadas no trabalho;
•Afastamento e acidentes de trabalho;
•Desperdício de material devido à má qualidade da produção, que é, por sua vez, resultado da perda da concentração, clareza visual e habilidades do funcionário dependente;
•Diminuição da produtividade e qualidade dos produtos;
•Executivos tomam decisões demoradas ou erradas. Quando bebem exageradamente em ocasiões sociais, podem divulgar assuntos sigilosos da companhia ou da empresa;
•O alcoólico tem tendências megalomaníacas, o que pode fazer um alto executivo gastar desnecessariamente;
•Nas fases maníaco-depressivas, o profissional que bebe exageradamente pode perder grandes oportunidades de trabalho;
•Funcionário fumante interrompe com maior freqüência seu trabalho para fumar;
•Ocorrências disciplinares;
•Licença/saúde longas e freqüentes;
•Aposentadorias precoces; etc.
SINAIS DE PROBLEMAS
(Que provocam mudanças no desempenho e no comportamento do empregado, antes produtivo e interessado):
Absenteísmo (faltas freqüentes justificadas por atestados médicos com diagnósticos que se repelem, mal definidos, genéricos, mas nunca mencionando as drogas como causa);
Lentidão;
Não realização de tarefas determinadas;
Acidentes no trabalho e fora desse;
Perda de horas em outros setores;
Queda de produção e qualidade;
Constantes faltas ou atrasos;
Saídas freqüentes durante o horário de trabalho;
Pequenos acidentes na execução do trabalho;
Constante alteração de humor;
Mentiras e endividamentos com os colegas;
Pouca preocupação
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