DIETA DASH
Ensaios: DIETA DASH. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: DandaraGuollo • 25/3/2014 • 2.035 Palavras (9 Páginas) • 373 Visualizações
1. DIETA DASH
Dieta: vocábulo de origem grega significa estilo de vida. Quando ouvimos a palavra dieta imediatamente pensamos em privação, renúncia, quando na verdade em sua origem , o termo dieta expressa à ligação entre o homem e o seu território.
A Dieta Dash (Dietary Aproaches to Stop Hipertension), que traduzindo significa “abordagens dietéticas para parar com a hipertenção”. É uma dieta que visa diminuir os níveis de pressão sanguínea e minimizar os efeitos que a hipertensão arterial sistêmica pode ter na saúde dos indivíduos. Hoje é indicada pela Diretriz Brasileira de Hipertensão como parte do tratamento não medicamentosos das HAS (hipertensão arterial sistêmica).
Também conhecida como a dieta do mediterrâneo, usa-se atribuir a descoberta ao médico norte-americano Ancel Keys, com o livro “How to eat well and stay well, the mediterranean way" (Como alimentar-se bem e sentir-se bem, à maneira mediterrânea). Ao desembarcar em Salerno (no sudoeste italiano, próximo à Costa Amalfitana), em 1945, Keys constatou que as doenças cardiovasculares, tão comuns em seu país, ali eram muito reduzidas. Além disso, as "doenças do progresso" (arteriosclerose, hipertensão, diabetes, doenças digestivas, obesidade, etc.) se manifestavam em um percentual muito baixo.
Na década de 1950 e 60 começou uma pesquisa de nutrição com sua equipe, que passaram a analisar os padrões alimentares de dezesseis diferentes populações em sete países. Este marco de trabalho, conhecido como o "Estudo dos Sete Países" foi a primeira grande investigação da relação entre dieta e doenças cardíacas. Uma das mais intrigantes constatações foi a de que as pessoas que vivem em Creta e outras partes do sul da Itália e Grécia tinham taxas de expectativas de vida adultas muito mais altas e níveis baixos de doenças cardíacas e alguns tipos de câncer, contrariando os sistemas médicos relativamente limitados. Keys concluiu que a dieta mediterrânica era uma importante razão para a conclusão da investigação.
A dieta DASH preconiza o consumo de frutas, verduras, produtos lácteos com baixo teor de gordura, cereais integrais, peixe, aves e nozes, ao mesmo tempo em que incentiva um menor consumo de carne vermelha, doces e açúcares. Seu consumo resulta em aumento na ingestão de potássio, magnésio, cálcio e fibras, que contribuem para redução dos níveis pressóricos.
Dentro deste contexto, a dieta DASH têm se mostrado uma alternativa de prevenção e tratamento da HAS. Estudos baseados em evidência clínica têm mostrado o papel da dieta DASH na redução dos níveis pressóricos de pacientes hipertensos.
2. HIPERTENSÃO
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença de instalação insidiosa e assintomática, uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA), acomete um quarto da população mundial. Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais. A HAS tem alta prevalência e baixas taxas de controle, é considerado um dos principais fatores de risco modificáveis e um dos mais importantes problemas de saúde pública.
A prevenção da HAS e o controle da PA em pacientes hipertensos são medidas absolutamente necessárias para se reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular; além disso, uma redução da PA média da população resultaria em uma diminuição ainda maior da morbimortalidade cardiovascular. No Brasil, o AVC é a principal causa de morte por doenças cerebrovasculares, com 70.232 óbitos registrados em 2008.
2.1 Fatores de risco
Idade: Existe relação direta e linear da PA com a idade, sendo a prevalência de HAS superior a 60% na faixa etária acima de 65 anos.
Gênero e Etnia: A prevalência de HAS é mais elevada nos homens. Em relação a cor, indivíduos de cor não branca, são duas vezes mais propícios.
Ingestão de sal: Ingestão excessiva de sódio tem sido correlacionada com elevação da PA. A população brasileira apresenta um padrão alimentar rico em sal, normamente ingerem o dobro do indicado por dia.
Ingestão de álcool: A ingestão de álcool por períodos prolongados de tempo pode aumentar a PA e a mortalidade cardiovascular em geral.
Genética: os fatores genéticos contribuem para a gênese da HAS.
Sedentarismo: Atividade física reduz a incidência de HAS, mesmo em indivíduos pré-hipertensos, bem como a mortalidade e o risco de doenças cardio vasculares. A atividade física auxilia também no controle de outros fatores de risco, como o peso corporal, a resistência à insulina e a dislipidemia, reduzindo o risco cardiovascular geral. Atividades e exercícios físicos auxiliam na prevenção primária da hipertensão arterial, devendo ser praticados conforme as recomendações.
Fatores ambientais associados a famílias com hábitos pouco saudáveis agregam a predisposição.
Excesso de peso e obesidade: Hipertensos com excesso de peso devem ser incluídos em programas de emagrecimento com restrição de ingestão calórica e aumento de atividade física. A meta é alcançar índice de massa corporal inferior a 25 kg/m² e circunferência da cintura inferior a 102 cm para homens e 88 cm para mulheres. O excesso de peso se associa com maior prevalência de HAS desde idades jovens12. Na vida adulta, mesmo entre indivíduos fisicamente ativos acarreta maior risco de desenvolver hipertensão.
Tabagismo: é o único fator de risco totalmente evitável da doença e de mortes cardiovasculares.
Estresse: Há evidências de uma relação positiva entre estresse emocional e aumento da pressão arterial que acaba desenvolvendo da hipertensão arterial. O estresse crônico também pode contribuir para o desenvolvimento de hipertensão arterial, embora os mecanismos envolvidos não estejam claros. Estudos experimentais demonstram elevação transitória da pressão arterial em situações de estresse, como o estresse mental, ou elevações mais prolongadas, como nas técnicas de privação do sono.
A redução de hipertensos e o controle da pressão arterial se faz necessária, pois além de oferecer qualidade de vida aos hipertensos, diminui a morbidade
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