ENSAIO ACADEMICO GESTÃO AMBIENTAL
Por: Eduarda Alves • 21/7/2022 • Ensaio • 1.443 Palavras (6 Páginas) • 130 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA-UEPB
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE-CCBS
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
MARIA EDUARDA DA SILVA ALVES
ECONOMIA VERDE: AVANÇOS DE UMA NOVA PERSPECTIVA SUSTENTÁVEL
CAMPINA GRANDE – PB
2022
RESUMO
Economia verde é um modelo de economia que objetiva tanto a melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, quanto à redução dos riscos ambientais e a escassez ecológica. Os três principais pilares da economia verde são a baixa emissão de carbono, eficiência no uso de recursos e busca pela inclusão social. Além disso, esse processo de transformação através da sustentabilidade é imprescindível para que os países estejam preparados para enfrentar maiores desafios no século XXI.
PALAVRAS-CHAVES: Economia verde; sustentável; avanços;
- INTRODUÇÃO
O presente ensaio acadêmico trás como proposta a abordagem do conceito de economia verde, o qual propõe que o dinamismo da economia deve ser dado pela expansão de setores com menor impacto ambiental, e o incentivo de ações como tecnologia limpa, energia renovável, transporte verde, gestão de resíduos, construção verde, agricultura sustentável, gestão de pagamento por serviços ambientais e manejo florestal. Como também a argumentação sobre os avanços que esse processo de realocação da atividade econômica proporciona, como a melhoria dos retornos no que diz respeito ao investimento em capital natural, humano e econômico, enquanto ao mesmo tempo, reduz a pressão sobre o meio ambiente e contribui para uma maior justiça social.
- ECONOMIA VERDE: CONCEITO E AVANÇOS
A preocupação e debates a cerca das mudanças climáticas, aquecimento global, temperaturas extremas, assim como desastres climáticos, aumento da emissão de gás carbônico, efeito estufa no ápice, se tornaram cada vez mais recorrentes nos últimos anos uma vez que são perceptíveis os danos catastróficos causados por tais acontecimentos. Sendo assim, essa preocupação passou a ser manifestada a nível governamental, científico e até mesmo em setores industriais e empresariais. Devido a isso, tornou-se necessária à apresentação de soluções, como foi a proposta implementada pela Organização das Nações Unidas – ONU, a qual trouxe a defesa de um mundo sustentável, ecologicamente correto, “limpo e verde”, onde está difundida uma visão de desenvolvimento que leva em consideração o capital natural como um ativo econômico crítico e uma fonte de benefícios públicos, em especial para pessoas de baixa renda que dependem da exploração dos recursos naturais para subsistência, o que proporciona também a inclusão social.
Diante disso, a ideia do termo economia verde, surgiu recentemente tendo um destaque ainda maior no Brasil, durante debates no Rio+20 – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em Junho de 2012, no Rio de Janeiro, e é considerada como um conceito que busca aliar o crescimento econômico com justiça social e preservação do meio natural, sendo um conjunto de ações que objetivam o crescimento pleno da economia, contanto que leve em consideração o bem-estar social e que esteja centrada em reduzir os riscos e impactos ambientais e conservar o meio ambiente. Para o PNUMA1 (2011), a economia verde pode ser definida como “aquela que resulta na melhoria do bem-estar humano e na equidade social, enquanto reduz significativamente os riscos ambientais e as escassezes ecológicas”.
Por trás deste conceito temos a necessidade de repensar o desenvolvimento econômico de novas formas, tendo em conta a igualdade entre gerações. Em outras palavras, essa economia tem pilares a serem seguidos, sendo eles a baixa emissão de carbono, a eficiência no uso de recursos e a necessidade de ser socialmente inclusiva. Dessa forma, em uma economia verde o crescimento de renda e de emprego deve ser impulsionado por investimento público e privado que reduza as emissões de carbono e consequentemente a poluição, o que proporciona o aumento da eficiência energética e o uso de recursos, e a prevenção perdas de biodiversidade e serviços ecossistêmicos.
De acordo com o PNUMA1 (2011), durante os últimos 25 anos, a economia mundial quadruplicou, beneficiando centenas de milhares de pessoas. Em contraste, no entanto, 60% dos maiores produtos e serviços referentes ao ecossistema mundial que sustentam o modo de vida de muitos foram reduzidos ou usados de modo insustentável. No passado, a visão de desenvolvimento econômico era um pouco mais restrita, muitas vezes levando em conta os determinantes fundamentais do crescimento econômico e não o meio ambiente. Esses determinantes fundamentais acabam levando ao acúmulo de fatores de produção e mudanças na produtividade, além de influenciar a velocidade de crescimento do país. Assim, o crescimento econômico mais recente alcançado principalmente através da perda de recursos naturais, não se permitindo a regeneração das reservas, e através da degradação e perda do ecossistema completo.
Mesmo existindo uma conexão entre os termos sustentabilidade, desenvolvimento sustentável, economia de baixo carbono e economia verde, um não tem a capacidade de substituir o outro. São termos distintos, apesar de semelhantes. O conceito de economia verde não substitui o conceito de desenvolvimento sustentável, mas, a cada dia, amplia-se o reconhecimento de que para se alcançar a sustentabilidade, é necessário colocar em prática um novo paradigma de economia. Para exemplificar, de acordo com Hargrave e Paulsen (2012), desenvolvimento sustentável é um conceito mais amplo e abstrato, que aponta princípios a serem seguidos; quase um protocolo de boas intenções. Assim, a economia verde seria uma forma mais concreta de modificar as economias dos países para avançar rumo ao desenvolvimento sustentável; uma maneira de programar os princípios da sustentabilidade no desenvolvimento econômico.
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