Endometriose Ovariava
Trabalho Universitário: Endometriose Ovariava. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jrchapado • 21/4/2014 • 316 Palavras (2 Páginas) • 786 Visualizações
4.1.2.2 Endometriose ovariana
É evidenciado através do comprometimento dos ovários por presença superficial de implantes externos com características achocolatadas, que levam o nome de cistos funcionais ou endometriomas multiloculados. Cada endometrioma (cisto) é formado por uma camada externa de tecido endometrial e seu interior é formado por eritrócitos degradados, estes são responsáveis pelas pigmentações escurecidas presentes nas lesões (FONTANA et. Al., 2000).
Acredita-se que a ruptura dos endometriomas leva a uma dispersão exacerbada de hemossiderina provocando o desenvolvimento de aderências ovarianas, existem ainda teorias que tentam explicar a etiologia desta doença, as mais conhecidas são:
• Acumulo de debris (restos) menstruais;
• Metaplasia celômica de células epiteliais invaginadas;
• Desenvolvimento secundário por cisto simples;
Assim, como na endometriose profunda, a endometriose ovariana não sofre diminuição na presença de tratamento farmacológico, devendo-se assim submeter a paciente a um tratamento cirúrgico minucioso, para evitar a retirada dos ovários (ABRÃO, 2000; LOPEZ et. Al., 2000).
Localizadas na região abdominal, este tipo de endometriose atinge o peritônio (membrana que recobre todos os órgãos pélvicos e abdominais), as lesões(quadro 3) são encontradas espalhadas por todos os órgãos e podem acometer até mesmo o diafragma. Apesar de serem superficiais, geralmente acometem órgãos de extrema importância como intestino, bexiga e ureter, por este motivo quando sugerido um tratamento cirúrgico deve ser tratado minuciosamente para que evite complicações futuras.
Os sintomas mais comuns são: cólica, menstruação irregular e infertilidade, os exames clínicos geralmente não apresentam alterações relevantes dificultando ainda mais o diagnóstico (ABRÃAO, 2000; BELLELIS et. Al., 2011).
Classificada como a endometriose mais leve, mas não menos preocupante, teve as primeiras descrições feitas por Sampson em 1921, que defendia a teoria de regurgitação tubariana, onde detritos endometriais voltam pelas tubas uterinas e se implantam ectopicamente ao útero provocando o aparecimento de células endometriais com função ativa diminuída (esta é considerada a teoria mais relevante para a sua disseminação), estas células podem se tornar lesões típicas pigmentadas e lesões não pigmentadas (ABRÃAO, 2000).
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