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Envelhecimento E Principios Ativos

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Por:   •  29/6/2013  •  5.118 Palavras (21 Páginas)  •  1.874 Visualizações

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Envelhecimento Cutâneo

Definição do Envelhecimento

“O envelhecimento nada mais é que uma série de transformações que ocorrem no organismo em decorrência do tempo vivido. Mas não menos importante que o t

empo é o modo como foi vivido” (REBELLO, 2005, p.131).

O envelhecimento pode ser diferenciado em envelhecimento biológico que se trata das alterações da pele que ocorrem apenas como conseqüência do passar do tempo e o

envelhecimento da pele, devido à exposição aos raios solares(envelhecimento extrínseco). (OBAGI, 2004).

De acordo com os aspectos clínicos, no envelhecimento intrínseco(envelhecimento biológico) a pele apresenta-se fina, seca e flácida, com linhas de expressão, enquanto no envelhecimento pelos danos solares a pele é seca e espessa, com rugas profundas, telangiectasias e outras múltiplas lesões benignas, pré-

malignas e malignas. Histologicamente, no envelhecimento biológico, a derme apresenta-se mais fina com o passar do tempo, já a epiderme diminui somente 20% em sua espessura durante toda a vida, mas suas camadas inferiores se tornam menos ondulosas devido ao desaparecimento da rete ridfes, assim, se achata e apresenta uma junção dermoepidérmica (OBAGI, 2004).

As células de Langerhans e os melanócitos encontradas na epiderme, durante o processo de envelhecimento, tem uma diminuição em seus números e suas atividades. Co

m isso, o organismo fica menos protegido da radiação ultravioleta e mais suscetível ao aparecimento de eventuais células cancerígenas, ocorrendo alterações de pigmentação, verrugas e queratoses actínicas.(SCOTTI;VELASCO, 2003).

As fibras elásticas diminuem, fragmentam-se e tem um aumento de defeitos estruturais, que causam flacidez e diminuição da elasticidade. A pele danificada pelo sol, por outro lado, tem um produção excessiva de material elástico que sofre uma desorganização na malha fibrosa e, clinicamente, tem uma aparência espessa, inelástica e com aspecto semelhante ao couro, as rugas proeminentes são causadas por mudanças nas fibras elásticas, no colágeno e, possivelmente, nos glicosaminoglicanos. O colágeno em peles envelhecidas biologicamente, em determinadas áreas diminui e se torna menos denso e firme, tem sido proposto que a estrutura tridimensional do colágeno pode se distorcer com o estresse mecânico através dos anos, podendo contribuir

com a flacidez da pele envelhecida. Os homens têm uma derme mais espessa do que as mulheres e isso talvez explique por que a pele facial da mulher parece mostrar maiores sinais de deterioração com a idade(OBAGI, 2004).

Um estudo sobre as a classificação das macromoléculas de colágeno e de

elastina ao logo dos anos mostra:

O tipo 0: Corresponde a um aspecto histológico observado na pele jovem e sadia.

O tipo I: Mostra uma rarefação das fibras elásticas oxitalânicas separadas por espaços largos em que algumas perdem a sua ancoragem com a membrana basal.

O tipo II: O desaparecimento das fibras oxitalânicas é quase completo, deixando uma faixa clara subepidérmica, atravessada por alguns feixes desorganizados de fibras colágenas.

O tipo II: Corresponde a uma acentuação do tipo II. A faixa clara subepidérmica é mais proeminente ou menos espessa que a epiderme.(KEDE; SABATOVICH, 2004).

Na pele envelhecida há uma diminuição da função dos fibroblastoque causam toda uma desorganização da matriz extracelular, comprometendo a síntese e a atividade de proteínas importantes, que garantem elasticidade e resistência à pele, como a elasticidade e o colágeno. (SCOTTI;VELASCO, 2003)

A geração continua de espécies reativas de oxigênio formada durante o metabolismo celular, também contribuem para o envelhecimento cutâneo. Apesar do sistema complexo de defesa antioxidante as espécies reativas de oxigênio danificam vários componentes celulares, inclusive as membranas, as enzimas e o DNA, além de interferirem nas ações entre as proteínas.

Os telômeros, ou partes terminais dos cromossomos eucarióticos, estão associados ao envelhecimento biológico devido a diminuição do tamanho dos telômeros nas divisões celulares o que diminui até em 30% de seu comprimento durante a vida adulta. Os telômeros curtos geram sinais para interrupção do ciclo celular ou a apoptpse, dependendo do tipo de célula, contribuindo para a redução da quantidade de células com o envelhecimento.(GILCHREST; KRUTMANN 2007).

Outros fatores que pode interferir na qualidade da pele envelhecida, além do sol podemos citar o fumo; onde a nicotina tem efeito vasoconstritor, que leva a diminuição da oxigenação da pele, as agressões do meio ambiente; o vento, calor, o frio e a poluição do dia a dia causam danos a pele, os fatores nutricionais; má alimentação com carência de vitaminas e oligoelementos e outros, podem interferir na saúde da pele.(PEYREFITTE; MARTINI; CHIVOT, 1998)

Rugas

Os fatores que afetam as estruturas faciais e contribuem para a formação das rugas são as alterações dos músculos da expressão, a perda de gordura subcutânea, a força gravitacional e as reduções dos ossos e das cartilagens faciais. As linhas de expressão são causadas pela tração

repetitiva exercida pelos músculos faciais que, por fim, provocam a formação de sulcos profundos na fronte e entre os supercílios, ao redor das órbitas e nas pregas nasolabiais. Histologicamente, faixas espessas de tecido conjuntivo hipodérmico que contêm células musculares são encontradas sob a ruga. Além disso, algumas evidências sugerem que, com o envelhecimento, ocorram alterações nas estruturas musculoaponeuróticas que acentuam a flacidez e provocam rugas de expressão, como as das pregas nasolabiais. Na verdade assim como outros músculos estriados, os músculos faciais mostram acúmulo do “pigmento senescente” lipofuscina, um marcador de lesão celular, essa deterioração muscular com a idade, agravada pela redução do controle neuromuscular, contribui para a formação das rugas.(GILCHREST; KRUTMANN, 2007, pg17).

Segundo Tsuji e col., as rugas são divididas em superficiais e profundas (permanentes). Onde as rugas superficiais são aquelas que desaparecem quando estiramos a pele e as rugas profundas e permanentes (incluindo os sulcos) são aquelas que não aparecem quando estiramos a pele. (KEDE; SABATOVICH, 2004).

Lapiere e Pirard classificam as rugas conforme seu grau:

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