Feitos De Anabolizantes Androgénicos No Músculo Cardíaco
Artigo: Feitos De Anabolizantes Androgénicos No Músculo Cardíaco. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kerolainelima • 18/3/2014 • 1.027 Palavras (5 Páginas) • 883 Visualizações
efeitos de Anabolizantes Androgénicos no Músculo Cardíaco
Neste período em que vivemos, todos almejam a plena forma, corpos musculosos e desprovidos de gorduras. Para tanto, cada vez mais aumenta o número de frequentadores de academias, buscando em pouco tempo obter resultados, o que não acontece de uma hora para a outra, por ser um processo lento e exigir muito esforço e dedicação.
Alguns, almejando resultados imediatos, entram no mundo dos anabolizantes, que prometem acelerar este processo, sem prescrição médica e sem tomar conhecimento de seus efeitos e mecanismos.
O uso de anabolizantes aumenta a massa muscular de todo o corpo, inclusive do músculo cardíaco, que aumentará, enquanto a cavidade cardíaca não poderá acompanhar esse desenvolvimento, aumentando o risco de infartos em pacientes usuários de anabolizantes.
As evidências mostram que pessoas com problemas cardiocirculatórios devem tomar muito mais cuidados que as outras devido às alterações nos níveis de HDL.
A espessura aumentada no miocárdio de usuários de anabolizantes pode ser induzida indiretamente pelo aumento de força mais rápido e intenso, o qual levaria o coração do atleta a trabalhar contra pressões maiores (DICKERMAN, 1998).
Os anabolizantes agem em todos os músculos do corpo, aumentando o tamanho deles. Como o coração também é um músculo, sofre os mesmos efeitos.
Cardiologistas alertam para o perigo do uso de anabolizantes sem a orientação médica. A prática é adotada em academias de ginásticas, por quem deseja adquirir massa muscular em pouco tempo. Alem de causar problemas hormonais e infertilidade, os anabolizantes podem causar doenças cardíacas.
O médico Cláudio Pavanelli (2003), explica que o crescimento do músculo cardíaco, provocado pelos anabolizantes, faz o tamanho da cavidade cardíaca diminuir. Em um atleta que não toma anabolizantes, o músculo cardíaco também cresce, mas envolve todo o coração, aumentando também o tamanho de sua cavidade. Quando o individuo usa anabolizantes, o músculo cardíaco fica mais espesso, por isso a cavidade cardíaca diminui.
Segundo o médico Antonio Carlos Silva, o uso de anabolizantes associado a outros fatores, predispõe o organismo ao infarto (Infarto Agudo do Miocárdio- IAM).
Com o uso do anabolizante, o coração fica sujeito a aumentar de tamanho, já que as fibras musculares são aumentadas artificialmente, mas nem por isso fica mais forte. Isso causa o aumento das contrações desnecessárias, a taquicardia, falhas nos batimentos cardíacos (extrassístoles) e angina ou dor no peito, e esse descontrole dos batimentos pode levar à morte. Alem de elevar o risco de hipertensão, por diminuir a cavidade cardíaca.
Dr. Nabil Ghorayeb, doutor (PhD) em Medicina Cardiológica, relata que a elevação dos níveis de gorduras, principalmente o LDL-colesterol, que se deposita nos vasos sanguíneos do coração, cérebro e rins obstruindo a circulação e podendo causar infarto do miocárdio e derrame cerebral, alem da elevação de outra gordura, os triglicérides. Ele informa que usuários de anabolizantes que tiveram infarto do miocárdio e hipertensão arterial, com obstruções das coronárias, são essencialmente jovens e fisiculturistas.
Lícia Farjado faz uma definição dos anabolizantes: são substâncias do grupo dos esteroides, produzidas a partir da testosterona, o principal hormônio masculino. Ao entrarem no organismo agem diretamente nos músculos, causando a hipertrofia, ou seja, o aumento dos músculos ao usuário da droga. Em seis meses de uso freqüente, a substância começa a afetar principalmente o coração, o fígado e os testículos e pode causar câncer.
McArdle, Katch e Katch relata que a hipertrofia cardíaca pode ser uma adaptação fisiológica do músculo cardíaco para suportar a carga de trabalho. A hipertrofia cardíaca também é observada em enfermidades, quando o coração é obrigado a trabalhar contra uma resistência de fluxo sanguíneo. Como resultado, o coração se distende e gera uma força de compensação para vencer a resistência. Com isso, cada célula muscular sofre uma certa hipertrofia para adaptar-se ao maior trabalho do coração. Um coração hipertrofiado apresenta-se, quase sempre, funcionalmente incapaz de fornecer até mesmo o sangue para satisfazer as demandas mínimas no estado de repouso de um indivíduo. Os autores relatam também que a hipertrofia pode ser reversível, quando aparentemente não apresentam efeitos deletérios.
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