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Funcionamento Do Microscópio

Artigo: Funcionamento Do Microscópio. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  9/5/2013  •  2.242 Palavras (9 Páginas)  •  1.107 Visualizações

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1. Introdução

Origem e Evolução do Microscópio

No tempo de Aristóteles já se tinha o conhecimento de que muitos seres vivos eram formados por órgãos. Porém a existência das células como componentes daqueles órgãos ainda era desconhecida.

• Qual seria a principal razão para o desconhecimento da existência de células na Grécia Antiga?

De fato a principal razão seria a inexistência de meios que possibilitassem a visualização de objetos de dimensões tão pequenas – ainda não tinha sido inventado o microscópio.

Galileu Galilei (1564 -1642) foi um matemático, astrônomo e físico italiano. É considerado o fundador do método experimental, defendia a teoria copernicana de um universo heliocêntrico (o Sol como o centro do nosso Universo) e de uma Terra móvel, o que lhe proporcionou inúmeras críticas, isso porque tais noções eram contrárias àquelas produzidas na bíblia. Por esse motivo Galileu foi julgado e condenado em 1633, e teve de renegar perante a Inquisição.

No final do séc. XVI, Galileu cria o telescópio usando um tubo e duas lentes convexas (1609). Foi a primeira pessoa a aplicar o telescópio ao estudo dos céus.

• Qual foi o avanço permitido pela criação do telescópio?

O telescópio possibilitou o estudo dos céus e uma ampliação do conhecimento acerca destes.

• O que acham que se observa quando voltamos o telescópio ao contrário e olhamos pelo lado oposto?

Galileu descobriu que se duas lentes fossem dispostas num tubo ele obteria um aparelho que, olhando de uma das extremidades, possibilitaria a visualização pormenorizada de objetos distantes – o telescópio. O mesmo aparelho, quando olhado pelo extremo oposto, permitia a visualização de objetos pequenos, invisíveis a olho nu – o microscópio.

A partir deste ponto é estabelecido limites de transição do imensamente grande, para o infinitamente pequeno

Com a Revolução Industrial, no século XVII, a tecnologia predomina. Paralelamente a isso ocorre a “revolução científica” e é dado um valor maior à experimentação, tudo isso motivou a construção e o aprimoramento de vários instrumentos laboratoriais, entre os quais se destacam o microscópio.

O microscópio serve de exemplo também para mostrar que a investigação científica não é uma atividade restrita, que se desenvolve isoladamente da sociedade, mas uma atividade que tem uma íntima relação ligada e influenciada por várias características da sociedade tais como a cultura vigente, a política ou a época em questão. A ciência desenvolve-se em conjunto com a sociedade.

O primeiro microscópio óptico composto construído, foi em 1590, pelos irmãos Francis e Zacharias Janssen.

Robert Hooke (1635-1703) era filho de um membro do clero e foi educado em casa pelo pai. Com 30 anos entrou para o colégio de Westminster e logo em seguida foi para a Universidade de Oxford onde alguns dos melhores cientistas da Inglaterra ficaram impressionados com a sua habilidade e perícia para a construção de equipamentos e elaboração de protocolos e rapidamente teve sua ascensão quando se tornou um assistente do químico Robert Boyle.

Em 1665, foi publicada por Robert Hooke, os resultados das suas investigações, realizadas para a Royal Society de Londres, no livro “Micrographia”.

Hooke construiu um microscópio óptico composto mais aperfeiçoado com relação ao de Janssen e examinou um pedaço de cortiça. Nesse pedaço observou numerosas cavidades microscópicas, às quais chamou “poros” ou “células” e que lembram a disposição de um favo de mel.

Microscópio de Hooke

e esquema da secção de cortiça observada.

“... pude perceber claramente que toda a cortiça era perfurada e porosa, assemelhando-se a um favo de mel... esses poros ou células não eram muito profundos e eram semelhantes a um grande número de pequenas caixas... Esta observação microscópica da textura da cortiça – que eu creio ter sido a primeira porque não há nada escrito por outra pessoa que o tenha mencionado – dão uma razão inteligível dos fenômenos que se dão na cortiça, por exemplo, a sua extrema ligeireza.”

Podemos verificar que as observações e descrições são influenciadas pela época em questão.

Hooke em sua descrição fez com que aparecesse pela primeira vez o termo “célula” – pequena cela – para designar as pequenas cavidades que observou na cortiça. Porém, Hooke viu apenas as paredes esqueléticas sem antever a sua natureza real e a sua individualidade. Não supôs que o fundamental fosse o conteúdo da célula e não o material que limita a cavidade.

Os seus trabalhos encorajaram, no entanto, outros cientistas a utilizar o microscópio na observação de material biológico.

Na Europa, no início do século XVII, o uso de microscópios compostos era já comum. Porém, a imagem produzida era de péssima qualidade devido à aberrações cromáticas produzidas pelas lentes. Então, a maior parte dos investigadores davam preferência aos microscópios simples, construídos com apenas uma lente cuidadosamente polida.

Antony van Leeuwenhoek (1632-1723) era um cientista invulgar. Oriundo de uma família de comerciantes, tinha diversas dificuldades financeiras, não possuía formação universitária, além de não saber outra língua que não fosse o holandês. O seu pai fazia cestos, enquanto que a mãe vinha de uma família de cervejeiros. Mesmo assim, com perícia, persistência, uma curiosidade imensae uma mente aberta e livre do dogma científico da época, Leeuwenhoek realizou algumas das mais importantes descobertas presentes no histórico da biologia.

Em 1648, foi aprendiz numa loja de negociantes de linho e mais tarde ele próprio aderiu ao negócio dos tecidos. Em 1668 aprendeu a polir lentes, uma vez que costumava usar uma lupa na para avaliar a qualidade dos tecidos, e fez assim o seu primeiro microscópio. Muitos dizem que Leeuwenhoek teria sido inspirado pelo trabalho de Robert Hooke, após ter visto em uma livraria a capa de uma cópia do Micrographia

Após algumas experiências com microscópios compostos, abandonou o seu uso uma vez que não era permitida uma ampliação superior a 20 ou 30 vezes. A sua experiência no polimento

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