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Funcionamento Geral do Sistema Circulatório

Por:   •  5/9/2023  •  Artigo  •  3.436 Palavras (14 Páginas)  •  120 Visualizações

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  1. Funcionamento geral do sistema circulatório

A função do sistema circulatório é levar gases e nutrientes até as células que necessitam deles para se manterem vivas e recolher o material tóxico produzido por elas.

Partes do sistema circulatório: Sangue, Coração, Veias, Artérias, Artéria pulmonar, Aorta

2. O sangue

O sangue é um tipo de tecido composto, p, por água, proteínas e vários tipos de células. Nele também são encontrados nutrientes (glicose) e gases respiratórios (oxigênio e gás carbónico). O sangue é composto por duas partes: uma sólida e uma liquida.

A parte sólida contém os componentes celulares (ou elementos figurados), e é nessa porção do sangue que encontramos células como os glóbulos brancos (ou leucocitos), responsáveis pela defesa do organismo, as hemácias, que realizam o transporte de gases, e as plaquetas, que auxiliam na cicatrização de lesões. Já a parte liquida é chamada de plasma, tem coloração amarelada e contém, principalmente, água e proteínas. Se retirarmos do plasma uma proteína especifica chamada fibrinogênio, obteremos um líquido chamado soro.

Essa proteína é importante para a coagulação sanguínea e, no caso de alguma lesão, tem papel na reparação do tecido lesionado e em sua cicatrização.

2.1. Plasma

O plasma contém, principalmente, água, glicose, outros nutrientes (como aminoácidos) e proteínas, como hormônios, anticorpos e fibrinogênio.

Os hormônios são substâncias produzidas por órgãos chamados glândulas e são lançados diretamente na corrente sanguínea. Os hormônios atuam na sensação de fome, de sede, de saciedade e de sono, além de regularem a quantidade de glicose, cálcio e sódio no sangue  E quantidade de urina que eliminamos

Os anticorpos são proteínas especificas produzidas pelo sistema imunológico para combater bactérias, vírus e corpos estranhos ao organismo. Importantes na contenção de infecções e na proteção do organismo. Os anticorpos são específicos: um anticorpo que combate o vírus da gripe comum não consegue combater o vírus da gripe suína, embora sejam muito parecidos.

O fibrinogênio é uma proteína importante para o processo de coagulação sanguínea, formando um coágulo que impede o sangramento. [pic 1]

2.2. Componentes celulares (ou elementos figurados)

No sangue, estão presentes, principalmente, as hemácias, os leucócitos (ou glóbulos brancos) e as plaquetas, sendo que os dois primeiros são tipos de células e as plaquetas são pedaços de uma célula maior chamada megacariócito.

Hemácias

As hemácias são também chamadas de glóbulos vermelhos ou eritrocitos e possuem um pigmento, denominado hemoglobina, que é responsável pela coloração do sangue. A hemoglobina tem a função de transportar os gases respiratórios, tanto o O, quanto o CO.

Leucócitos

Os leucócitos também são chamados de glóbulos brancos e receberam esse nome pelo fato de não terem pigmento vermelho como as hemácias. São as principais células de defesa do nosso organismo e, assim como as hemácias, são produzidas na medula vermelha dos ossos. Os leucócitos são responsáveis por identificar corpos estranhos, como bactérias e vírus, ou substâncias que provocam danos ao individuo, chamadas toxinas.

Podemos destacar duas maneiras pelas quais essas células agem na defesa: alguns tipos de leucócitos produzem anticorpos, proteínas especificas, que se ligam aos corpos estranhos, promovendo sua morte. Outros tipos de leucócitos promovem a morte de micro-organismos por fagocitose.

Plaquetas

São responsáveis pela coagulação sanguínea. São muito menores que as hemácias e que os leucócitos. Quando machucamos e há sangramento, as plaquetas se juntam, formando uma espécie de tampão e gerando um coágulo que impede que haja mais perda de sangue.

2.3. Os tipos sanguíneos

As hemácias podem apresentar, na superfície de suas membranas, proteínas conhecidas como antígenos, do tipo A ou do tipo B. O tipo sanguíneo é determinado pela presença desses antígenos na superfície das hemácias.

  • Sangue tipo A: As hemácias apresentam apenas antígenos do tipo A em sua superfície.
  • Sangue tipo B: As hemácias apresentam apenas antígenos do tipo B em sua superfície.
  • Sangue tipo AB: As hemácias apresentam, em sua superfície, antígenos tanto do tipo A quanto do tipo B.
  • Sangue tipo O: As hemácias não apresentam antígenos em sua superfície.[pic 2]

2.4. Fator Rh

De forma semelhante ao que ocorre com o sistema ABO, o fator Rh é outro antígeno presente no sangue. Se esse antígeno estiver nas hemácias, elas são consideradas Rh positivo. Por outro lado, se o antígeno estiver ausente, as hemácias são denominadas Rh negativo. Para nomearum tipo de sangue, falamos, simultaneamente, do tipo sanguíneo no sistema ABO e do fator Rh; por exemplo, a designação O nos informa que a pessoa tem sangue tipo O, portanto sem antígenos A e B na hemácia, e não possui também o antígeno Rh.

Mulheres grávidas que são Rh negativo podem apresentar problemas ao gerarem filhos Rh positivo. É possível que uma mulher fator Rh negativo gere um filho que possua o fator Rh, caso o pai seja Rh positivo. Se houver o contato do sangue do filho com o sangue da mãe, o organismo materno reconhecerá aquele antígeno e começará a produzir anticorpos contra ele, o que poderá causar a destruição das hemácias do feto. No entanto, na primeira gestação de um filho Rh positivo, a quantidade de anticorpo produzida pela mãe é pequena e não prejudica o feto.

Esse quadro é especialmente grave quando, em uma segunda gravidez, essa mãe gera outro filho Rh positivo. Isso ocorre porque, geralmente, a placenta mantém separados o sangue do filho e o da mãe durante a gestação, mas é comum ocorrer a mistura desses sangues no momento do parto. Desse modo, quando, durante o primeiro parto, há o contato entre a mãe e o sangue do bebê com o antigeno Rh, o corpo da mãe é sensibilizado e passa a produzir esses anticorpos em grande quantidade. Assim, a partir da segunda gravidez, os anticorpos anti-Rh, que têm a capacidade de atravessar a barreira da placenta, atacam as células sanguíneas dos outros filhos (Rh positivos) que ela gestar, destruindo as hemácias dos fetos. Essa incompatibilidade do fator Rh entre mãe e filho é chamada de eritroblastose fetal (ou doença hemolítica do recém-nascido).

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