Gestão Do Conhecimento
Ensaios: Gestão Do Conhecimento. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: GiselledaPaz • 22/4/2013 • 842 Palavras (4 Páginas) • 1.165 Visualizações
Identifique-se Cadastre-se RSS
Buscar Acesse. Inspire-se!
A arte de negociar
A palavra negociação possui origem latina (negocium) e
corresponde à fusão dos termos nec (nem, não) e ocium (ócio,
repouso). Em seu significado puro, essa palavra exprime a ideia
de dificuldade, trabalho difícil de ser realizado; mas no cotidiano
seu uso está mais relacionado às atividades que envolvem
acordos e transações comerciais.
Negociar bem significa antever, planejar e mover as “peças”
como em um tabuleiro de xadrez. O bom negociador age
premeditadamente e tem absoluto controle de suas emoções,
sabe lidar com paradoxos e suporta bem as pressões. Para se
tornar um negociador de sucesso nos dias de hoje, é
fundamental ser articulado, bem informado e confiante, sem
parecer prepotente ou arrogante.
Para Carlos Alberto Julio, professor, escritor e vice-presidente do conselho de administração da Tecnisa S.A., a
negociação está intimamente relacionada à prática da sedução. Recentemente, em entrevista concedida durante
o evento HSM ExpoManagement 2010, afirmou que não há nada de errado em seduzir alguém, desde que se
saiba o que fazer com a pessoa seduzida. Nesse contexto, seduzir significa atrair, conquistar a atenção do
cliente e conduzir a negociação.
Negociar é um ato inerente à natureza humana, fazemos isso o tempo todo, com nossos filhos, esposas,
amigos, subordinados, superiores e até com nós mesmos. É impossível passar um só dia sem negociar, por
isso, devemos extrair o máximo de vantagens dessas negociações e aprimorar nossa conduta para aplicá-la
durante as transações profissionais.
Lembre-se que a ansiedade é inimiga da perfeição. A emoção deve ser deixada de lado durante a transação; é
importante não pressionar o cliente, vantagens obtidas por impulso podem se mostrar pouco duradouras.
Márcio Miranda, palestrante, escritor e presidente da Workshop Seminários Práticos, utiliza-se do conceito de
“gordura” para determinar o bom ou mal andamento de uma negociação. “Gordura” representa a diferença entre o
mínimo que o vendedor aceita e o máximo que o comprador está disposto a pagar. Segundo ele, é comum
detectar, em média, 10% de gordura nas negociações realizadas no Brasil. O objetivo do negociador de sucesso
é ficar com a maior parte dessa gordura e ainda assim conseguir deixar o cliente com a sensação de ter feito um
bom negócio.
Perfil do cliente
Fator primordial para iniciar uma boa negociação é conhecer o seu interlocutor e lidar com as suas
particularidades. Existem vários tipos de clientes, cabe ao bom negociador avaliar cada perfil e lançar mão da
estratégia mais eficaz para determinado tipo de personalidade. Existem algumas táticas para descobrir qual é o
perfil de um novo cliente, observando a linguagem corporal e a natureza das suas indagações é possível perceber
se estamos diante de alguém pragmático, analítico ou flexível.
Clientes inflexíveis devem sem tratados com cuidado e se faz necessário compreender qual o real motivo desse
comportamento. Se o problema for restrição de verba o negociador deve encontrar uma solução que contemple
ambas as partes.
Miranda divide os clientes basicamente em 4 tipos de temperamento: o Afável, o Metódico, o Sociável e o
Obstinado. Cada qual deve ser tratado de forma diferente, de modo que se deixe influenciar pelo negociador.
O afável é o tipo de pessoa fácil de ser conduzida, é alguém que está aberto para ouvir com atenção
qualquer proposta e negociar.
O metódico tende a ser mais direto e objetivo, não gosta de rodeios, é detalhista e espera que seu
interlocutor aja dessa maneira.
O sociável não tem pressa, gosta de conversar e levar a negociação de forma mais leve e descontraída.
O obstinado é duro, teimoso, não quer saber de outra proposta senão a sua; esse costuma ser o tipo mais
difícil de personalidade para negociar.
“Receber um "não" é algo comum e até esperado no processo de negociar, é a resposta padrão quando pedimos
alguma
...