História do Feijão
Pesquisas Acadêmicas: História do Feijão. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Lindomar • 31/10/2013 • Pesquisas Acadêmicas • 1.409 Palavras (6 Páginas) • 571 Visualizações
FEIJÃO
De 10 brasileiros, sete consomem feijão diariamente. O grão, típico da culinária do país, é fonte de proteína vegetal, vitaminas do complexo B e sais minerais, ferro, cálcio e fósforo.
O consumo do produto, em média, por pessoa chega a 19 quilos de feijão por ano. Atualmente, o Brasil é o maior produtor mundial. Estima-se que a produção nacional chegou a 3,8 milhões de toneladas na safra 2010/2011.
2.1 - História do Feijão
O feijão está entre os alimentos mais antigos, remontando aos primeiros registros da história da humanidade. Achados arqueológicos apontam para a existência de feijoeiros domesticados cerca de 10.000 a.C. . As ruínas da antiga Tróia revelam evidências de que os feijões eram o prato favorito dos guerreiros troianos. A maioria dos historiadores atribui a disseminação dos feijões no mundo em decorrência das guerras, uma vez que esse alimento fazia parte essencial da dieta dos guerreiros em marcha. Os grandes exploradores ajudaram a difundir o uso e o cultivo de feijão para as mais remotas regiões do planeta.
2.2 - Cultivação
O feijoeiro é cultivado praticamente em todas as unidades de solo presentes, com textura variando de arenosa leve até argilosa pesada.
Solos argilosos e mal drenados devem ser evitados na safra das águas, assim como as baixadas úmidas ou sujeitas à inundação ou encharca mento. Nessa época, para evitar os problemas de excesso de água no solo, os terrenos mais altos e com bom arejamento devem ser preferidos para semeadura.
Nas demais épocas de semeadura, as várzeas e baixadas úmidas típicas do sul de Minas Gerais podem ser utilizadas, aproveitando-se a sua topografia e a sua capacidade de armazenamento de água no solo.
Em solos argilosos pesados são mais frequentes os problemas ocasionados por fungos de solo e formação de crosta superficial, que dificultam a emergência do feijoeiro, reduzindo a população de plantas. Da mesma forma, solos mais pesados são mais sujeitos à formação de camada compactada na subsuperfície - o chamado "pé-de-grade", proveniente do excesso de operações de máquinas sobre o terreno e de efeitos desastrosos para o sistema radicular do feijoeiro.
Cuidado especial deverá ser tomado com o controle da erosão nas lavouras, porque nessa região predominam áreas de topografia irregular. Como o feijoeiro tem um crescimento inicial muito lento, o solo fica demasiadamente exposto à ação erosiva nessa fase, principalmente na semeadura das águas, quando chuvas fortes são mais frequentes.
A acidez do solo pode trazer consequências desastrosas para a lavoura do feijoeiro, tais como teores tóxicos de alumínio e manganês, além de deficiências de micronutrientes principalmente cálcio, magnésio, fósforo, nitrogênio e enxofre - e baixa atividade biológica no solo, resultando em pequeno crescimento das raízes e da parte aérea.
Quando adequadamente empregada, a calagem promove modificação no ambiente radicular e pode elevar o pH para uma faixa que oferece melhores condições para o desenvolvimento do feijoeiro, normalmente pH 5,8 a 6,2.
Para estimar a necessidade de calagem (NC), em Minas Gerais são usados o método da neutralização da acidez trocável e da elevação dos teores de cálcio e magnésio trocáveis e o método da saturação por bases.
Quando bem empregados, ambos os métodos estimam valores de NC adequados para a cultura do feijoeiro.
É oportuno esclarecer que, independentemente do método empregado, o valor calculado de NC refere-se à quantidade de calcário com PRNT 100% a ser incorporado em 1 hectare, a 20 cm de profundidade, devendo-se fazer as devidas correções de acordo com a qualidade do calcário e a profundidade efetivamente utilizadas.
O primeiro passo para se alcançar alta produtividade na cultura do feijoeiro é a utilização de sementes de boa qualidade. A qualidade da semente é expressa pela interação de quatro componentes: genético, físico, fisiológico e sanitário:
Componente genético: refere-se às características intrínsecas da cultivar, quanto ao seu potencial produtivo, resistência às pragas e doenças, arquitetura da planta e qualidade culinária, entre outras.
Componente físico: refere-se à pureza do lote e a condição física da semente. A pureza física do lote é prejudicada pela presença de sementes de outras espécies e por substâncias inertes. A condição física envolve o teor de umidade, tamanho, cor, formato e densidade da semente, que devem ser uniformes.
Componente fisiológico: refere-se à longevidade da semente e à sua capacidade de gerar uma planta perfeita e vigorosa, avaliados pelo teste de germinação e vigor. A qualidade fisiológica é influenciada pelo ambiente em que as sementes se formaram e pelas condições de colheita, secagem, beneficiamento e armazenamento.
Componente sanitário: refere-se à qualidade sanitária, ao efeito deletério provocado pelos microorganismos associados às sementes, desde o campo de produção até o armazenamento.
Ao adquirir sementes para a formação de sua lavoura, o produtor deve ter em mente que a procedência dessa semente é uma credencial das mais importantes, sendo recomendável que, além da análise da sua qualidade física e fisiológica, seja também exigido o boletim de análise sanitária. Isso porque as sementes de feijão, a exemplo do que ocorre com outras culturas, podem transportar e transmitir inúmeros patógenos responsáveis por doenças que causam danos dos mais variados na lavoura, o que, certamente, resulta em prejuízo ao agricultor. Os principais patógenos transmissíveis por sementes e as doenças.
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