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Ian McHarg

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Por:   •  8/2/2015  •  1.192 Palavras (5 Páginas)  •  1.526 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE ARQUITETURA ARTES E COMUNICAÇÃO

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

DISCIPLINA: HISTÓRIA DO PAISAGISMO

Professores Responsáveis:

Profa. Dra. Marta Enokibara

Profa. Dra. Norma Regina Truppel Constantino

TRABALHO 2: IAN MCHARG

Aluna: Sara Batista de Paiva

RA: 131032194

Setembro 2013

Ian L. McHarg nasceu em Novembro de 1920, na cidade industrial de Glasgow, Escócia, e faleceu em Março de 2001, por uma doença pulmonar. Estudou, de 1946 a 1949, na Universidade de Harvard em arquitetura da paisagem e planejamento urbano. Foi um escritor renomado em planejamento urbano, usando sistemas naturais.

Além disso, refundou o departamento de paisagismo da Universidade da Pensilvânia, em 1956. Em 1969, publicou o livro “Design With Nature”, que é um marco do movimento ecológico e um dos livros mais difundidos por paisagistas. O arquiteto paisagista também publica sua biografia denominada “A Quest for Life: an biography”.

No tangente ao seu livro “Design With Nature”, pode-se inferir que ele consiste na identificação dos processos atuantes no ecossistema estudado e dos elementos integrantes de tal processo a fim de identificá-los; na interpretação e avaliação das informações, organizando-as em um sistema de valores; na investigação da aptidão de cada área para um determinado uso; e na verificação da possibilidade de usos compatíveis simultâneos.

Neste livro, ele aplicou o novo conhecimento derivado da ecologia para ações concretas no planejamento urbano, como por exemplo, o problema da inserção de vias expressas na paisagem. Suas práticas inseriram-se no planejamento urbano a partir da ideia de que a tomada de ações sempre deveria contar com o estudo prévio dos cursos d’água, da topografia, da vegetação, da fauna, entre outros fatores.

McHarg considera ser possível a conciliação da preservação dos processos ecológicos existentes com as aspirações da sociedade tecnológica. Ele parte da premissa de que os fenômenos naturais são processos dinâmicos e interativos e que estes obedecem a princípios físicos e garantem oportunidades e restrições ao ser humano.

Sua avaliação acerca dos territórios passíveis de intervenções antrópicas está em prol da adequação, conceito que exprime a ideia de não ser prejudicial aos processos naturais e de não garantir consequências graves.

A paisagem deve ser vista não como produto, mas como processo, em uma dinâmica de evolução no tempo e no espaço, com pesquisa de tecnologias sustentáveis, projeto com práticas de regeneração e visão da cidade como ecossistema.

O método de Ian McHarg para identificação de áreas aptas à implantação de empreendimentos urbanos é essencialmente baseado em análise espacial com utilização de variáveis socioambientais que são classificadas como restrições ou fatores de aptidão, integrada numa única escala de valores, com pesos diferenciados em função da relação do empreendimento com cada variável. O objetivo principal deste método é construir um mapa síntese de aptidão de área para implantação de determinado empreendimento.

Este método propõe um estudo prévio de avaliação de impacto ambiental, considerando aspectos fisiográficos e sociais, numa abrangência regional e é especificamente orientado à planificação espacial.

Os trabalhos desenvolvidos pelo autor consistem na máxima preservação da natureza já existente de forma inseri-la na cidade da maneira mais adequada, para que os danos sejam minimizados, o que resulta em traçados orgânicos em suas obras. Dentre os métodos criados por ele destacam-se o Overlay, o Graytone e o Matrix. McHarg também trabalhou com a ideia de Unidade de Vizinhança¹, bastante presente nas obras de Ian McHarg, apesar de ter sido criado pelo arquiteto e urbanista Clarence Arthur Perry.

Em linhas gerais, o Overlay consiste na sobreposição de pranchas da mesma área analisada, porém com ênfases diferentes, por exemplo, análise de solo, análise da hidrografia, análise do relevo de determinada região. Ao sobrepor as pranchas, possuía um estudo detalhado dos diversos recursos naturais da região, podendo assim planejar uma cidade com um enfoque mais sustentável. O foco deste trabalho se dará em torno da questão do Graytone.

Graytone

Adotando tons de cinza como critério, no momento da sobreposição, os tons de cinza vão se intensificar de forma que as regiões que contenham maior número de tons escuros sobrepostos originarão áreas mais escuras que as demais, ou seja, os tons se adicionarão. O mapa final é traçado visualmente, guiando-se por esta soma.

As variáveis são classificadas de acordo com seu grau de adequação para o uso proposto, e exibido em diferentes tonalidades de cinza (daí o nome graytones). Normalmente, o menor grau de aptidão é demonstrado na menor cor.

Os mapas de cada variável levada em conta na análise são então sobrepostos, para determinar os locais de maior aptidão para os usos propostos. O processo pode ser feito de forma manual, com a sobreposição de mapas desenhados em papel transparente, tornando muito fácil a visualização da análise. Quando a análise é feita em computador, e necessário fazer o processo de reclassificação das áreas, de acordo com o resultado de operações de sobreposição.

Apesar das limitações oferecidas pela ausência dos computadores, McHarg conseguiu armazenar informações espaciais dispostas visualmente, através de mapas sobrepostos feitos à mão.

Os níveis de sensibilidade são indicados pela graduação de tons de cinza; quanto mais escuro for o cinza, maior será a sensibilidade ecológica. Quanto maior for o valor ecológico, mais sensíveis serão estas áreas à ocupação urbana. As áreas com moderada sensibilidade devem ser ocupadas com controle de usos e com certa limitação e cautela. As áreas com menor valor ecológico, por serem locais menos sensíveis ecologicamente, podem ser ocupadas. Para as áreas com alta sensibilidade

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