Infecções virais

Varias causas ambientais favorecem o desenvolvimento do LES incluindo a luz ultravioleta, drogas, vírus infecciosos e elementos virais semelhantes.

A luz ultravioleta, através da indução de apoptose, libera auto-antígenos, que por sua vez pode ser processado por células apresentadoras de antígenos e células B em um meio aberrante . Estes peptídeos processados estimulam as células T e se ligam a receptores de antígeno de células B, conduzindo, assim, a produção de anticorpos prejudiciais, o que por sua vez pode combinar-se com o antígeno para formar complexos imunes prejudiciais (PEDRAM).

Infecções virais podem levar a uma ativação policiclonal sustentada dos linfócitos B nos indivíduos com predisposição genética para tal, provocando uma produção de anticorpos em pacientes susceptíveis (GALINDO, VEIGA)

O Vírus de Epstein-Barr (EBV) tem sido identificado como um possível fator de desenvolvimento de lúpus. O EBV pode residir e interagir com as células B e promover a produção de interferon (IFNa), que por sua vez, pode ser um desencadeador do LES (george bertsias).

Outros fatores que induzem o LES são as drogas ou fármacos. O Lúpus induzido por fármacos (LIF) consiste numa síndrome com um quadro clínico e imunológico muito similar ao Lúpus eritematoso sistêmico (LES) e que surge após o início de determinado fármaco, sendo normalmente necessários longos períodos (vários meses a anos) de terapêutica crônica para que se desenvolvam as manifestações clínicas (D Pascoalinho et, al).

Ainda não se conhecem os mecanismos envolvidos na fisiopatogenia do LID. Dados experimentais apontam para: a inibição da metilação do ácido desoxirribonucléico (DNA); a ativação de monócitos e distúrbios dos metabólitos de determinadas drogas no processo de tolerância do sistema imunitário (MOTA et, al).

O LID, diferentemente do LES, é mais comum na raça caucasiana, sendo raro nos negros; apresenta igual ocorrência entre os sexos, e a idade média de surgimento dos sintomas é maior do que a relatada no LES (MOTA, et al).

Dos fármacos causadores da doença, merecem destaque determinados medicamentos como a hidralazina, a procainamida, a D- penicilamina e a hidrazida (GALINDO, VEIGA).