Insetos
Trabalho Escolar: Insetos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lucinei2013 • 21/9/2014 • 1.559 Palavras (7 Páginas) • 2.681 Visualizações
HEMATÓFAGOS
Insetos que se alimentam de sangue são chamados de hematófagos. Esses animais em geral são vetores, isto é transportam os agentes causadores de doenças.
A hematofagia evoluiu de forma independente em diferentes grupos animas, desde invertebrados como os artrópodes (ex. carraças, mosquitos), anelídeos (sanguessugas) e vertebrados, como peixes (lampreia) e mamíferos (morcegos-vampiro) Contudo, a maioria dos animais hematófagos são artrópodes, cerca de 14.000 espécies
Os hematófagos possuem várias adaptações biológicas complementares para localizar suas presas. A maioria das espécies hematófagas são noturnas e silenciosas, a fim de evitar a detecção pela presa. Também desenvolveram órgãos sensores especiais para componentes físicos ou químicos, para detectar, por exemplo, os componentes do suor, dióxido de carbono, calor, luz, movimento, etc.
A pele dos vertebrados é dividida em uma porção mais externa chamada epiderme e a derme, que é a camada mais interna. Somente a derme é vascularizada e os insetos em busca de sangue precisam inicialmente introduzir a abertura do canal alimentar (boca funcional) em um vaso sanguíneo do hospedeiro. As peças bucais dos insetos hematófagos são adaptadas tanto para perfurar a pele do hospedeiro como para formar ductos que possibilitem a ingestão do sangue e a secreção da saliva de forma simultânea. De maneira geral, os insetos hematófagos podem utilizar duas estratégias para a obtenção de sangue. A solenofagia (ou “vessel-feeding”) onde a abertura do canal alimentar é colocada dentro dos vasos sanguíneos, como ocorre em barbeiros, piolhos, pulgas e mosquitos. Nestes grupos de insetos, as mandíbulas e/ou maxilas foram modificadas para formar estiletes longos, finos e perfurantes que são interconectados para formar um tubo longo por onde o sangue é sugado. A segunda estratégia é denominada telmatofagia (ou “pool-feeding”) e consiste em posicionar a abertura do canal alimentar dentro de uma pequena poça de sangue formada pelo rompimento dos vasos pela ação das peças bucais adaptadas para rasgar, dilacerar ou cortar a pele do hospedeiro. Estas peças bucais são encontradas em flebotomíneos, tabanídeos, simulídeos e moscas picadoras (Lehane, 2005)
BARBEIRO
Os barbeiros são hematófagos (que se alimentam de sangue), são insetos conhecidos das populações rurais de várias regiões do Brasil é conhecido também por chupão, chupança, percevejo de parede, bicudo, fincão, etc. Existem mais de 100 espécies de barbeiros. Algumas vivem somente na mata, mas outras se adaptaram totalmente às casas.
Geralmente pretos ou acinzentados, possuem manchas vermelhas, amarelas ou alaranjadas ao redor de seu abdômen. Para se alimentarem, os barbeiros utilizam sua tromba. Esta é introduzida através da pele do animal de que ele vai se alimentar, e por ela suga o sangue. Para que suas vítimas estejam quietinhas ele prefere atacar durante o sono. Para não acordar a vítima, a picada do barbeiro não é dolorosa, mas acompanhada de pequena coceira. O barbeiro possui, em sua saliva, uma substância que anestesia o local onde introduz sua tromba. Um barbeiro vive em média de um a dois anos.
A fêmea coloca 1 a 2 centenas de ovos, que demoram 4 semanas para abrirem e nascerem as larvas (alguns dias depois ela já sairá à procura de sangue). Após sua primeira refeição a larva sofrerá mudanças em seu corpo, com perda de sua pele também chamada casca. Este fenômeno chama-se muda e serve para possibilitar que o inseto sofra algumas transformações e aumente o seu tamanho, enquanto a nova casca ainda está mole e flexível. O barbeiro passa ao todo por cinco mudas, até atingir o estágio adulto. Esse se diferencia dos anteriores pelo seu maior tamanho, pela presença de asas completas e pelo aparelho sexual totalmente desenvolvido, portanto apto à procriação. A fêmea adulta diferencia-se do macho pela presença de uma protuberância em sua extremidade traseira, denominada ovopositor.
A contaminação ocorre quando este pica um mamífero infectado e ingere formas tripomastigotas sanguíneas (2) que são conduzidas à porção anterior do estômago. Neste novo ambiente, os tripomastigotas se diferenciam em epimastigotas e algumas formas esferomastigotas (3). Ainda no estômago, formas de transição, esferomastigotas e epimastigotas são digeridas. As formas epimastigotas sobreviventes, quando alcançam o intestino, começam a se multiplicar sucessivamente por divisão binária (4) e aderem-se às membranas perimicrovilares que são secretadas pelas células intestinais. Esta adesão ocorre predominantemente pela região do flagelo. Posteriormente, os epimastigotas se soltam e move-se para o intestino posterior, onde iniciam o processo de diferenciação em tripomastigotas metacíclicos (5) que aderem à cutícula que reveste o epitélio do reto e do saco retal do inseto. Ao se soltarem do epitélio, podem ser eliminados na urina ou fezes do inseto em seu próximo repasto sanguíneo.
A contaminação de um hospedeiro vertebrado ocorre quando o barbeiro infectado pica o mamífero. Neste processo, o inseto geralmente defeca e urina (6), depositando, assim, sobre a pele ou mucosa do mamífero a forma tripomastigota metacíclica, que é a forma infectiva (7), porém não replicativa. A invasão do parasito ocorre quando o hospedeiro se coça, o que gera lesões da pele por onde o parasita pode penetrar ou quando ele entra em contato com a mucosa. Os tripomastigotas metacíclicos acessam a circulação sanguínea, aderindo e invadindo uma gama de células nucleadas como, por exemplo, macrófagos (8), células musculares e epiteliais. Inicialmente, a forma tripomastigota é fagocitada pelo macrófago, seguindo-se a formação do vacúolo parasitóforo (9). No interior do vacúolo parasitóforo, a forma tripomastigota se diferencia para a forma amastigota e ocorre a lise da membrana do vacúolo parasitóforo (10). No citoplasma, esta forma se multiplica por fissões binárias sucessivas, podendo tomar todo o citoplasma (11). Após as sucessivas divisões, os amastigotas iniciam sua diferenciação passando por uma forma de transição (12) e se diferenciando na forma tripomastigota antes da célula hospedeira ser rompida pelo excesso de parasitos (13). A lise da célula hospedeira pode ocorrer antes da total diferenciação de amastigotas para tripomastigotas, o que gera o aparecimento de diferentes formas no meio externo (14). No meio extracelular, os tripomastigotas (15a) e amastigotas (15b) podem infectar novas células que ali estejam
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