CONTROLE BIOLÓGICO DE INSETOS
Monografias: CONTROLE BIOLÓGICO DE INSETOS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: bellaamaral22 • 8/11/2013 • 1.588 Palavras (7 Páginas) • 722 Visualizações
INTRODUÇÃO
Devido aos frequentes ataques de pragas sendo insetos ou ácaros às lavouras causando danos econômicos, o controle biológico é um método considerado um fenômeno natural que sofre influência de fatores climáticos, disponibilidade de alimentos e competição, incluindo aspectos independentes e dependentes de densidade. Atuando com a regulação no número de plantas e animais por inimigos naturais podendo ser predadores, parasitas ou patógenos. Os procedimentos básicos de Controle Biológico utilizado pelo Manejo Integrado de Pragas são de forma clássica, natural e aplicado, aos quais são utilizados para manejo com finalidade na diminuição e/ou exclusão da população de organismos considerados pragas no agroecossistema da cultura com valor econômico.
REVISÃO GERAL
CONTROLE BIOLÓGICO
Controle biológico consiste na regulação do número de plantas e animais por inimigos naturais, que constituem os agentes de mortalidade biótica (Gallo et al. 2002). A interação controle biológico e plantas resistentes, podem surgir feitos negativos, como alta mortalidade e período de desenvolvimento mais longo dos inimigos naturais (Obrycki & Tauber 1984, Gamarra et al. 1997, apud Soglia et al. 2006) ou positivismo, com a redução da praga (Obrycki et al. 1983, Farid et al. 1998, Gamarra et al. 1997, apud Soglia et al. 2006). Nos dias de hoje, com o controle biológico deve ser considerado como um componente de programas inter e multidisciplinares de Manejo Integrado de Pragas (MIP), ao lado de medidas de controle de insetos ou ácaros (Gallo et al. 2002).
Segundo Dawson (2005 apud Lourenção et al. 2007), a espécie E. híspida apresenta potencial de emprego em controle biológico de moscas-brancas, que por sua vez já foi alvo de um tipo de programa no Havaí: a espécimes desse afelinídeo foram coletados no Brasil e levados a esse estado americano, onde foram multiplicados e liberados para controle de Bemisia argentifolii Bellows & Perring (=B. tabaci biótipo B) nas culturas de tomateiro e soja. Devido a maiores á fruticultura mundial, as moscas-de-frutas são pragas que causam prejuízos considerados diretos com perdas na produção, por serem pragas quartenárias barreiras comerciais são impostas pelos países importadores, onde limitam a exportação de frutos in natura. Apesar do Brasil ser o terceiro produtor mundial de frutas 2% dessa produção é exportada, o Chile livre de mosca-do-mediterrâneo produz dez vezes menos que o Brasil e exporta 40% da produção resumido em valor totalizando 1,83 bilhões de dólares a mais que o Brasil (Agrianual 2002 apud Paranhos et al. 2007).
Em procedimentos básicos de controle biológico em MIP, cada um deles representará um tipo de controle, respectivamente, controle biológico clássico, natural e aplicado. No inicio utiliza-se apenas o controle biológico clássico, quês consiste na importação e colonização de parasitóides ou predadores usando ao controle de pragas exóticas (Gallo et al. 2002). Em Santa Catarina, Garcia et al. (2001), registraram cerca de 41% de parasitismo em diferentes variedades de citros, embora a ação de parasitóides nativos vinha sendo constatada em áreas produtoras de citros, vários países optaram por utilizar o controle biológico clássico, como Argov & Rossler (1996) (apud Jahnke et al. 2006).
O controle biológico natural refere-se à população de inimigos naturais que ocorre naturalmente, onde tais parasitóides e predadores devem ser preservados por meio da manipulação do seu ambiente como: usar inseticidas seletivos em épocas corretas, redução de dosagem de produtos químicos, evitar práticas culturais, manutenção de habitat ou fontes de alimentação para inimigos naturais (Gallo et al. 2002).
O controle biológico aplicado trata-se de liberações de parasitóides ou predadores após a sua produção massal em laboratório, o que acarreta a população rápida da população da praga seu nível de equilíbrio (Gallo et al. 2002). Em programas de controle biológico aplicado, deve-se criar e liberar uma quantidade significativa do inimigo natural no campo, porém até o momento o êxito na criação artificial dos parasitóides nativos não foi alcançado, assim recorre-se a importação do endoparasitóide exótico, Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera: Bracobidae), cuja técnica de criação massal em laboratório já está estabelecida (Paranhos et al. 2007).
O que determina a eficiência de um parasitóide está intimamente ligado a sua capacidade de encontrar o hospedeiro em campo, manipular o número de ovos a serem depositados por hospedeiros a sua sobrevivência, em resposta à disponibilidade de hospedeiros (Hohmann & Luck 2004 apud Silva-Torres et al. 2009). Nessas condições, o estado fisiológico do parasitóide tem implicações importantes para seu sucesso reprodutivo (Hohmann & Luck 2004 apud Silva-Torres et al. 2009). Para Vinson (1997) (apud Moreira et al. 2009), os fatores mais comumente relatados no processo de rejeição do hospedeiro são a idade e o contato prévio com um hospedeiro já parasitado.
Sendo iniciado no Brasil, a introdução de inimigos naturais em 1921, com a importação de Prospaltela berlesi (Aphelinidae) vindo dos EUA para o controle da cochonilha-branca-do-pessegueiro (Pseudaulacaspis pentagona), nos últimos anos houve registro de grandes avanços (Gallo et al. 2002). Pesquisas realizadas em diversos locais do mundo informam que D. longicaudata, é um grande agente promissor no controle biológico de moscas-das-frutas em goiaba. No Brasil alguns estudos foram desenvolvidos com relação do parasitóide em pomares comerciais de goiaba e fruteiras comerciais e silvestres, sendo antes feita a avaliação da D. longicaudata ser recomendada para o método de controle biológico nos pomares de goiaba, a espécie deve ser avaliada quanto a sua eficiência sobre essa fruta. (Paranhos et al. 2007). Segundo Haji (2002) (apud Zago et al. 2007), um exemplo no Brasil, é a eficiência no controle da traça do tomateiro Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidóptera: Gelechiidae) com a utilização do Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammatidae) na região do semi-árido nordestino, município de Petrolina, PE.
O controle microbiano trata da utilização racional de microorganismos entomopatôgêncios o que visa à manutenção da população das pragas em níveis não prejudiciais (Gallo et al. 2002). O fungo entomopatogênico Sporothrix insectorum
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