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Manual De Eletrocardiograma

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Por:   •  26/10/2013  •  1.645 Palavras (7 Páginas)  •  845 Visualizações

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Introdução

Um eletrocardiograma (ECG ou EKG ) é um gráfico obtido com o eletrocardiógrafo para medir a atividade eléctrica do coração. É o principal instrumento para eletrofisiológica Cardíaca, e tem uma função relevante na triagem e diagnóstico de doenças cardiovasculares.

1. SISTEMA DE CONDUÇÃO CARDÍACA

Este peculiar sistema, capaz de gerar e conduzir os impulsos cardíacos, é composto de miócitos especializados que apresentam interconexão célula a célula em toda a sua estrutura.

O nódulo sinusal ou sinoatrial está situado na desembocadura da

veia cava superior no átrio direito; a excitação cardíaca normal

nasce neste nó que atinge o limiar do potencial de ação (despolarização) mais rapidamente que o restante do sistema.

Este nódulo é considerado o marca-passo primário. O impulso cardíaco segue pelo miocárdio atrial, bem como pelos caminhos internodais (misto de células miocárdicas e especializadas) até alcançar a junção atrioventricular (AV).

Junção AV, outro componente importante do sistema de condução é composto de células especializadas distribuídas pelo:

• Nódulo AV (NAV) localizado na parte inferior do átrio direito na base da válvula tricúspide, que continua com o feixe de His , o qual se situa na porção alta do septo interventricular.

• O NAV retarda a velocidade do impulso em razão da disposição das junções intercelulares para dar tempo suficiente ao enchimento ventricular.

• O NAV e o feixe de His podem atuar como marca-passo (secundário) porque têm células que conduzem e criam o impulso cardíaco, e têm freqüência entre 40 e 60 bpm.

Sistema His-Purkinge é o sistema de condução intraventricular por onde a excitação é transmitida rapidamente pelos ramos direito e esquerdo e suas subdivisões até a rede de Purkinje.

O coração tem dois tipos de células:

• Aquelas do sistema de condução: fonte de poder elétrico do

coração e por onde se propaga o impulso cardíaco;

• As do miocárdio: responsáveis pela sua contratilidade que desenha a morfologia do ECG.

Polarização

Uma célula em repouso significa célula polarizada, porque apresenta um equilíbrio iônico (cargas negativas no interior e positivas no exterior; é traduzida pelo chamado Potencial de Repouso. Neste momento não há atividade elétrica desenhada no ECG de superfície.

Despolarização e Repolarização

A despolarização começa quando a célula recebe uma descarga elétrica (interna: célula a célula ou externa de um marca-passo artificial) rompendo, deste modo, o equilíbrio entre cargas positivas e negativas com a penetração de sódio (positivo) para o interior da célula e deslocamento do potássio (negativo) para o exterior; constituindo o Potencial de Ação transmembrana.

Este processo desenvolve-se com a entrada rápida de sódio, lenta de cálcio, contínua saída de potássio e assim se restabelece e eletronegatividade do interior (repolarização) em contraposição à positividade externa da célula; esta se torna novamente polarizada, isto é, excitável.

2. ELETROCARDIOGRAMA

ECG (Eletrocardiograma) é o registro gráfico da atividade elétrica do coração.

ECG: é uma sucessão de ciclos cardíacos (P-QRS-ST-T-U) desenhados com diversas morfologias conforme a derivação empregada; é composto de 12 derivações consideradas suficientes para explorar a atividade elétrica do miocárdio:

• 6 no plano frontal das extremidades colhidas nos membros;

• 6 no plano horizontal localizadas no precórdio.

Derivações

Derivações representam a ligação de dois eletródios com pólos elétricos diferentes positivo e negativo – que “olham” o coração de diversos ângulos (de frente, dos lados, de baixo) e captam as diferenças do potencial geradas pelo miocárdio.

As 3 derivações bipolares criadas por Eithoven na eletrofisiologia (D1, D2, D3) formam um triângulo eqüilátero que lhe permitiu idealizar uma teoria para deduzir o eixo elétrico do coração.

Com a evolução da eletrocardiografia surgiram as derivações unipolares (Wilson): aVR, aVL, aVF, V1-V6. Assim:

• D2, D3 e aVF “olham” a parede inferior.

• V1-V4: a superfície anterior, incluindo o septo interventricular.

• D1, aVL, V5 e V6: a parede lateral.

• V1R-V6R: o ventrículo direito.

• V7 e V8 quando registrados: face dorsal.

Derivações precordiais (v1, v2, v3, v4, v5 e v6)

Os eletrodos são colocados sucessivamente sobre as seis posições da superfície torácica.

• Quarto espaço intercostal, á direita do esterno (V1)

• Quarto espaço intercostal, à esquerda do esterno (V2)

• Em meio caminho entre os pontos V2 e V4 (V3)

• Quinto espaço intercostal esquerdo, na linha clavicular média (V4)

• Quinto espaço intercostal esquerdo, na linha axilar anterior (V5)

• Quinto espaço intercostal esquerdo, na linha axilar média (V6).

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