Medidas Coletivas De Saude
Artigos Científicos: Medidas Coletivas De Saude. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: a11n22a33 • 6/11/2014 • 1.703 Palavras (7 Páginas) • 395 Visualizações
FACULDADE DO VALE DO IPOJUCA – FAVIP
CURSO DE ENFERMAGEM
Disciplina Epidemiologia
MEDIDAS EM SAÚDE COLETIVA
Indicadores são medidas utilizadas para descrever e analisar uma situação existente, avaliar o cumprimento de objetivos, metas e suas mudanças ao longo do tempo, além de confirmar tendências passadas e prever tendências futuras. Apresentam-se como:
Indicadores demográficos: natalidade, fecundidade, expectativa de vida.
Indicadores socioeconômicos: renda per capita e familiar, escolaridade, saneamento, renda, etc.
Indicadores epidemiológicos: morbidade, mortalidade, entre outros.
Por ser muito difícil mensurar a saúde, mede-se a “não saúde”, ou seja, as doenças e agravos (morbidade), as mortes (mortalidade), as incapacidades físicas e mentais (seqüelas); mede-se, também, as variáveis relacionadas a processos fisiológicos (como a gravidez), hábitos e estilo de vida (exercícios físicos, dietas saudáveis, etc), entre outros.
Os indicadores são construídos de acordo com aquilo que se quer medir. Sua escolha varia de acordo com os objetivos que se quer alcançar; e podem ser expressos por valores absolutos (números), relativos (coeficientes, percentagens e razão).
Os indicadores de valores absolutos referem-se a dados não tratados em relação a um todo como, por exemplo, número de casos e número de óbitos, impossibilitando, assim, comparações temporais ou geográficas. São úteis no planejamento e na administração da saúde para estimar o número de leitos, medicamentos e insumos em geral.
Para ser possível comparar as freqüências de morbidade e mortalidade, torna-se necessário transformá-los em valores relativos, isto é, em numeradores de frações, tendo denominadores fide¬dignos. Os dados são relativos quando mostram alguma relação com outros, podendo ser expressos por meio de coeficiente, índice e razão.
Coeficiente ou taxa
É a relação entre o número de eventos reais e os que poderiam acontecer, sendo a única medi¬da que informa quanto ao “risco” de ocorrência de um evento. Por exemplo: número de óbitos por leptospirose no Rio de Janeiro, em relação às pessoas que residem ou residiam nessa cidade, no ano ou período considerado.
Proporção
É a relação entre freqüências atribuídas de determinado evento; no numerador, registra-se a freqüência absoluta do evento, que constitui subconjunto da freqüência contida no denominador. Por exemplo: número de óbitos por doenças cardiovasculares em relação ao número de óbitos em geral.
Razão
É a medida de freqüência de um grupo de eventos relativa à freqüência de outro grupo de eventos. É um tipo de fração em que o numerador não é um subconjunto do denominador. Por exemplo: razão entre o número de casos de aids no sexo masculino e o número de casos de aids no sexo feminino.
PRINCIPAIS INDICADORES DE NATALIDADE
Taxa bruta de natalidade (TBN): Número de nascidos vivos, por mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Expressa a freqüência anual de nascidos vivos no total da população.
TBN = N° de nascidos vivos em um dado local e período X 1.000
População no mesmo local e período
PRINCIPAIS INDICADORES DE MORTALIDADE
Coeficiente de mortalidade geral (CMG): mede o risco de morte por todas as causas em uma popu¬lação de um dado local e período.
CMG = N° de óbitos em um dado local e período X 1.000
População no mesmo local e período
Coeficiente de mortalidade infantil (CMI): mede o risco de morte para crianças menores de um ano de um dado local e período.
CMI = N° de óbitos em menores de 1 ano, em um dado local e período X 1.000
N° de nascidos vivos no mesmo local e período
Coeficiente de mortalidade neonatal (CMN): mede o risco de morte para crianças menores de 28 dias.
CMN = N° de óbitos em menores de 28 dias, em um dado local e período X 1.000
N° de nascidos vivos no mesmo local e período
Coeficiente de mortalidade neonatal precoce (CMNP): mede o risco de morte para crianças menores de 7 dias.
CMNP = N° de óbitos em menores de 7 dias, em um dado local e período X 1.000
N° de nascidos vivos no mesmo local e período
Coeficiente de mortalidade neonatal tardia (CMNT): mede o risco de morte para crianças entre 7 e 27 dias.
CMNT = N° de óbitos em criança de 7 a 27 dias, em um dado local e período X 1.000
N° de nascidos vivos no mesmo local e período
Coeficiente de mortalidade pós-neonatal (CMPN): mede o risco de morte para crianças com idade entre 28 e 364 dias.
CMPN = N° de óbitos de crianças entre 28 e 364 dias, em um dado local e período X 1.000
N° de nascidos vivos no mesmo local e período
Razão de mortalidade materna (RMM): mede o risco de morte materna
RMM= N° de mortes maternas, em um dado local e período X 100.000
N° de nascidos vivos no mesmo local e período
Coeficiente de mortalidade por causa (CMC): mede o risco de morte por determinada causa, num dado local e período. No denominador deve constar a população exposta ao risco de morrer por essa mesma causa.
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