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Modernismo

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Por:   •  17/12/2013  •  Seminário  •  1.671 Palavras (7 Páginas)  •  437 Visualizações

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MODERNISMO

Examinando a história da Arte, especialmente a partir do Renascimento, observamos no período clássico das Artes Plásticas ocidentais, um aperfeiçoamento crescente de técnicas, com o objetivo de tornar as imagens apresentadas, cada vez mais idênticas aos seus modelos.

Desde esse tempo a formação dada aos artistas plásticos era totalmente direcionada para esse propósito, criar a ilusão fotográfica relativamente ao modelo, este procedimento ficou conhecido como academismo.

A arte que se manifesta por este modo de representação, utilizado na pintura e na escultura que proporciona, aos olhos do observador, a ilusão de uma realidade percepcionada identificada com o mundo real se bem que simplificada, distorcida, exagerada ou empolgada classifica-se de figurativa.

Esta tendência começa a ser posta em causa no final do séc. 19 por um movimento da cultura ocidental que introduz uma nova maneira de encarar a arte, o ´´modernismo´´, atingindo o seu máximo desenvolvimento entre 1910 e 1930.

O modernismo atingiu todas as formas de arte, rejeitou a tradição clássica nas expectativas convencionais atribuídas à arte, esta atitude foi rotulada com a palavra ´´avant garde´´ muitas vezes utilizada como sinónimo de ´´modernista´´.

O modernismo sugere liberdade de expressão, experimentação, radicalismo e até primitivismo.

O período Moderno é o termo da história da arte utilizado para descrever o estilo e a ideologia da arte durante o período 1860 até 1970.

O movimento modernista na arte coadjuvou a liberdade de expressão e a busca da igualdade social iniciada no séc. 18, a crença moderna na liberdade de expressão manifestou-se na arte através da liberdade de escolha do tema e do estilo, na liberdade artística.

Os artistas procuravam liberdade em relação às regras académicas mas também às regras sociais, proclamando que a arte era produzida não para o público mas para o artista afastando-a da sensibilidade burguesa que exigia arte com significado e com finalidade, com um propósito como: instruir ou deleitar ou moralizar, refletindo a visão burguesa do mundo.

O primeiro sinal desta nova atitude foi dado nas artes plásticas por Monet, pintando Le Déjeuner sur l´herbe, por isso é considerado o primeiro pintor modernista.

Édouard Manet, 1863, Le déjeuner sur l´herbe, oil on canvas, 81x104 cm, Musée d´Orsay, Paris.

Quando este quadro foi exibido no Salon des Refusés em 1863, a sociedade ficou escandalizada.

A sua temática clássica era desafiada pela nudez inusitada da figura feminina que perturbava todo o equilíbrio clássico da cena pintada.

Porque Manet produziu uma obra de arte, sabendo que ela ia chocar muita gente?

Com esta provocação Manet rejeitou o passado que era a atitude imperativa para o progresso, para o futuro que despontava, o modernismo.

A discussão em torno da arte deixou de ser feita em termos de seu significado e propósito, ignorando a orientação social ou politica que o artista sugerisse na sua obra e começou a ser feita em termos de estilo: côr, linha, forma, espaço, composição. Estas características, puramente visuais, da arte tornaram-na uma esfera autônoma de atividade, separada da atividade social e politica.

Mas que rumo iria seguir a pintura moderna?

Com a invenção da fotografia, a função representativa da pintura tornou-se obsoleta e ajudou-o a libertar-se da sua função representativa de objetos materiais, para uma fase mais espiritual em que o arranjo da côr e da forma eram mais importantes que a representação do mundo natural.

A história da pintura moderna é a da dissolução da pintura que surgiu do renascimento, como consequência das transformações sociais.

O pintor já não tem necessidade de se preocupar com detalhes insignificantes visto que para isso existe a fotografia que o faz muito melhor e mais rapidamente. A pintura serve ao pintor para exprimir as suas visões interiores.

A pintura moderna oferece-nos o processo de destruição da imagem tradicional segundo dois caminhos entrelaçados: o construtivo, de componente racional preponderante e o expressivo de manifesta significação subjetiva. O espaço tal como foi configurado pelo renascimento desaparece para não ser substituído por outro.

O primeiro pintor a dar mostras de estar plenamente consciente da ´´modernidade´´ é Cezanne. Há grandes razões para situar as origens da pintura moderna figurativa ou abstrata na obra e no traço de Paul Cézanne. Ainda que vinculado inicialmente ao movimento impressionista esteve sempre consciente de ser o ´´iniciador de uma nova arte´´. Procurou representar a realidade objetiva sem se ajustar aos mecanismos e critérios, puramente ópticos, dos impressionistas.

CEZANNE

Foi um pintor Francês pós-impressionista cujo trabalho embora inicialmente vinculado ao impressionismo no inicio da sua carreira, acabou por evoluir para uma simplificação das formas e uma nova concepção espacial que deu origem a uma profunda renovação pictórica da arte do séc. 20 e uma nova concepção da percepção da realidade.

Cezanne é um dos artistas plásticos mais importantes do final do séc. 19 até ao advento do cubismo no inicio do séc. 20, ele afetou profundamente o desenvolvimento da arte moderna, com ele as artes visuais começaram a emancipar-se da ditadura da mimese, abrindo caminho para o cubismo e a abstração.

Para boa parte dos pintores de vanguarda especialmente Matisse e Picasso, Cezanne seria o pai da modernidade este último escreveu ´´Cezanne era mi solo y unico maestro´´.

O que transparece da fase inicial em que esteve junto aos impressionistas é o aspecto solitário na singularidade da sua obra e a dificuldade em aquietar-se aos ideais artísticos do grupo impressionista que tomava a natureza pelo seu aspecto passageiro e traduzia-a em termos ópticos com efeitos de luz e de cor. Acaba por se afastar dos impressionistas para buscar a permanência da natureza através da sua estrutura construtiva, desenvolvendo o seu próprio estilo atento ao aspecto bidimensional da pintura.

A partir de 1890 Cezanne começa a realizar as suas versões sucessivas do Monte Saint-Victoire em pinceladas largas coloridas que inspiram o cubismo e mais tarde a arte abstrata.

Fotografia da montanha Saint-Victoire.

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