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Nefropatia

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Por:   •  18/11/2014  •  4.404 Palavras (18 Páginas)  •  919 Visualizações

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Introdução

As intoxicações por metais pesados elencam o rol das doenças que acometem o trabalhador, principalmente os que trabalham ano após ano nas indústrias de base do país, tais como metalúrgicas, siderúrgicas, indústria da construção naval e aeronáutica, dentre outras, sendo estes trabalhadores, vítimas potenciais de contaminação por chumbo, cádmio, e outros metais.

Este trabalho tem por finalidade dar a conhecer o processo saúde doença que envolve os trabalhadores já citados, no que refere-se às doenças renais túbulo-intersticiais, sua relação com o ambiente de trabalho, fatores de risco, aspectos epidemiológicos, diagnóstico, tratamento e intervenções de enfermagem, tratando-se desta forma de uma pesquisa bibliográfica, referendada em obras de autores diversos, publicados nos principais sites, bem como literatura especializada do Ministério da Saúde tornando-se , portanto, fonte de consulta importante para todos os que desejam conhecer mais sobre o tema em questão.

Nefropatia Túbulo-intersticial Induzida por Metais Pesados

Conceito

A designação Nefropatia Túbulo-intersticial Induzida por Metais Pesados descreve um grupo de distúrbios agudos e crônicos, que acometem primariamente os túbulos e o interstício renais, sendo causados por metais pesados, sendo que seu quadro clínico pode variar desde alterações discretas em exames laboratoriais até quadros como a insuficiência renal aguda oligúrica e não-oligúrica, podendo ainda progredir para insuficiência renal crônica.

Epidemiologia

Estima-se que as doenças túbulo-intersticiais (por todas as causas) são responsáveis por cerca de 30% dos casos de doença renal terminal.

Torna-se difícil traçar um perfil epidemiológico das Nefropatias relacionadas, especificamente a metais pesados por não se fazer a devida associação entre a intoxicação por metais e a doença.

Fatores de Riscos

 Hipertensão Arterial

 Diabete Mellitus

 Tabagismo

 Pessoas que trabalham em industrias química sem proteção;

 História familiar de insuficiência renal crônica.

 Exposição prolongada às fontes contaminantes

Fisiopatologia

 O cádmio circula na corrente sangüínea ligado a uma proteína, a tioneína. Este complexo cádmio-tioneína é filtrado pelo glomérulo e absorvido pelas células do túbulo proximal, onde a proteína é degradada e o cádmio passa a exercer seu efeito tóxico.

 A exposição ao chumbo leva a um dano renal primariamente tubular ou túbulo-intersticial que parece estar ligado a efeito tóxico em nível mitocondrial. Parece também existir um componente vascular, que causa vasoconstrição renal e diminuição da taxa de filtração glomerular.

 nefrotoxicidade tubular induzida pelo mercúrio é explicada por um distúrbio da circulação sangüínea intra-renal, que leva a uma menor irrigação da célula tubular, com conseqüente lesão isquêmica. O mercúrio liga-se ainda aos grupos sulfidrila da membrana basal glomerular, alterando a permeabilidade.

 Outros metais têm sido incriminados como produtores de dano renal túbulo-intersiticial, como o cromo (especialmente trióxido de cromo), tálio, selênio, vanádio, bismuto, arsênio, cobre e urânio.

Diagnóstico

Anamnese clínica e ocupacional;

Exame físico;

Exames complementares (sangue: função renal, eletrólitos e ácido úrico ; urina: EAS, clearance creatinina e proteinúria 24h, esses exames laboratoriais para monitorização biológica e controle médico da Saúde Ocupacional, no caso dos metais pesados, inclui o cádmio (dosagem na urina), chumbo (dosagem no sangue e na urina), mercúrio inorgânico (na urina);

Exames radiográficos;

Ultrassom com doppler;

Biopsia renal: define o tipo de crescentes, a fase evolutiva, e o grau de acometimento túbulo-intersticial, isso auxilia a decisão terapêutica e definição do prognostico, mas é raramente necessária;

Ressonância magnética ou tomografia, o médico pode ter uma visão melhor do rim. se há ou não alguma lesão ou anormalidade.

Tratamento

Uma vez encontrada a causa, o objetivo do tratamento é restaurar a função renal e impedir o acúmulo de líquido e resíduos no organismo enquanto os rins voltem a funcionar normalmente.

O tratamento primeiro será feito nas doenças de base como Hipertensão Arterial e Diabetes e também medicação para cada tipo de lesão que o rim venha sofrer. Também poderá ser usado também diuréticos para ajudar o rim a perder líquido, as pessoas que sofrem de diabetes devem controlar os níveis de glicemia e a pressão arterial e não devem fumar.

Cálcio, glicosese são administrados por via venosa para ajudar a evitar aumentos perigosos dos níveis de potássio no sangue.

Uso de Medicamentos especiais chamados de quelantes de fósforo, para ajudar a impedir que os níveis de fósforo fiquem muito altos.

Tratamento para anemia, como mais ferro na dieta, suplementos orais de ferro, injeções especiais de um medicamento chamado eritropoetina e transfusões de sangue.

Quando a perda da função renal se torna mais severa, é necessário se preparar para a diálise ou um transplante renal.

• O momento para começar a diálise depende de diferentes fatores, como os resultados dos exames de laboratório, a gravidade dos sintomas e a disposição;

• Mesmo os candidatos a um transplante renal precisarão de diálise até que um rim esteja disponível.

• Litiase - Beber muita água (de 2 a 3 litros por dia) ajuda eliminar

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