O Desenvolvimento de Atividades Práticas

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO[pic 1]

INSTITUTO DE APLICAÇÃO FERNANDO RODRIGUES DA SILVEIRA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA

Disciplina: As Ciências no Cotidiano Escolar                        Prof. Regente: Maria Cristina

Espécie: Resenha                                                  Coordenadora: Tiago Savignon

Licenciando:  Elizabeth Sant’Ana Franco da Silva - 201920671711

Resenha do texto “O Desenvolvimento de Atividades Práticas na Escola: um desafio para os professores de Ciências’’

Os autores elucidam sobre as dificuldades encontradas pelos professores de Ciências para confeccionarem e aplicarem as atividades práticas no ambiente escolar; realizando também, uma pesquisa com professoras de duas cidades do interior de São Paulo. As entrevistadas possuíam diferentes tempos de magistério, o que agrega diversidade aos resultados encontrados. Pode-se mencionar dois pontos importantes nesse artigo: a definição de atividade prática e a aplicação das mesmas segundo a visão das professoras de Ciências entrevistadas.

Segundo Campanário e Moya (1999), o professor pode propor experimentos a fim de permitir que os alunos realizem um conjunto de observações, tarefas de classificações, entre outras, cabendo ao docente o papel de orientador da aprendizagem. Ou seja, a atividade prática seria de grande importância para instigar o aluno a ter curiosidade e pesquisar sobre aquele tema proposto. A investigação é essencial para melhorar o entendimento das disciplinas de Ciências e sob a orientação do professor pode ser bastante proveitosa no currículo escolar.

Apenas três estudos dos apresentados pelos autores trazia o termo ‘’atividades práticas’’ e todos os três consideravam as atividades práticas como formas de ensinar que não exigiam o contato direto do aluno com os fenômenos proporcionados pela experimentação. Em outro estudo realizado em 2004, Krasilchik, se refere as aulas práticas de forma diferente e considera que os alunos devem ter contato direto com a experimentação, sendo assim, as demonstrações não podem ser consideradas aulas práticas. Com isso, podemos afirmar que as atividades práticas são tarefas a serem realizadas pelos estudantes de forma direta e com o material presente fisicamente. Os dados a serem utilizados devem ser obtidos no ambiente natural e social, com o auxílio do professor demonstrando ou ajudando a realizar a prática estipulada.

Diante da entrevista realizada com as professoras, dados muito importantes foram obtidos. Das 12 que foram entrevistas, apenas 7 delas mencionaram utilizar as atividades práticas em suas aulas e quando as fazem, optam por atividades mais simples e não recorrentes. A única professora que utiliza essas atividades pelo menos uma vez por mês é a que possui maior tempo de magistério, o que leva a imaginar que sua experiência auxilia no desenvolvimento e na constância de novas aulas práticas.

Unindo todos esses fatos é possível concluir que, as atividades práticas possuem bastante importância para estimular os estudantes a pesquisarem e estarem em contato com atividades científicas. Por outro lado, os docentes apontam benefícios e dificuldades em manter a experimentação no currículo escolar. Dessa forma, é necessário que as barreiras encontradas pelos professores sejam contornadas para que as aulas práticas sejam cada vez mais utilizadas, com o intuito de aproximar a ciência de alunos e mestres.