O Diagnóstico Bacteriológico
Por: Mariana Fernandes • 19/11/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 714 Palavras (3 Páginas) • 254 Visualizações
DIAGNÓSTICO BACTERIOLÓGICO
DEMONSTRAÇÃO DIRETA DA BACTÉRIA
EXAME AO MICROSCÓPIO ÓTICO COM ILUMINAÇÃO DIRETA
Coloração de Gram: Diagnóstico presuntivo e seguro em alguns casos
. Uretrites, meningites bacterianas em geral e infecções urinárias
Coloração de Ziehl-Neelsen: Diagnóstico de microbactérias
EXAME AO MICROSCÓPIO ÓTICO EM CAMPO ESCURO
. Diagnóstico da sífilis primária e da leptospirose
EXAME AO MICROSCÓPIO DE FLUORESCÊNCIA
Imunofluorescência
. Treponema pallidum, Escherichia coli enteropatogênica, bacilo diftérico e outras.
DEMONSTRAÇÃO DE ANTÍGENOS
Demonstração de antígenos bacterianos nas secreções e fluidos do organismo
. Diagnóstico de meningites causado por meningococo, pneumococo e Haemophilus influenzae
DEMONSTRAÇÃO DE ÁCIDOS ORGÂNICOS
Em alguns processos infecciosos, a bactéria responsável pela infecção forma vários ácidos orgânicos que lhe são característicos
.... Diagnóstico de septicemias (por estafilococos e estreptococos), de meningite (pelo bacilo da tuberculose) e de artrites (por várias bactérias).
DEMONSTRAÇÃO DE DNA BACTERIANO
Pesquisa de sequências homólogas de ácidos nucléicos, por meio de sondas genéticas.
ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DA BACTÉRIA
ISOLAMENTO
Isolamento in vitro
Semeadura de materiais clínicos
Em meio sólido: permitem a obtenção de colônia isolada e uma estimativa da quantidade de bactérias no foco de infecção
Em meio líquido: utilizados como meios de enriquecimento ou quando é grande o volume de material clínico a ser semeado, como ocorre com o sangue.
Uma vez semeados, os meios devem ser incubados.
TEMPERATURA
Em torno de 37ºC (satisfatória para o crescimento da grande maioria das bactérias patogênicas)
ATMOSFERA
Atmosfera comum: cultivo de aeróbios em geral
De 5 a 10% de CO2: aeróbios que proliferam melhor na presença de CO2
Atmosfera pobre em O2: para cultivo de bactérias microaerófilas
Atmosfera isenta de O2: cultivo de germes anaeróbios
. Utilizam-se meios redutores (tioglicolato de sódio, usualmente colocado em tubo).
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Varia com a velocidade de crescimento da bactéria (a grande maioria das bactérias pode ser cultivada em 24 a 48 horas)
IDENTIFICAÇÃO
Inicialmente, é preciso enquadrar a bactéria em um dos grandes grupos ou gêneros
.. Características das colônias nos meios de isolamento
. Forma e coloração da bactéria
. Atmosfera de crescimento.
Identificação deve ser feita pelo menos em nível de espécie
. Em algumas situações, como na identificação dos colibacilos que causam infecção intestinal, é necessário caracterizar seus biosorotipos.
IDENTIFICAÇÃO
1. Investigação do metabolismo: provas bioquímicas.
2. Investigação da estrutura antigênica: reações de aglutinação em lâmina ou imunofluorescência.
3. Pesquisa de fatores de virulência: detectar fatores responsáveis pela patogenicidade da bactéria.
4. Pesquisa de sequências homólogas de ácidos nucléicos: sondas genéticas de DNA ou RNA fita simples marcadas (hibridização).
Já existem sondas genéticas para diagnóstico de grupos bacterianos como E. coli enteropatogênica, Treponema, Chlamydia, Mycoplasma ou Legionella.
5. Sensibilidade das bactérias a diferentes substâncias: uso de disco contendo a substância.
DOSAGEM DE ANTICORPOS SÉRICOS
Várias técnicas sorológicas podem ser utilizadas para a dosagem de anticorpos no soro do paciente, algumas apresentando grande valor diagnóstico, particularmente quando a bactéria não é cultivável in vitro, como as riquétsias.
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