O Intrigante Mistério dos Besouros Brilhantes

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Cores Invertidas: O Intrigante Mistério dos Besouros Brilhantes

Os besouros Neoaulacoryssus speciosus, também conhecidos como besouros brilhantes, são notáveis por suas cores vivas e únicas, com cabeças verdes marcantes e corpos vermelhos. Surpreendentemente, uma população desses besouros exibia uma inversão de cores, levantando a questão inicial sobre se essa característica estava ligada à genética. No entanto, pesquisas detalhadas descartaram qualquer conexão genética direta, tornando a questão ainda mais intrigante: será que o ambiente é o fator responsável por essas distintas colorações?

Em 2021, uma proliferação desses besouros foi registrada na região de Cuiabá, chamando a atenção devido às reações alérgicas que algumas pessoas experimentaram devido à secreção liberada por esses insetos quando ameaçados. O professor Fernando Vaz de Mello, especialista em besouros, notou inicialmente a alteração nas cores e propôs um estudo em colaboração com a Professora Marielle Schneider, especialista em citogenética de artrópodes, assim dando início a pesquisa com ajuda de outros professores sem financiamento e de cunho informativo, realizada na Universidade Federal de Mato grosso.

A investigação começou com foco nas variações genéticas, já que, apesar de serem da mesma espécie, havia divergências na coloração. No entanto, análises minuciosas não revelaram nenhuma diferença cromossômica relevante. Medições das dimensões dos besouros foram realizadas, e amostras de suas secreções foram enviadas ao Instituto Butantan para análise, ainda não se tem resultados.

Sem evidências de variações genéticas, a hipótese de que fatores ambientais influenciam a coloração prevaleceu. Ademais, foram observadas diferenças no tamanho dos besouros. O projeto está em andamento, agora excluindo a parte genética como responsável pelas mudanças morfológicas. Os pesquisadores têm a esperança de que o ambiente externo seja a chave para essas mudanças morfológicas.

Com a conclusão do projeto, os professores esperam desvendar os fatores que influenciam a morfologia dessa espécie, potencialmente incentivando uma expansão dos estudos na área dos besouros, que ainda é pouco explorada.

-Eliza Dos Santos Vieira