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Ortopedia (fisioterapia)

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Por:   •  1/5/2014  •  1.265 Palavras (6 Páginas)  •  622 Visualizações

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DIAGNÓSTICO

Os grandes desafios do médico frente a um paciente com possível diagnóstico de osteoartrose são:

EXAMES LABORATORIAIS

Hemograma e Bioquímica:

São habitualmente normais e não auxiliam no diagnóstico. Devem ser solicitados se houver suspeita de causas secundárias e para seguimento durante tratamento, buscando efeitos colaterais pelo uso das medicações.

Provas de Atividade Inflamatória:

As provas de atividade inflamatória estão geralmente normais ou pouco elevadas na osteoartrose. A velocidade de hemossedimentação altera-se com o envelhecimento, e isso deve ser levado em conta para a avaliação. Estudos recentes sugerem correlação entre a elevação da proteína C reativa e a gravidade da osteoartrose de joelhos e quadril. Valores muito acima do normal devem levar à suspeita de doenças inflamatórias (como a polimialgia reumática), malignidades subjacentes (como o mieloma múltiplo) ou infecções.

Autoanticorpos:

A osteoartrose não está associada per si à presença de autoanticorpos. Deve-se lembrar, no entanto, que o fator reumatoide está presente em uma parcela considerável da população idosa (até 40%) e sua presença não afasta

o diagnóstico de osteoartrose.

Marcadores do Metabolismo Ósseo e Cartilaginoso:

Uma das áreas de pesquisa recente em termos de diagnóstico de osteoartrose é a mensuração dos níveis séricos, urinários ou sinoviais de marcadores bioquímicos do metabolismo ósseo e cartilaginoso. A concentração destas moléculas parece se correlacionar com os níveis de formação e degradação da matriz cartilaginosa.

Entre os marcadores mais estudados estão a piridinolina e a desoxipiridinolina, hidroxiprolina, as proteínas oligoméricas de matriz cartilaginosa (COMP), o queratan sulfato, epítopos de sulfato de condroitina, pró-peptídeos do pró-colágeno tipo II, ácido hialurônico sérico, osteocalcina sérica e sialoproteína óssea.

Esses marcadores poderiam ser úteis para identificar indivíduos com maior risco de osteoartrose ou rápida progressão da doença e para avaliação da resposta terapêutica. No entanto, atualmente, o uso desses marcadores com finalidades diagnósticas e prognósticas permanece no nível de pesquisa.

Sinovianálise

A análise do líquido sinovial mostra habitualmente uma contagem leucocitária inferior a 2.000 células/mm3, sem outras anormalidades. Eventualmente, pode haver características inflamatórias, com contagens celulares mais altas e elevação dos níveis de proteína. Valores muito altos devem levar à suspeita de doença microcristalina ou artrite séptica.

EXAMES RADIOGRÁFICOS

Tanto a identificação quanto a avaliação da gravidade do dano articular na osteoartrose podem ser realizadas por métodos radiográficos, sendo os mais utilizados a radiografia convencional, a ultrassonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética.

Radiografia Convencional:

É o método mais utilizado, por ser barato, amplamente disponível e validado, fazendo parte inclusive dos critérios do Colégio Americano de Reumatologia para classificação da osteoartrose. Tem a desvantagem de utilizar radiação ionizante e ser relativamente insensível para as fases iniciais da doença, uma vez que não permite a visualização da cartilagem. Quando alterações são detectadas por esse método, infere-se que o processo já esteja mais avançado.

A característica clássica à radiografia convencional é a formação de osteófitos nas margens articulares. Com a progressão da doença, nota-se redução assimétrica do espaço articular e esclerose óssea subcondral, ou aumento da densidade óssea adjacente à articulação. Nas fases mais tardias, formam-se cistos subcondrais com paredes escleróticas e observa-se remodelação óssea.

Erosões centrais e colapso cortical nas interfalângicas distais ou, mais raramente, nas proximais, podem eventualmente ser vistas em indivíduos com osteoartrose erosiva. No entanto, osteoporose periarticular e erosões marginais não são características da doença, e sua presença sugere fortemente artrite inflamatória, como a artrite reumatoide.

A calcificação da cartilagem articular, ou condrocalcinose, associada aos achados típicos da osteoartrose, deve levantar a suspeita de formas secundárias da doença.

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Osteoartrose de joelho. Radiografia convencional em AP de joelho esquerdo mostrando redução do espaço articular e aumento da densidade óssea, com osteofitose marginal femorotibial e hipertrofia das espinhas tibiais.

Ultrassonografia:

A ultrassonografia permite a avaliação da cartilagem e das estruturas periarticulares. É pouco utilizada por ser um método cuja sensibilidade depende da perícia do operador e por não ser amplamente padronizado ou validado para uso diagnóstico na osteoartrose.

Tomografia Computadorizada:

A tomografia computadorizada permite uma identificação mais precoce da osteoartrose em relação à radiografia convencional. A utilização de contraste intra-articular (artrotomografia computadorizada) permite uma definição bastante precisa da topografia das lesões, conforme mostra a figura abaixo.

A utilização de grandes quantidades de radiação ionizante limita parcialmente sua utilização na prática clínica.

Ressonância Magnética:

A ressonância magnética vem sendo cada vez mais utilizada para aprimorar o diagnóstico por imagem da osteoartrose. Além de não utilizar radiação ionizante, é um método mais sensível

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