Os Tipos de Anemias
Por: Nilza Oliveira • 15/10/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 1.296 Palavras (6 Páginas) • 180 Visualizações
ANEMIAS
A anemia é definida como uma síndrome causada pela diminuição da concentração de hemoglobina sanguínea ou de massa eritrocitária total. Laboratorialmente, a anemia é definida como hemoglobina menor que 12 g/dl em mulheres, ou menor que 13 g/dl em homens, com variações a depender da idade e do gênero. Na gravidez, por hemodiluição ou carência nutricional, existe a anemia relativa.
No período gestacional os limites considerados normais para o valor da hemoglobina caem 10g% e os do hematócrito para 30%.
EPIDEMIOLOGIA
Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), entre os anos de 1993 a 2005, o quadro clínico de anemias acometia ao menos ¼ da população mundial. Em uma publicação recente da OMS (2010), a prevalência da anemia acometeu de 32,9% a 40,2% da população mundial, validando-se como um dos principais problemas de saúde pública, afetando cerca de 2 bilhões de pessoas em todo mundo.
A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), afirma que a prevalência da anemia é variada segundo às condições econômicas regionais ou de um país, em que, comumente, são identificadas em países em subdesenvolvimento ou com alto índice de imigrantes dessas regiões. Também, de acordo com a PNDS, a anemia na visão global, consiste em acometer crianças com menos de quatro ou cinco anos, indivíduos de gênero masculino acima de 30 anos de idade e mulheres férteis.
No Brasil, os dados são incompletos. Entretanto, Índices publicados pela PNDS e a OMS, apontam que a maior prevalência de anemia é encontrada no Nordeste com 10% populacional e a menor prevalência é encontrada no Sul do país com 2% populacional.
FISIOPATOLOGIA
Cada categoria de anemia possui uma característica fisiopatológica individual. Entretanto, a fisiopatologia encontrada em qualquer categoria de anemia atém-se aos eritrócitos.
As células eritrocíticas se originam das células-tronco hematopoiéticas da medula óssea que se fragmentam até que seja formado o reticulócito, precursor da hemácia, identificado pelo sangue periférico. Os reticulócitos duram cerca de 24 ou 48 horas, até que são convertidos em hemácias, em que o hormônio envolvido ao longo do processo é a eritropoetina, produzida pelo fígado e rim, estimulando a eritropoese segundo o nível de oxigênio tecidual.
A anemia é sequenciada por meio de três principais causas: (1) diminuição da sobrevida de eritrócitos (hemólise, hemorragias agudas); (2) complicações na maturação de eritrócitos (eritropoiese ineficaz); e (3) complicações na produção medular (hipoproliferação).
Na anemia originada pela diminuição da sobrevida de eritrócitos, as manifestações clínicas dependem da velocidade de instalação do quadro. Uma hemorragia aguda pode levar ao choque rapidamente, enquanto na hemorragia crônica, pode haver uma redução significante dos eritrócitos, sem que haja a manifestação de sintomas.
Na hemorragia aguda, o aumento dos reticulócitos como compensação medular não ocorre, devido ao curto período de proliferação; diferente da anemia hemolítica que está associada a altos índices de reticulócitos devido a compensação.
A anemia originada pelas complicações na produção medular, hipoproliferação, consiste em ser resultado da diminuição da eritropoetina por meio da carência de vitamina B, ácido fólico e ferro, fundamentais para o processo da produção de eritropoetina; ou resultante de doenças neoplásicas ou inflamatórias.
DIAGNÓSTICO
Os sintomas de um quadro de anemia associam-se às reduções do transporte de oxigênio pelo sangue, alterações no volume total do sangue e a resposta compensatória cardiopulmonar.
Quanto mais abrupta a queda nos níveis de hemoglobina ou volume sanguíneo, mais intensos são os sintomas. Nas hemorragias agudas ou em crises hemolíticas, os pacientes podem apresentar dispneia, palpitações cardiovasculares, tontura, fadiga, entre outros. Mas em anemias crônicas, como a ferropriva, o paciente pode permanecer assintomático ou pouco sintomático, ainda que, com baixos níveis de hemoglobina.
Os sinais mais comuns da anemia é a palidez, comumente detectada nas mucosas da boca, conjuntivas e leito ungueal; as fraquezas musculares, hipotensão postural, vertigem, cefaléia, podendo também ocorrer a icterícia e esplenomegalia, na anemia hemolítica e a glossite, em anemias carenciais.
CLASSIFICAÇÃO
As síndromes anêmicas podem ser classificadas quanto à morfologia (pela ectoscopia da hemácia ou valores de VCM e HCM) e quando à proliferação (pelo índice de reticulócitos).
MAPA DE CLASSIFICAÇÃO: CAUSAS DE ANEMIA E SUA CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A CONTAGEM DE RETICULÓCITOS E A MORFOLOGIA DAS HEMÁCIAS
MAPA DE CLASSIFICAÇÃO E CAUSAS: ANEMIAS AGUDA E CRÔNICA
MAPA DE CLASSIFICAÇÃO: ANEMIAS CARENCIAIS
MAPA 1: ANEMIA FERROPRIVA
MAPA 2: ANEMIA MEGALOBLÁSTICA
1 TABELA DE CLASSIFICAÇÃO: ANEMIAS HEMOLÍTICAS
ANEMIA
Etiologia
Hematoscopia
Dx
Tratamento
AHAI
IgG (Quente)
IgM (Frio)
Microesferócitos
Coombs direto (+)
Prednisona
Esferocitose
Citoesqueleto alterado
Microesferócitos
↑ HCM e teste de fragilidade
Esplenectomia
Hemoglobinúria Paroxística Noturna
Defeito cel tronco
Lise intravascular
Trombose abdominal + Anemia hemolítica + pancitopenia
↓ CD55 e C59
Eculizumab
Deficiência de G6PD
Infx, Drogas (Gavetas isPD)
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