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Professor Em Formação

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Por:   •  27/11/2014  •  1.599 Palavras (7 Páginas)  •  278 Visualizações

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Aluna: Suy Ellen Rose Caldas de Melo

Projeto de Pesquisa:

Formação de Professores do curso de licenciatura em teatro da UFC, uma experiência para além da academia.

A experiência é o que nos passa, e o que nos acontece, o que nos toca. Não o que se passa, não o que acontece, ou o que toca. A cada dia se passam muitas coisas, porém, ao mesmo tempo, quase nada nos acontece.

Jorge Larrosa Bondía

Apresentação:

A problemática em torno da formação do professor de artes, especificamente em arte cênica é algo que muito me interessa por me sentir inclinada a sala de aula. Gerando uma discussão se somente a academia é suficiente para se formar um docente capacitado para entrar em sala de aula, essa celeuma em torno dessa falta de preparação do professor, e de como poderia está sendo bem mais preparados esses futuros docentes que em sua grande maioria, não tiveram uma formação especifica, e também os próprios alunos dos cursos de licenciatura que estão no curso, mas não se identificam com as disciplinas ditas teóricas pedagógicas, dando uma maior importância às disciplinas praticas que trabalham o corpo do ator, existindo então um desequilíbrio entre a ação artística e pedagógica, em seus fatores de fazer, sentir e pensar.

Arão Paranaguá de Santana traz em seus artigos esse debate sobre o estar entre dois, Teatro-Educação é esse lugar, de se está envolvido com o fazer artístico e o pensar e fazer pedagógico. Não se pode separar as experiências fazendo essa dicotomia, esse docente em formação deve vivenciar a experiência estética com intensidade, gerando a parti disso um domínio da pratica docente. Charles Combs nos faz refletir sobre essa constante busca de se desenvolver, que deve ser a pratica do artista-docente:

Nós queremos que o estudante aprenda, transforme-se e busque desenvolver-se; nós ensinamos, agimos, encenamos, criamos performances cotidianamente e interferimos mediando ações dentro das escolas, em contextos formais ou informais; usamos métodos de ensino, formas artísticas e valores culturais no nosso trabalho; trabalhamos como artistas, professores e mediadores- nós desejamos que o estudante ou pessoa continue a aprender e a desenvolver-se através da vida sem a nossa intervenção. (Charles Combs 1997,pag.10)

Nesse caso é de extrema necessidade a experiência e a busca de reciclagem fora da academia, o PIBID e o projeto de extensão da faculdade são exemplos de experiência na área pedagógica que através da pratica supervisionada gera um maior envolvimento e descoberta na trajetória acadêmica e profissional do aluno, assim também como a busca por participar de oficinas e vivencias em teatro. Trazendo a tona essa importância que as duas áreas não se percebam como antagônicas, mas sim como complementares entre si.

Nesse trajeto da pesquisa, estivemos mais perto de alguns dos alunos que participam do PIBID, perguntando como foi essa experiência em sala de aula, como essa vivencia interferiu na vida acadêmica e artística dos estudantes. Um dos depoimentos que foram acolhidos, da Aluna Débora Ingrid da UFC:

Minha chegada na sala de aula curricular foi com os estágios supervisionados. Mas tinha dado aula em projetos extracurriculares (ponto de cultura e PIBID). Acho que a academia nunca vai ser suficiente. Por mais que ela dê todo o suporte teórico e exercícios práticos, nunca é o mesmo que estar diante de mais de 30 alunos que não tinham nenhum contato com o teatro e que estão assistindo a sua aula porque é uma disciplina escolar e não por terem um desejo de fazer teatro. Acho a experiência em grupo de teatro tem muito de pedagógica. O fato de pensar em organizar um processo, pensar em como as coisas podem ir se desenrolando, pesquisando e experimentando. No PIBID tive muito disso, de pensar em como as atividades poderiam funcionar. Pensando de maneira geral também. Tanto os planejamentos de aula, como a organização de outras atividades (mostras de cenas, dia de espetáculo na escola, intervenções, etc.). E claro, tudo feito com um pensamento estético e educativo.

O aluno de licenciatura encontra-se muitas vezes despreparado para orientar um processo de montagem, ou incapaz de gerar uma reflexão sobre o fazer artístico, possuindo uma dificuldade de passar sua experiência estética em sala de aula, essa experiência estética e pedagógica lhe ajuda em muito a lhe orientar melhor em seus processos artísticos.

O curso de licenciatura de teatro da UFC tem mostrado em sua proposta curricular a preocupação de está lançando o aluno nesse tripé docente-artista- pesquisador, propondo uma experiência mais rica ao aluno, de provar e se descobrir em todas as áreas do ensino e da pratica artística. Os alunos do 4° semestre agora estão vivenciando a experiência de se elaborar um projeto de extensão de ensino em teatro e executa-lo em um ambiente de ensino não formal, tem sido uma experiência muito significativa, pois muitos dos alunos que estão participando da disciplina de iniciativa em teatro e educação está tendo seu primeiro contato com a sala de aula e com a prática docente.

Outro projeto existente na faculdade que joga o aluno para esse aprendizado é o PIBID, onde os alunos iniciam em um espaço formal de ensino sua pratica docente, estando sendo orientados por professores do curso, atualmente o PIBID se encontra em duas escolas em Fortaleza, LICEU do Conjunto Ceará e GENI GOMES.

Essas propostas de conhecimento fora da academia fomenta um maior amadurecimento investigativo e estético dos alunos, que se veem obrigado a estarem se capacitando para poder ter algo para passar em sala de aula.

Nosso papel como estudante de um curso de licenciatura é exatamente esse de está pensando o que significa ensinar, está em sala de aula, quais as metodologias mais eficazes para se está usando em sala de aula, está sempre renovando os modelos e ideias.

Ensinar significa jogar o jogo da vida, captando, nesse processo continuo as articulações inerentes a logica do jogo

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