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Questionário para a aula de revisão de microbiologia

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Por:   •  3/6/2013  •  Exam  •  2.108 Palavras (9 Páginas)  •  928 Visualizações

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QUESTIONÁRIO PARA A AULA DE REVISÃO DE MICROBIOLOGIA

1) Diferencie:

- cancro mole x cancro duro

O cancro mole, úlcera mole venérea ou cancroide é uma doença sexualmente transmissível (DST), causada pela bactéria Hemophilus ducreyi. O cancro mole não é uma neoplasia, ou seja, não é cancro/câncer, mas sim uma doença infecciosa.

Após a relação sexual que transmite a doença, demora entre um dia e duas semanas até aparecer o cancro mole, normalmente na glande do pênis, escroto ou lados do pênis no homem, ou nos lábios maiores ou menores da vulva na mulher. No homem costumam ser apenas 1 ou 2 dias, mas na mulher podem ser até quatro dias, mas com menos sintomas.

O cancro mole é uma úlcera dolorosa, com cerca de 3-50 milímetros, que sangra facilmente, ocorrendo na região genital. Os seus bordos são irregulares mas bem definidos contra a pele normal. A base apresenta um material amarelado-esverdeado purulento.

Os gânglios linfáticos regionais (inguinais) ficam, em um terço dos casos, inchados e facilmente palpáveis. Nos estágios avançados não tratados podem irromper na pele drenando pus.

O cancro mole da Haemophilus. ducreyi é distinguido do cancro duro e da sífilis pela sua fraca consistência.

Cancro duro

O importante a ser considerado aqui é a sua lesão primária, também chamada de cancro de inoculação (cancro duro), que é a porta de entrada do agente no organismo da pessoa.

Sífilis primária: trata-se de uma lesão ulcerada (cancro) não dolorosa (ou pouco dolorosa), em geral única, com a base endurecida, lisa, brilhante, com presença de secreção serosa (líquida, transparente) escassa e que pode ocorrer nos grandes lábios, vagina, clítoris, períneo e colo do útero na mulher e na glande e prepúcio no homem, mas que pode tambem ser encontrada nos dedos, lábios, mamilos e conjuntivas. É frequente também a adenopatia inguinal (íngua na virilha) que, em geral passa desapercebida. O cancro usualmente desaparece em 3 a 4 semanas, sem deixar cicatrizes. Entre a segunda e quarta semanas do aparecimento do cancro, as reações sorológicas (exames realizados no sangue) para sífilis tornam-se positivas.

- reação de Mitsuda x reação de Mantoux

Teste cutâneo (teste de Mitsuda)

O teste de Mitsuda se baseia numa reação imunológica celular tardia, de alta especificidade para o M. leprae. É útil na classificação da forma clínica da doença e na determinação do prognóstico.

Vários tipos de antígenos, purificados ou não, são utilizados no teste. As preparações purificadas, isentas de restos teciduais, provocam reação menos intensa que o antígeno integral obtido a partir de triturados de lesões hansenianas.

A solução é aplicada intradermicamente, injetando-se 0,1 ml do antígeno integral. A leitura deve ser feita entre o 21º e o 28º dia após a inoculação. O resultado pode ser negativo (ausência ou pápula menor que 5 mm de diâmetro) ou positivo (pápula igual ou maior que 5 mm de diâmetro).

Intradermorreação de Mantoux

Tuberculina PPD é um produto utilizado como auxiliar no diagnóstico da tuberculose através da hipersensibilidade cutânea à tuberculina (Teste de Mantoux). Quando administrado intradermicamente, uma reação de hipersensibilidade se manifesta com endurecimento e eritemia, e esta reação aparece nos indivíduos sensíveis.

Uma Reação de Mantoux positiva indica que o paciente teve em algum momento uma infecção de Tuberculose, mas isto pode indicar também que o indivíduo teve uma previa vacinação de BCG. Um teste positivo não indica uma infecção ativa, mas indica que uma avaliação posterior é necessária.

O PPD- Purified Protein Dderivative. (Proteína Purificada Derivada) – é o agente utilizado para o teste tuberculínico. É a mais refinada preparação e é recomendado pela Associação Nacional de Tuberculose e Doenças Respiratórias.

2) Explique a etiopatogenia do tétano.

O agente etiológico causador do tétano, o Clostridium tetani , é uma bactéria Gram positiva, ciliada, formadora de esporos, encontrada no solo, fezes e trato intestinal de animais. Os esporos são resistentes a muitos tipos de desinfecção, inclusive o vapor fervente a 100º C por 30 a 60 minutos, mas pode ser destruído por calor de 115º C por 20 minutos. Ao sol pleno chega a resistir vivo por 12 dias e ao abrigo do sol permanece vivo e viável por muitos anos.

O esporo do C. tetani favorece muito o reconhecimento bacterioscópico do agente por ser terminal e deformante, dando ao bacilo esporulado a forma de um palito de fósforo.

Seus cílios, que estão presentes em toda sua superfície, só são visíveis na forma vegetativa.

O C. tetani pode instalar-se em qualquer ferida ou solução de continuidade contaminada por terra e multiplicar-se no local, sob condições favoráveis de anaerobiose, produzindo toxinas difusíveis que irão determinar toda patologia e clínica da doença, pois o germe não tem nenhuma capacidade invasora e não sai do foco da infecção. Isto pode ocorrer imediatamente após a introdução se o traumatismo for suficientemente grave, ou pode demorar alguns meses até que um traumatismo subsequente no local provoque lesão tissular. A lesão original pode estar completamente cicatrizada por essa ocasião.

Os casos naturais surgem após vulneroinfecções, principalmente se forem profundas, perfurantes, favorecendo a anaerobiose, e em feridas purulentas, pois os germes piogênicos consomem o oxigênio.

Devido as características descritas, o tétano é uma doença classificada apenas como infecciosa, porém não contagiosa, uma vez que não é transmitida de animal para animal, ou destes para o homem, não constituindo risco de contágio.

As toxinas produzidas são a Tétanolisina e a Tétanopasmina. A Tétanolisina é uma hemolisina que promove a disseminação da infecção ao ampliar e manter a quantidade de necrose tecidual local e é responsável pela lise dos glóbulos sanguíneos do animal acometido. A Tétanopasmina é uma potente neurotoxina que é responsável pelos espasmos musculares que ocorrem no organismo doente.

A Tétanopasmina atinge o sistema nervoso central passando pelos troncos nervosos periféricos e não pela passagem da corrente sangüínea pela barreira cérebro-espinhal. Ela tem como receptores, aos quais se liga indissoluvelmente, os gangliosídeos do tecido nervoso e que age por depressão

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