Relatório Sobre as Reuniões de Diretoria Nos Ano de 2021/22
Por: alice.bis • 1/4/2022 • Trabalho acadêmico • 2.051 Palavras (9 Páginas) • 208 Visualizações
Relatório sobre as reuniões de diretoria nos ano de 2021/22
Nossas reuniões de diretoria, são, majoritariamente realizadas após a reunião semanal do clube, aos domingos de manhã, porém, quando vemos a necessidade, como em épocas próximas a eventos como acampamentos de unidade, acampamentos de classe, camporis, saídas da fanfarra e etc.
Sempre, antes de iniciarmos uma reunião, nos oramos para que Deus envie seu Espirito Santo para conduzir cada decisão e cada tema ali decidido e discutido. Nossa diretoria sempre chega a acordos sem que haja relutâncias e buscamos sempre fazer o melhor para o crescimento de nossos desbravadores, tanto na parte mental, espiritual e física.
A arte de falar para adolescentes
Em primeira analise, é imperioso compreender o período da vida que esta sendo tratada, A adolescência é o período da vida em que ocorrem as transformações mais aparentes no corpo, em razão das alterações hormonais. Inicia-se por volta dos dez ou onze anos de idade, tendo as meninas o acontecimento da primeira menstruação ou menarca, o aumento dos pelos vaginais e o crescimento dos seios. Nos meninos acontece a alteração da tonalidade da voz, o aumento dos pelos pubianos e o crescimento do pênis, que passa a ter ereção e ejaculação. Segundo D’Andrea, a adolescência é dividida em três fases: - a pré-puberdade, quando o desenvolvimento físico se acelera e busca maior proximidade com os adultos. O lado emocional é muito confuso, com oscilações de sentimentos como ódio e amor, na busca de identificar-se; - a puberdade, que se inicia por volta dos treze anos, é marcada pela maturidade dos órgãos reprodutores; - e a pós-puberdade, entre os quinze e vinte anos, fase em que deve demonstrar responsabilidade diante das cobranças do meio social, como a escolha profissional, estruturar as relações com o sexo oposto e a formação da identidade, necessitando cada vez menos da ajuda intelectual dos adultos. Normalmente os adolescentes buscam grupos de amigos que tenham os mesmos interesses, os mesmos gostos e desejos, a fim de uma identificação menos conflitante e mais amigável. Nessa etapa da vida é comum tentar se afastar da família, pois essa já não lhes satisfaz em relação aos interesses sociais. Os pais, não aceitando a busca da liberdade, muitas vezes tomam atitudes autoritárias, que os afastam ainda mais do grupo familiar. Outra atitude errada, normalmente tomada pelas mães, é o fato de não aceitar o crescimento do filho, achando que ainda é criança e tratando-o como tal. Essa atitude também o leva a afastar-se, pois nessa idade já não quer mais ser considerado criança. Numa fase de tantas transformações, é importante que haja amizade e muito diálogo no convívio familiar e que os pais tentem amenizar os conflitos vividos, sendo mais flexíveis e compreensivos. Agora que entendemos um pouco sobre a adolescência, vejamos como devemos nos portar ao nos relacionarmos com eles. Para conversar com os adolescentes não é preciso falar na linguagem deles. Afinal, um adulto, um pai, uma mãe, falando “adolescentes” fica esquisito. Mas para realmente conversar com eles é preciso entendê-los. Parece óbvio, mas nem sempre isso acontece na prática. São inúmeras gírias, palavras estranhas, frases esquisitas. Isso sem falar na linguagem escrita em mensagens (email é coisa de velho, e “falar” realmente no telefone “demorado”), que mais parecem códigos. O adolescente está passando por mudanças, consolidando sua identidade, e para isso o grupo é fundamental! Pertencer a um grupo significa seguir seus códigos. E a linguagem é nada mais do que códigos com a finalidade de expressão. Portanto, começar a entender seu linguajar, por mais “esdrúxulo” que pareça, é o primeiro passo. Outro aspecto tão importante é saber: do que se trata? Ou seja, conhecer seu mundo! Saber que bandas ele gosta (banda, pois “conjunto” não existe mais, aprendi com meus filhos), que filmes curte, o que e quem são significantes para ele(a), o que ele faz, seus amigos… Não é necessário, para isso, gostar! Ou pior, viver a vida de adolescente, afinal, esse tempo já passou para os pais. Passamos anos tentando ensinar os filhos a conversar e quando, na adolescência, eles estão com a linguagem totalmente dominada (na verdade antes disso, claro) não aproveitamos para dialogar com eles. Parece que os pais se transformam em verdadeiros discursistas quando querem tomar conta dos filhos, ensinar, proteger, nessa fase tão importante e – por que não – perigosa. Mas para aconselhá-los é importante sair da posição superior para não ficar simplesmente exercendo o papel de educador. Não seria melhor conhecer primeiro o filho para depois ver o que em que ele mais precisa ser orientado? Dessa forma não há o risco de conclusões precipitadas. Perguntas simples como:“O que acha do que disse? “e “Isso faz sentido para você?” tornarão muito mais agradável, envolvente e eficiente aquilo que querem passar para eles. Logo, converse, pergunte, dê abertura. Tudo para um adolescente pode tomar proporções enormes. Os hormônios estão fervendo, sua cabeça pensando em tudo, seus valores sendo revistos, seu corpo mudando… Eles estão entrando numa fase de responsabilidades, onde estão cientes que sua infância despreocupada está acabando e que de agora em diante terão cada vez mais deveres. Há muito sofrimento na adolescência. Cabe aos pais nunca desprezar essas emoções e sentimentos tão confusos – especialmente na conversa, no diálogo. Ouvir por horas a fio o filho reclamar do professor que o odeia, que o persegue (mesmo sabendo que é exagero, dado que ele só tira 9 nessa matéria), ou a filha cuja melhor amiga (que conheceu há 3 meses) contou que ela dorme abraçada com um ursinho de pelúcia para toda a escola, pode parecer bobo para nós adultos que temos tantas coisas muito maiores para nos preocupar. Mas para eles é sua vida, e isso tem que ser respeitado, especialmente numa conversa, dando o valor que eles estão atribuindo ao fato. Ouçam, perguntem, conversem, aconselhem se for o caso, mas nunca menosprezem. Não quer dizer, como muitos pais fazem, que então têm que conversar tudo e absolutamente tudo com os filhos, sem censura. E aí os exageros são cometidos e o grande erro de falar coisas para filhos que ainda não tem maturidade para ouvir, contar outras para quem não está ainda pronto para conhecer, e pior, passar a falar como se seu filho fosse seu amigo. Não. Tudo a seu tempo. Filhos podem ser excelentes companhias, ajudar muito, mas não são os amigos. São papeis diferentes. Pais são pais, filhos são filhos, amigos são amigos. Não se pode misturar. As figuras parentais têm que ser sempre preservadas, não confundidas com conhecidos ou amigos com quem convivemos. O que remete a outro aspecto tão importante também. Nossos filhos têm segredos. Especialmente os adolescentes. E isso tem que ser respeitado. Da mesma forma que os pais não podem (nem querem) sair dividindo com eles aspectos muito íntimos de sua vida privada, os filhos têm esse direito. Para isso, em ambos os casos, existem os amigos, com os quais o diálogo é outro. Respeito aqui é fundamental, além de maturidade para entender que nunca saberá absolutamente tudo da vida de seu filho. “- Ah, mas meu filho não conversa comigo, é cheio de segredos! Não consigo trocar 5 minutos de conversa”. Problema à vista. Talvez porque em algum dos aspectos enumerados acima esteja havendo falha. Atenção. Reveja o relacionamento, reveja a forma como a conversa (ou a falta dela) é conduzida. Tente, mude, é possível. Se houver vontade, interesse pode-se começar realmente a conversar com os filhos e faze-los querer conversar com os pais porque será gostoso. Por fim, é certo que adolescentes que não conversam com os pais são filhos desconhecidos. E isso só piorará com o tempo e só aumentará a distancia entre as partes. Não esquecendo também que dialogar inclui ouvir, de ambas as partes. Conversar é fundamental, é conviver, é conhecer, é dividir. É curtir um ao outro. Seu filho ficará muito mais aberto e querendo participar sua vida se houver diálogo, e isso requer ambas as partes. E educar é exemplo. Se não começarem a conversar, não esperem que eles o façam. Vejamos agora algumas dicas sobre a arte de falar para adolescentes: 1. Para captar a atenção de um adolescente, mostre interesse e preocupação por ele. Os adolescentes sentem-se confortáveis quando são aceites, compreendidos e amados, como qualquer adulto. Não se capta o seu interesse exigindo e perguntando continuamente, isso oprime-os. 2. Em vez de culpá-lo pelo silêncio, mostre que se sente mal por não conseguir comunicar com ele. É mais eficaz dizer algo como “Gostaria muito de conseguir falar contigo. Entristeceme não saber o que sentes e não poder ajudar-te, caso necessites”, em vez de “Nunca me contas nada, nunca falas comigo”. Eles precisam de sentir proximidade. 3. Quando ele não quiser saber de nada, procure perceber como se está a sentir. O importante é tentarmos descobrir o que o faz sentir-se assim e concentrarmo-nos nas soluções. Isto é, encaminharmos o adolescente para que ele mesmo procure a motivação interna que o leve a fazer coisas. Não importa o quê, desde que faça algo. Essa é a ideia. Os adolescentes são encorajados através da ação. 4. De vez em quando oiça-o, por muito absurdo que pareçam os seus argumentos. O adolescente precisa de sentir que o compreendemos. Podemos não estar de acordo com os seus argumentos, mas é importante que ele veja que temos interesse no que pensa, mesmo que não pensemos de forma igual. Se deixar de escutá-lo, por pensar que só diz coisas tontas, quando ele tiver um problema a sério não lhe vai contar e, assim, poderá correr um grave risco. Devemos criar um clima de confiança e compreensão, é seguro mais para eles. 5. Diga que o entende, mesmo que não esteja de acordo com ele. Isso transmite respeito pelo adolescente e, em troca, ele acabará por nos respeitar. Muitos pais e mães queixam-se que os seus filhos não os respeitam, mas eles também não o fazem em algumas ocasiões. 6. Não se deve obrigar um adolescente a falar. Os adolescentes são pessoas em construção e não dispõem das ferramentas necessárias para poder expressar e regular as suas emoções, apesar de as viverem de forma mais intensa que os adultos. Se estão mal é “catastrófico”, se estão bem é “o melhor do mundo”. Os adolescentes expressam-se melhor com os rapazes e as raparigas da sua idade, que vivem as emoções com a mesma intensidade, pelo que não os devemos forçar a falar, mas antes passar a ideia que, quando quiserem comunicar, vamos estar lá para ouvi-los. 7. Há pais que têm medo dos filhos. Eles sabem-no, aproveitam-se disso e assumem o controlo da situação, porque, em parte, você o permitiu. Quando o medo entra em casa e são os pais que o têm, eles deixam de exercer a sua função parental. Assim o adolescente aprende que ao incutir medo (e não respeito) consegue o que quer. É importante que os pais aprendam a gerir o medo, a abandoná-lo, e que comecem a assumir o controlo em casa. Caso contrário, o adolescente é quem detêm o poder e o controlo e mudam-se os papéis. 8. O adolescente precisa de ouvir a palavra “não”. A vida real é como uma estrada sinalizada, temos de seguir as regras e algumas delas são proibitivas para nos proteger e aos outros. Se não compreenderem o “não”, não poderão integrar-se na sociedade tal como está montada. Uma coisa diferente é não estarem de acordo, isso é normal e têm o direito a queixar-se, mas devem entender que há coisas que não podem fazer. As crianças que não entendem o “não” convertem-se em pequenos ditadores e tiranos que farão sempre o que lhes apetecer, sem se importarem com as consequências. 9. Um adolescente seguro de si mesmo resulta de uma atitude paternal baseada no amor e na autoridade. Esta postura consegue-se sendo um pai afetuoso e firme, pondo normas e limites. Estando sempre disposto ao diálogo e à comunicação, sendo claro e confiante. Se eles virem isso, é muito provável que sejam pessoas seguras de si: saberão o que podem e não podem fazer e sentir-se-ão amados e aceites. 10. Um pai autónomo cria personalidades autónomas. Uma das regras básicas da educação é educar pelo exemplo. Se o adolescente perceber que tem pais seguros e que atuam autonomamente, ele aprenderá a fazêlo de igual forma.
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