Relatório de Análises Clínicas: glicemia em soro e plasma
Por: Gabriela Luz • 23/9/2018 • Relatório de pesquisa • 2.645 Palavras (11 Páginas) • 647 Visualizações
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
Relatório de Análises Clínicas: glicemia em soro e plasma
Mogi das Cruzes
2018
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
Relatório de Análises Clínicas: glicemia em soro e plasma
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Mogi das Cruzes
2018
1. INTRODUÇÃO
A Glicose é o monossacarídeo presente no sangue em maior quantidade. A função da glicose é gerar energia na forma de ATP (adenosina trifosfato) nas células, isso ocorre com a degradação da glicose em seres vivos pela via glicolítica. É importante manter uma concentração constante no sangue devido ao fato de que é a principal fonte de energia química para a manutenção e o funcionamento dos diversos tecidos do organismo, sendo que células, como os neurônios, a utilizam como fonte exclusiva. A glicose pode ser advinda da nutrição exógena ou do metabolismo glicolítico endógeno, o qual converterá o glicogênio do fígado, novamente em glicose, e esta entrará na corrente sanguínea e será novamente utilizada (PEGORARO, et. al. 2011; FERREIRA, 2010).
O processo de análise bioquímica que avalia a concentração de glicose no sangue chama-se glicemia em jejum, a qual exige do paciente um jejum de 12 horas e condições adequadas no ambiente de coleta para evitar estressá-lo. A determinação da glicose é útil na avaliação de distúrbios do metabolismo de carboidratos, no diagnóstico diferencial das acidoses metabólicas, desidratações, hipoglicemias, na avaliação da secreção inapropriada de insulina e no estabelecimento do diagnóstico e monitoração terapêutica do diabetes mellitus. O diagnóstico precoce e o controle dos pacientes diabéticos, têm por objeto evitar a acetoacidose e as complicações resultantes da hiperglicemia, pelo tratamento adequado (FERREIRA, 2010; BRASIL, 2005).
As concentrações de glicose no sangue devem permanecer em 60 e 100 mg/dL em jejum para mantes a homeostase do metabolismo (ADA, 2005). Concentrações abaixo de 60 mg/dL podem causar quedas de pressão arterial e perda da consciência, pois essa é a concentração mínima para abastecer as necessidades orgânicas. A glicemia também não deve subir demasiadamente podendo acarretar diversos problemas de saúde. Grandes quantidades de glicose na corrente sanguínea podem provocar diurese renal com perda de líquidos e eletrólitos pela urina, além disso o aumento da glicose circulante, em longo prazo, pode causar lesões em muitos tecidos, sobretudo nos vasos sanguíneos (PICA et al., 2003; Bush, 2004).
Diversos exames clínicos utilizam plasma ou soro sanguíneo es suas análises. O plasma sanguíneo é composto majoritariamente por água (cerca de 92%). Além da água, estão presentes componentes orgânicos e inorgânicos, lipídeos, os fatores de coagulação e fibrinogênio. O soro é, basicamente, o soro é o plasma sem fibrinogênio e fatores da coagulação. Quando se pretende fazer a análise no plasma, a amostra deverá ser colhida em tubo de ensaio contendo anticoagulante específico. Neste caso o anticoagulante irá inibir um dos fatores de coagulação (geralmente cálcio) impedindo assim a formação do coágulo. Quando a análise for realizada no soro, este será obtido através da coleta em tubo sem anticoagulante, para que ocorra o processo de coagulação (PEGORARO, et. al, 2011).
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Realização do método enzimático para dosagem de glicose presente no soro obtido no sangue, com o objetivo de que os alunos entendam e possam ter uma familiarização com a rotina de um laboratório de análises, sem a finalidade de diagnosticar.
2.2 Objetivo Específico
Determinação da quantidade de glicose presente no sangue humano, possibilitando a realização de curva padrão para entendermos o nível de glicose circulante no sangue. Por isso esse relatório tem importância para aprendizado de diagnóstico de doenças como a como diabetes mellitus.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais utilizados para realização dos experimentos.
Materiais comuns em ambos os experimentos:
- Tubos de ensaio;
- Luvas descartáveis;
- Pipetas automáticas de 20, 200 e 1000 µ L;
- 7 Cubetas;
- Banho-maria;
- Espectrofotômetro.
Materiais usados na coleta de sangue:
- Agulha estéril e descartável;
- Adaptador de coleta a vácuo;
- Garrote;
- Algodão;
- Álcool 70%;
- Tubo com vácuo sem anticoagulante.
Materiais para diluição seriada:
- 2000 µL de reagente;
- 20 µ L de soro padrão de glicose.
Materiais usados para dosagem de glicose no sangue:
- 1000 µL de reagente;
- 10 µL de soro padrão;
- 10 µL de soro da amostra.
3.2 Métodos realizados nos experimentos.
3.2.1. Coleta do sangue.
Foi realizada punção venosa, no laboratório da universidade, pelos alunos, após explicação e feita pela professora. A coleta seguiu o método a seguir: o garrote foi colocado no braço dos dois alunos que se voluntariaram, acima da dobra do cotovelo, por meio de um falso laço, para que houvesse maior facilidade na retirada, é necessário verificar o pulso tenha a certeza de que não tenha sido interrompido, e para escolher a melhor veia para a punção. Depois disso, foi realizada uma assepsia com álcool 70% e algodão, em cima do local que deverá ser puncionado, no sentido do garrote. A agulha estéril e descartável foi retirada da embalagem, logo após a retirada da embalagem esta agulha foi acoplada no adaptador.
A agulha estéril foi usada para penetrar a pele e ter acesso ao sangue. Com o tubo a vácuo o sangue fluiu com mais tranquilidade para o interior. Foi necessário a realização de agitação do tubo com anticoagulante para que houvesse mistura com a amostra. O garrote foi retirado, colocaram algodão no local que a agulha foi retirada, foi preciso aplicar um pouco de pressão para evitar futuros sangramentos.
3.2.2. Diluição seriada.
- Foram preparados seis tubos, sendo cinco com diluições diferentes e um branco.
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