Resumo de História da Química No Brasil

Resumo de História da Química No Brasil

O ensino complementar da química no Brasil, inicia com a vinda do príncipe regente Dom João VI ao país em 1808, tal fato designou o Rio de Janeiro como capital do governo português, toda essa mudança se deu devido a invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão Bonaparte.

O desenvolvimento químico oficial no território brasileiro, tem uma dívida enorme com o brasileiro José Bonifácio de Andrade e Silva,  pois tal colonizador frequentou grandes faculdades de física e química no exterior, ele se torna o primeiro brasileiro a figurar na história da descoberta dos elementos. Em 1809 , "o companheiro de viagens" de José Bonifácio, Bittencourt e Sá se tornaria o verdadeiro criador da metalurgia no Brasil.

A Acadêmia Real Militar, fundada na então capital daquele século em 1810, foi a primeira instituição onde foi ministrado o ensino de química regularmente, pois a química fazia parte do currículo na formação de futuros militares, no entanto o ensino tinha seus pontos negativos em relação ao não uso de livros de autores brasileiros ou portugueses, destacando o ponto positivo seria a produção dos seus próprios livros, o que contribuiu para o amadurecimento de uma dada comunidade acadêmica.

A prática da Química no Brasil está voltada a pesquisa básica, a publicação de artigos regulares científicos, somente se iniciará no país a partir do século XX, no entanto começou com um atraso de quatro séculos em comparação as nações da Europa, por conta de nossas raízes portuguesas, era mais valorizada as ciências humanas, que detinham em um conhecimento de literatura, direito e religião. Um fato marcante da química brasileira foi a fundação do Instituto de Química do Rio de Janeiro, por Mário Saraiva. No tocante abordado em 1918, a Escola Politécnica de São Paulo criou seu "Curso de Químicos", colocando em vista a vinculação para atividades industriais.

Com a criação do Curso de Química dos anos 30 do século XX, na faculdade de filosofia, ciências e letras da Universidade São Paulo (USP), recebeu grande impulso estando ligada a realização e publicação de trabalhos de pesquisa, sendo Pawel Krumholz que ministraria os primeiros cursos de Química Quântica na USP. Podemos também nos direcionar aos orgãos de química, chamadas pelas siglas ABQ e SBQ, ou seja, Associação e Sociedade Brasileiras de Química, que têm por finalidade promover a divulgação e expansão da prática da ciência no Brasil.

A evolução da química brasileira se deu pela formação de doutores e mestres graduados em tal área, afim de que não só a química se evoluisse, mas sim toda ciência com uma massa de especialistas. Dentre o qual o Instituto de Química da USP teve e tem papel fundamental na formação de químicos e  pesquisas no Brasil, nos anos de 1940 a pós-graduação se inicia na USP junto com moldes de estudos e pesquisas, só então em 1960 a pós-graduação se estabeleceu de forma oficial no instituto, com um todo de 40 doutores já formados. Em 1968, existiam apenas cinco cursos de graduação em química no brasil:  estes estavam divididos entre as Universidades Federais de Rio de Janeiro(UFRJ), Bahia(UFBA) e Minas Gerais(UFMG), sendo que apenas dois ofereciam mestrado e doutorado.

Assim o país teve um acréscimo significativo na química nacional e no exterior, através de orgãos financiadores nacionais, o número de expansão de cursos de pós-graduação têm se elevado nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, sendo que a última região a ser alcançada em larga escala foi o Norte, como consequência destacamos a realidade nacional em indústrias, pois aproveitam poucos doutores, no entanto a grande massa de formados na área de Ensino Superior em química pelas universidades privadas, tendem a  perder em relação a pesquisas para os profissionais das universidades públicas, pois cuja massa não tem tradição de pesquisa.