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Sobre Mineralogia e Minerais Mineralogia

Por:   •  27/5/2021  •  Resenha  •  1.160 Palavras (5 Páginas)  •  144 Visualizações

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Sobre mineralogia e minerais

Embora o aparecimento da mineralogia como ciência seja relativamente recente, a prática das atividades mineralógicas é tão velha quanto a civilização humana. Pinturas em túmulos no vale do rio Nilo, executadas há quase 5000 anos, mostram artífices ocupados em pesar malaquita e metais preciosos, em fundir metais e em negociar com gemas de lápis-lazúli e de esmeralda. Minerais e produtos derivados de minerais figuram amplamente no crescimento de nossa cultura tecnológica atual, desde o sílex valioso da Idade da Pedra até os minérios de urânio do cientista atômico do presente.  Substâncias e produtos minerais são indispensáveis ao bem-estar, à saúde e ao padrão de vida do homem moderno, sendo os recursos naturais de uma nação mais valiosos e guardados ciosamente.

        O homem tem mostrado secular dependência relativamente aos minerais para suas armas, seu conforto, seus ornamentos e muitas vezes para suas necessidades prementes. É surpreendente que muitas pessoas tenham somente uma vaga ideia sobre a natureza dos minerais e fiquem alheias à existência de uma ciência sistemática a eles concernente. Entretanto, quem quer que tenha escalado uma montanha, caminhando por uma praia de mar ou trabalhado em um jardim, viu minerais em sua ocorrência natural. As rochas de uma montanha, a areia de uma praia ou o solo de um jardim, todos, são compostos completamente, ou, em grande parte, por minerais. Mesmo mais familiares na experiência diária são os produtos feitos de minerais, pois todos os artigos de comércio, se não minerais mesmo, são minerais na origem. Todos os materiais comuns usados em uma construção moderna tiveram sua origem em minerais.

        Em geral, representando os materiais de que as rochas da crosta da Terra são feitas, os minerais constituem a ligação mais importante e tangível com a história de nosso planeta. Através deles é possível a elucidação dos aspectos físicos, químicos e históricos da crosta terrestre. Por sua vez, o termo mineral e o estudo da mineralogia limitam-se aos materiais de ocorrência natural. Assim, o aço, o cimento, o reboco e o vidro não são considerados minerais, pois foram elaborados pelo homem. Um rubi sintético, embora seja idêntico do ponto de vista químico, físico e estrutural a um rubi natural não é, assim, um mineral. Uma limitação ulterior imposta aos minerais é a que eles sejam de natureza inorgânica. Nestas condições, o carvão, o petróleo, o âmbar e os ossos de animais estão excluídos embora ocorram naturalmente na crosta da Terra. Também a pérola produzida por um animal e a própria concha, embora idênticas, química e estruturalmente, aos minerais aragonita e calcita, não são classificadas como minerais.

        Talvez a limitação mais importante e significativa imposta à definição de um mineral é que ele deva ser um elemento ou um composto químico. Esta restrição origina-se da imagem consistente da estrutura de um sólido cristalino como sendo uma estrutura de átomos, íons, ou grupo de átomos, estendida indefinidamente nas três dimensões do espaço, constituindo o que se chama de retículo cristalino. Tal sólido deve obedecer necessariamente às leis das proporções múltiplas e definidas e ser, como um todo, eletricamente neutro; donde, deve apresentar composição que possa ser expressa por fórmula química. Nestas condições, estão eliminadas todas as misturas mecânicas, mesmo se inteiramente uniformes e homogêneas.

O estudo dos minerais é um campo altamente integrado relacionado intimamente, de um lado, com a geologia e de outro com a física e a química.

        O estudioso de minerais pode, no campo, cartografar as formações rochosas, os depósitos minerais, as feições estruturais da crosta terrestre e depois submeter os espécimes que colecionou a exame minucioso no laboratório, usando as técnicas do químico e do físico. Não é necessário e nem desejável encarar o estudo dos minerais desmembrado em divisões definidas, porque as propriedades químicas, físicas e morfométricas estão intimamente relacionadas e são interdependentes.

        Todavia, para facilitar mais o tratamento do assunto, costumam-se usar as seguintes divisões arbitrárias: cristalografia, mineralogia física, mineralogia química e mineralogia descritiva.

        Embora os mineralogistas modernos partilhem das disciplinas científicas do físico e do químico e usem técnicas físicas e químicas para construir um quadro mais verdadeiro e mais exato da natureza intrínseca dos minerais cristalinos, nunca esqueceram que também são naturalistas, cujo propósito primário é a pesquisa das soluções dos problemas da história da terra. Tampouco os estudiosos de minerais, em sua preocupação com os átomos e os retículos espaciais, tornaram-se insensíveis ao apelo imaginativo do mundo de grandeza ordenada situado sob seus pés.

        A história do estudo dos minerais mostra que as técnicas e a filosofia têm sido mudadas profunda e repetidamente pela introdução de novos instrumentos e novos conceitos. O estudo dos minerais é hoje um produto vivo e podemos esperar, no futuro, revisões de ponto de vista e de métodos semelhantemente drásticos.

Atividade

1 - Considerando a sua sala de aula, cujas partes principais estão listadas na tabela abaixo, preencha as colunas com os diversos materiais e respectivos minerais que as compõem;

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