TRABALHO SEMI AUTOMÁTICO GESTÃO DE DOENÇAS ESPECÍFICAS
Projeto de pesquisa: TRABALHO SEMI AUTOMÁTICO GESTÃO DE DOENÇAS ESPECÍFICAS. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: jane.farmaciaftc • 30/11/2014 • Projeto de pesquisa • 1.263 Palavras (6 Páginas) • 561 Visualizações
TRABALHO DE SEMIOLOGIA
DOENÇA HIPETENSIVA ESPECIFICA DA GESTAÇÃO.(DHEG)
1-INTRODUÇÃO.
A Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG) é uma das complicações mais comuns e de maior morbimortalidade materna e perinatal ocupando o primeiro lugar dentre as afecções próprias do ciclo grávido-puerperal .Segundo artigo SBAC, Sociedade brasileira de análises Clínica, sobre Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG),incidência à evolução para a Síndrome de HELLP* de autoria de Janaina Angonesi & Angelita Polato, os distúrbios hipertensivos são as complicações médicas de maior relevância durante o período gravídico puerperal. O termo "hipertensão na gravidez" é usualmente utilizado para descrever desde pacientes com discreta elevação dos níveis pressóricos, até hipertensão grave com disfunção de vários órgãos. As manifestações clínicas, embora possam ser similares, podem ser decorrentes de causas diferentes.
Na identificação das formas de manifestação da hipertensão arterial na gravidez é fundamental diferenciar a hipertensão que antecede a gravidez daquela que é condição específica da mesma. Na primeira, a elevação da pressão arterial é o aspecto fisiopatológico básico da doença, a segunda é resultado da má adaptação do organismo materno à gravidez, sendo a hipertensão apenas um de seus achados. O impacto dessas duas condições, sobre mãee feto, é bem diferente, assim como seu controle
A Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG) é o distúrbio mais comum na gestação. O diagnóstico da DHEG se faz por volta da 24ª (vigésima quarta) semana de gestação.
FISIOPATOLOGIA
A DHEG envolve virtualmente cada órgão e sistema do organismo. Há grande aumento na resistência vascular periférica e hiper-reatividade a vasoconstritores, negando a vasodilatação e refratariedade vascular própria da gravidez normal. Alguns eventos fisiopatológicos, incluindo placentação anormal e hipersensibilidade vascular, podem ocorrer semanas ou meses antes do reconhecimento clínico da doença.
Entretanto uma das principais alterações fisiopatológica da DHEG é a vasoconstrição generalizada, onde o fluxo plasmático renal e a filtração glomerular estão significativamente reduzidos, havendo uma redução do fluxo sanguíneo uterino. (Queenan, 1987). A lesão renal da pré-eclâmpsia pode ser responsável pela aumentada excreção proteica bem como pela diminuição na filtração glomerular. O ritmo de filtração glomerular aumenta normalmente durante a gravidez, níveis séricos de creatinina superior a 0,9 é considerado anormal em mulheres grávidas e requerem avaliação complementar. A excreção renal de sódio diminui na pré-eclâmpsia, causando retenção hidrossalina, embora formas graves da doença possam ocorrer na ausência de edema. A maior parte do fluido retido se localiza no espaço intersticial.
2- PATOLOGIA
Esta patologia caracteriza-se por hipertensão acompanhada de proteinúria e/ou edema, sendo estes chamados de tríade da DHEG . Classifica-se a DHEG em duas formas básicas: pré-eclâmpsia (forma não convulsiva marcada peloinício da hipertensão aguda após a vigésima semana de gestação) e eclampsia, que é um distúrbio hipertensivo gestacional que se caracteriza pelos episódios convulsivos consequentes a efeitos cerebrais profundos da pré-eclâmpsia.
A eclampsia é responsável por uma parcela significativa dos casos de mortalidade materna e perinatal sendo frequentemente associada à complicações de órgãos vitais como SNC, o fígado e os rins. Apesar de submetida à extensiva investigação nos últimos anos, a fisiopatologia da eclâmpsia continua matéria puramente especulativa, sendo sua etiologia desconhecida.
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As complicações da DHEG afetam muitos sistemas orgânicos, como os sistemas cardiovasculares, renal, hematológico, neurológico, hepático e uteroplacentário; tais como: descolamento da placenta, prematuridade, retardo do crescimento intra-uterino, morte materno-fetal, oligúria, crise hipertensiva, edema pulmonar, edema cerebral, trombocitopenia, hemorragia, acidente vascular cerebral, cegueira, intolerância fetal ao trabalho de parto e a Síndrome de HELLP.
3- SINAIS E SINTOMAS.
Os sintomas da DHEG, geralmente terminam com o parto, porém, podem persistir por 24 a 48 horas após o parto. Anteriormente a este período, pode surgir acompanhando doença trofoblástica gestacional.
SINTOMAS PRINCIPAIS
• Edema de face e mãos, edema dos MIs ao levantar
• Ganho de peso de mais de 500g por semana
• Proteinúria: 300 mg/24h
• Elevação da pressão arterial
FATORES DE RISCO:
A causa exata desta doença é desconhecida. Sua incidência é de aproximadamente 6% das gestações. O aumento dos casos está associado com:
• Primigestas, adolescentes ou mulheres com mais de 35 anos.
• desnutrição
• História familiar de hipertensão
• Hipertensão crônica
• Diabete melito
• Gestação múltipla
• polidrâmnio
• Incompatibilidade Rh
• Mola hidatiforme
A pré-eclampsia é classificada em leve ou grave, de acordo com o grau de comprometimento.
Considera-se grave quando presente um ou mais dos seguintes critérios:
• Pressão arterial diastólica igual/maior que 110 mmHg;
• Proteinúria igual/maior que 2,0 g/l em 24 horas;
• Oligúria (menor que 500 ml/dia, ou 15 ml/hora);
• Níveis séricos de creatinina maiores que 1,2 mg/dl;
• Sinais de encefalopatia hipertensiva;
• Sinais de insuficiência cardíaca;
• Dor epigástrica ou no hipocôndrio direito.
SINTOMAS
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