TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS

TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS

Transplante é um tratamento que consiste na substituição de um órgão ou de um tecido doente de uma pessoa (receptor) por outro sadio, de um doador vivo ou falecido. É um método usada para dar as pessoas uma sobrevida, é feito rigorosamente por profissionais treinados para que não traga riscos ao receptor.

Com o avanço das tecnologias, surgiu a necessidade de aprovar a lei que autoriza a retirada e transplante de órgãos para finalidade terapêutica e científica, em caso que o doador é cadáver, a morte deve ser atestada por dois ou mais médicos não pertencentes à equipe de transplantes. O primeiro transplante de órgão no mundo foi realizado em 1933 por um cirurgião ucraniano, no Brasil o primeiro relato dessa cirurgia aconteceu em 1965 no estado de São Paulo.

RIM: É o procedimento cirúrgico que substitui um rim doente do paciente por um rim saudável de um doador vivo ou cadavérico, sendo a mais frequente de doadores vivos. Indicado aos portadores de insuficiência renal terminal que ocorre quando a função dos rins é inferior a 10% da sua capacidade de funcionamento, hipertensão, diabetes e outras doenças renais. O órgão dura cerca de 48 horas fora do corpo.

CORAÇÃO: Este procedimento é indicado aos indivíduos de todas as idades, desde recém-nascido a idosos que apresentam doenças cardíacas graves, onde outras intervenções cirúrgicas e medicação já não surtem efeito. Pacientes que apresentam danos irreversíveis causados pela doença das coronárias sob forma de múltiplos ataques cardíacos e pacientes que apresentam doença do músculo propriamente dito (cardiomiopatia).

Transplante ortotópico: Um coração doente é removido e implantado um órgão saudável retirado de um doador.

Transplante heterotópico: O coração do doador é implantado sobre o coração do receptor com a finalidade de ajudar o bombeamento do sangue.

O órgão dura cerca de de 4 a 6 horas fora do corpo.

PÂNCREAS: É o procedimento cirúrgico em que um pâncreas saudável e produtor de insulina é transplantado de um doador para o paciente. Normalmente é associado ao transplante renal, pois as chances de se obter sucesso são maiores quando há a associação dos dois órgãos. Tem como objetivo reverter ou bloquear as complicações diabética. Indicado aos pacientes com idade entre 18 a 55 anos, diabéticos que já receberam um transplante renal prévio .O órgão dura cerca de 12 a 24 horas fora do corpo.

FÍGADO: Consiste na realização de uma cirurgia que substitui o órgão doente por um fígado saudável, doado pela família de um paciente diagnosticado com morte encefálica ou do doador vivo, em que um voluntário aceita doar apenas uma parte de seu fígado para o paciente, cientes de que este órgão tem a capacidade de regenerar-se com o tempo. O transplante destina-se para o paciente portador de doença hepática aguda ou crônica em fase terminal. O órgão dura cerca de 12 a 24 horas fora do corpo.

PULMÃO: O transplante pulmonar é uma alternativa terapêutica que se retira um ou dois pulmões do doador para ser implantado em outro paciente. O objetivo de transplante é substituir o órgão doente por um sadio e muitas vezes significa a única chance de sobrevivência do paciente. Os pacientes que têm indicação para o transplante são os que estão em estágio avançado de doenças pulmonares, com exceção do câncer, e cujo tratamento não responde mais aos medicamentos. O órgão dura cerca de 4 a 6 horas fora do corpo.

INTESTINO: Os transplantes intestinais, apesar de ainda não terem adquirido o mesmo sucesso de que os outros órgãos, têm sido indicados e realizados com maior frequência em alguns centros de transplante, com resultados satisfatórios. O transplante intestinal é indicado para pacientes com disfunção intestinal ou submetidos a uma ressecção total ou quase total do intestino delgado, produzindo uma síndrome de má-absorção, conhecida como síndrome do intestino curto.

DOAÇÃO DE TECIDOS

Procedimento cirúrgico que tem como finalidade retirar o tecido ou parte dele e colocar em outra pessoa. Em alguns casos o doador pode ser o próprio receptor.

PELE

Mais conhecido como enxerto, é indicado para fechar imperfeições caudadas.

• Autoenxerto: o doador e o receptor são os mesmos.

• Homoenxerto: indivíduos distintos; contudo, da mesma espécie.

• Xenoenxerto: indivíduos de espécies distintas.

OSSO

Os ossos retirados de um doador, após seu falecimento, podem beneficiar aproximadamente 30 pessoas. Os receptores são aqueles que sofreram perda óssea ou sofrem de alguma deformidade.

CÓRNEAS: Parte anterior transparente e protetora do olho, tecido com menos índice de rejeição, é indicado para a ceratocone (uma deformidade na córnea).

VÁLVULAS DO CORAÇÃO: Auxiliam no fluxo unidirecional do sangue, o bombeia até o pulmão. Por estreitamento ou insuficiência da válvula é necessária a manutenção da mesma. Assim como a pele, as válvulas do coração podem ser substituídas por tecido animal (porco), por humanos já falecidos ou por material sintético.

TENDÃO: Os tendões são estruturas fibrosas, com a função de manter o equilíbrio estático e dinâmico do corpo, através da transmissão do exercício muscular aos ossos e articulações.

CHANCE DE SUCESSO

Dependem do órgão doado, da compatibilidade entre doador e receptor, condições de saúde e características da doença.

RISCO

Devido ao tratamento e recuperação prolongada, os transplantes podem acarretar algumas complicações como qualquer outra cirurgia, como a rejeição e infecção.

REJEIÇÃO

A rejeição acontece quando as células do sistema imunológico identificam algo de “errado” no organismo. Existem formasde evitar, assim como a compatibilidade entre doador e receptor e o uso de medicações específicas. Mesmo com todos esses cuidados a rejeição pode permanecer em casos raros, podendo levar a perda da função do órgão.