IDENTIFICAÇÃO DAS CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO, MUSCULAR, HEMATOPOIÉTICO E NERVOSO
Ensaios: IDENTIFICAÇÃO DAS CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO, MUSCULAR, HEMATOPOIÉTICO E NERVOSO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: EvandroAraujo • 10/4/2013 • 3.129 Palavras (13 Páginas) • 1.731 Visualizações
INTRODUÇÃO
As células com características de forma e função semelhantes se agrupam para constituir tecidos, que podem ser definidos como o conjunto de células com a mesma origem embrionária. Os tecidos diferem uns dos outros no tamanho e forma de suas células, na quantidade e tipo de material entre as células, e nas funções especiais por eles desempenhadas para manter a sobrevivência do corpo (THIBODEAU & PATTON, 2002). Os tecidos que serão abordados são: tecido ósseo, muscular, hematopoiético e nervoso.
Tecido ósseo
O tecido ósseo é o constituinte principal do esqueleto, serve de suporte para as partes moles e de protege órgãos vitais, como os contidos nas caixas craniana e torácica e no canal raquidiano. Aloja e protege a medula óssea, formadora das células do sangue. Proporciona apoio aos músculos esqueléticos, transformando suas contrações em movimentos úteis, e constitui um sistema de alavancas que amplia as forças geradas na contração muscular (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2004). As células do tecido ósseo propriamente ditas são: osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. Os osteoblastos encontram-se nos pontos onde a formação da matriz óssea é muito ativa. São células altamente comprometidas com a síntese de proteínas de tal modo que à medida que os osteoblastos vão produzindo matriz óssea, eles são incluídos nela, convertendo-se em osteócitos. Os osteócitos são as células típicas do osso formado e se encontram em lacunas, são conectadas umas às outras por pequenos canais. (VISHNIVETZ, 1995) Como não existe difusão de substâncias através da matriz calcificada do osso, a nutrição dos osteócitos depende de canalículos que existem na matriz. Esses canalículos possibilitam as trocas de moléculas e íons entre os capilares sanguíneos e os osteócitos. Os osteoclastos são células móveis gigantes extensamente ramificadas. Freqüentemente nas áreas de reabsorção de tecido ósseo encontram-se porções dilatadas dos osteoclastos, colocadas em depressões da matriz escavada pela atividade dos osteoclastos e conhecidas como lacunas de Howship (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2004). Todos os ossos são revestidos em suas superfícies internas e externas por membranas conjuntivas (periósteo e endósteo), que possuem células osteogênicas. O periósteo reveste externamente o osso, sendo constituído por uma camada periférica bem vascularizada e rica com fibras colágenas. O endósteo, camada interna, é constituído de tecido conjuntivo que reveste os espaços medulares e as pequenas cavidades ósseas, que são fonte de células osteoprogenitoras (FREIRE, 2005) Ao ser observado a olho nu, é possível ver que um osso longo tem sua porção densa externa constituída por osso compacto, enquanto a sua porção interna é formada por trabéculas, que constituem o osso esponjoso, o qual contém a medula óssea. A disposição das trabéculas presentes na maioria dos ossos permite maior resistência desse órgão sem aumentar-lhe o peso (JUNQUEIRA 2005). Histologicamente existem dois tipos de tecido ósseo: o imaturo ou primário; e o maduro, secundário ou lamelar. Os dois tipos possuem as mesmas células e os mesmos constituintes da matriz. O tecido primário é o que aparece primeiro, tanto no desenvolvimento embrionário como na reparação das fraturas, sendo temporário e substituído por tecido secundário. No tecido ósseo primário as fibras colágenas se dispõem irregularmente, sem orientação definida, porém no tecido ósseo secundário ou lamelar essas fibras se organizam em lamelas, que adquirem uma disposição muito peculiar (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2004). Os processos de formação do tecido ósseo são chamados de ossificação. Eles ocorrem por dois mecanismos diferentes, dependendo do tipo de matriz extracelular sobre a qual os osteoblastos se apóiam (JUNQUEIRA 2005). O tecido ósseo é formado ou por um processo chamado de ossificação intramembranosa, que ocorre no interior de uma membrana conjuntiva, ou pelo processo de ossificação endocondral (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2004). No tipo intramembranosa, como o nome indica, a ossificação começa sobre membranas preexistentes de tecido conjuntivo. É o que acontece com alguns dos ossos planos do neurocrânio, partes da mandíbula e da clavícula. Nos ossos restantes, a ossificação realiza-se sobre modelos preexistentes de cartilagem. Embora os processos de ossificação apresentem diferenças o osso resultante é idêntico (CARLOS, 2004). Existem três hormônios que atuam na execução da atividade das células do tecido ósseo, são eles: o paratormônio, que atua inibindo os osteoblastos e ativando os osteoclastos, a calcitonina que atua inibindo os osteoclastos e a somatotrofina que atua auxiliando o crescimento dos discos episisários.
Tecido muscular
O tecido muscular é constituído por células alongadas, que contêm grande quantidade de filamentos citoplasmáticos de proteínas contráteis, geradoras das forças necessárias para a contração desse tecido, utilizando a energia contida nas moléculas de ATP. As células musculares têm origem mesodérmica, e sua diferenciação ocorre pela síntese de proteínas filamentosas, concomitante com o alongamento das células. (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2004). Existem três tipos de tecido muscular, são eles: cardíaco, esquelético e liso. O músculo cardíaco compõe a maior parte do coração. As células nesse tipo de tecido são cilíndricas, ramificam-se freqüentemente e em seguida, recombinam-se numa massa contínua de tecido interconectado. Exibem estriações transversais. O tecido rnuscular cardíaco demonstra o princípio que diz: ‘a forma acompanha a função’. A natureza interconectada das fibras musculares cardíacas ajuda o tecido a contrair com uma unidade e aumenta a eficiência do músculo cardíaco no bombeamento do sangue (THIBODEAU & PATTON, 2002). O músculo liso ao microscópio tem aspecto Liso. É constituído por células longitudinais também chamadas de fibras musculares. É o tipo de músculo presente nas vísceras. Suas contrações são involuntárias, ocorrem independentemente da vontade do individuo. (ZORZI & STARLING, 2010). O músculo liso ou involuntário constitui parte importante das paredes dos vasos sanguíneos e de muitos órgãos internos ocos. A contração do músculo cardíaco mantém o sangue circulando, e as contrações do músculo liso fazem muitas coisas, por exemplo, mobilizam o alimento para dentro e para fora do estômago e do intestino, e dão importante contribuição para a manutenção da pressão sanguínea normal (THIBODEAU & PATTON, 2002). O tecido muscular esquelético é formado por feixes de células muito, cilíndricas, multinucleadas e contendo
...