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TRATAMENTO DE EFLUENTES: COMPARATIVO ENTRE LODO ATIVADO E JARDINS FILTRANTES

Por:   •  17/11/2020  •  Artigo  •  5.090 Palavras (21 Páginas)  •  306 Visualizações

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                NO XX – Nº XX, XMÊSX  XANOX

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RESUMO

Este estudo mostra um comparativo entre duas formas de tratamento de efluentes, os jardins filtrantes, tecnologia desenvolvida na França, onde são usadas plantas aquáticas para a retirada da matéria orgânica e para o tratamento da agua, tornando-a própria para banho e reuso, e o lodo ativado, processo que usa bactérias para também realizar a digestão da matéria orgânica e deixando a água em condições de ser lançada nos corpos hídricos dentro das especificações legais dos órgãos ambientais. Será abordado também as vantagens e desvantagens de cada tratamento mencionado, tanto economicamente quanto ecologicamente. E com base nas pesquisas, mostraremos qual a melhor opção para implantação e melhoramento no tratamento de efluentes e saúde da população.

PALAVRAS-CHAVE: tratamento de efluentes, jardim filtrante, lodo ativado

   

  1. INTRODUÇÃO

Vivemos em um mundo em que os recursos naturais são usados descontroladamente devido ao aumento da população e consequentemente do consumo e sem pensar num futuro ou até mesmo no próximo, poluímos, descontroladamente, despejamos qualquer tipo de resíduos tanto nos rios, lagos e mares, quanto no solo.

Por conta dessa alta taxa de consumo diariamente, empresas de todos os ramos e tamanhos, poluem o meio ambiente, com seus processos industriais, hoje ainda são poucas que possuem tratamento de efluentes e de resíduos sólidos, apesar de existirem leis e diretrizes a esse respeito. E não podemos esquecer de nós, não podemos colocar as empresas como as únicas e exclusivamente culpadas dessa poluição, e somos ainda piores, pois somos consumidores de produtos que agridem muito ao meio ambiente, e além também de nós mesmos não separarmos o lixo corretamente, facilitando as cooperativas de reciclagens, diminuindo os lixos nas ruas. Sem contar também que muitas vezes adquirimos muitos produtos sem realmente estarmos precisando como por exemplo, novos televisores, novos aparelhos de som, telefones, celulares e outros equipamentos eletrônicos, estes muitos nocivos ao meio ambiente.

Essas e outras ações fazem com que acabemos tanto com o meio ambiente, quanto com nós mesmos, afinal, não vivemos sem ar, sem comida e muito menos sem água limpa.

Este foi desenvolvido e estudado devido a vários acontecimentos que poderiam ser evitados, tais como, a poluição do ar, da terra e das aguas, que é o nosso foco principal. Segundo dados do IBGE/2010, cerca de 55% dos municípios brasileiros coletam esgoto da população, e 28% dos municípios brasileiros tratam o esgoto coletado. A media nacional de esgoto coletado é cerca de 44%, onde o Distrito Federal fica em primeiro lugar com 86% do tratamento do esgoto coletado, e essa falta de tratamento de efluentes, faz com que mulheres que moram em comunidades sem saneamento básico, tem 30% mais chances de ter problemas na gravidez e crianças e jovens faltem mais as aulas, devido a doenças oriundas da falta de tratamento e estrutura sanitária. E não só isso, a falta de tratamento de efluentes, tanto domésticos, quanto industriais, causam doenças como a febre amarela, cólera, hepatite, diarreia, podendo levar a morte.

Muitas cidades não têm tratamento de água, muito menos esgoto tratado. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas) para cada 1 dólar investido em saneamento, economiza-se 3 dólares em saúde. Mesmo com regiões em pleno desenvolvimento industrial, a chegada de trabalhadores de outras cidades, ainda o investimento em saneamento no Brasil é muito pouco. Desde a década de 50 até o final do século passado, o investimento em saneamento básico no Brasil ocorreu pontualmente em alguns períodos específicos, com um destaque para as décadas de 1970 e 1980. Mesmo assim o Brasil continua marcado por uma grande desigualdade e déficit ao acesso, principalmente em relação a coleta e tratamento de esgoto. Tudo para que possamos ter um mundo mais sustentável, onde a água é a principal fonte de matéria para se fazer produtos que precisamos no dia-a-dia como comidas, bebidas, plantações de diversos alimentos, produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza entre outros.

  1. DESENVOLVIMENTO

2.1 História da evolução do Saneamento Básico

Desde que o homem começou a se deslocar para as cidades, começou a surgir uma preocupação referente ao destino dos dejetos e resíduos, que hoje chamamos de esgoto sanitário. As cidades surgiram e foram acompanhadas pela necessidade por serviços fundamentais para a população, porém há relatos de que os indígenas já se preocupavam com essa questão, eles delimitavam uma área destinada somente para as necessidades fisiológicas.

No início, era bem precário, a coleta era feita através de chafarizes e na drenagem de terrenos.

Muitos antes das redes de fornecimento de água potável, surgiram os primeiros sistemas de esgoto doméstico criado pelo homem, cujo objetivo era apenas dificultar que as chuvaradas espalhassem seus dejetos nas terras mais próximas onde viviam. Escavações arqueológicas indicam que mais de 3 (três) mil anos a/c já existiam ruas alinhadas e ligadas entre si, pavimentadas e drenadas, já existindo, canalizações de esgoto em dutos subterrâneos, construídos de tijolos e argamassa primitiva.

Em 1808, a corte portuguesa chegou ao Brasil e foi aberto vários portos, gerando impactos significativos, em especial ao Rio de Janeiro, que em menos de duas décadas sua população duplicou.

Porém, o saneamento básico não acompanhou esse crescimento populacional. O lugar exclusivo para eliminação dos dejetos se localiza no fundo das casas, eram armazenados em barris especiais e quando enchiam eram transportados pelos escravos e despejadas e lavadas na praça da República. Mesmo assim, havia mau cheiro e pessoas infectadas, uma prova disso, foi entre 1830 a 1851, onde ocorreram 23 epidemias letais na cidade do Rio de Janeiro, dando destaque a febre amarela.

Em meados do século XIX e início do século XX, iniciou-se a organização por serviços de saneamento básico, onde a responsabilidade passou a ser de empresas estrangeiras.

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