O Tratamento De Efluentes Industriais
Ensaios: O Tratamento De Efluentes Industriais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: MartaLuz • 10/4/2013 • 1.416 Palavras (6 Páginas) • 1.190 Visualizações
O Tratamento de Efluentes Industriais
Marta Rosa Luz
Roseli Baitler Zaremba
Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI
Gestão Ambiental (Gam 106)
21/09/2012
RESUMO
A água é um dos elementos mais importantes da natureza, pois é essencial para a manutenção da vida na terra, mas como já é sabido, não é um recurso infinito e muitos locais já sofrem com a escassez de água potável, ou seja, própria para o consumo humano. Este fato remete- nos a entender a importância de preservar este bem chamado água, cuidando dele de todas as formas possíveis e quando a poluição da água é inevitável, devemos tratá-la. O trabalho foi realizado com base em pesquisa documental de estudos realizados em indústrias em geral, indústrias de celulose e papel e frigoríficos e evidencia os tipos de tratamentos mais empregados para este fim.
Palavras- chave: Efluentes industriais. Tratamento de efluentes industriais
1 INTRODUÇÃO
As atividades industriais estão entre as principais fontes de poluição hídrica, visto que, na maioria das vezes, o processo de produção demanda elevada quantidade de água e os elementos utilizados, são altamente poluidores. Desta forma, antes de lançar suas águas residuais nos corpos receptores, esta dever receber o tratamento adequado, estando de acordo com a legislação ambiental que regra o descarte de águas. Então, neste trabalho serão enfatizados alguns conceitos básicos a respeito do tema; os tipos e etapas do processo de tratamento e os parâmetros observados na legislação para descarte em um corpo receptor.
2 CARACTERIZAÇÃO DO EFLUENTE
A água após ser eliminada dos diversos usos a que se destina tais como banho, lavagem das mãos, de roupa, louça e de carros, uso sanitário, produção industrial, entre outros, passa a ser denominada de esgoto ou efluente. O esgoto é composto por 99,9% de água, 0,1% de sólidos e inúmeros organismos vivos, tais como bactérias, vírus, vermes e protozoários, os quais são liberados junto com os dejetos humanos. (JUNIOR, COSTA & LIMA SANTOS, 2012).
Conforme a Resolução CONAMA nº 357/2005 para que seja efetuado o tratamento é necessária à remoção física, química ou biológica dos poluentes e microrganismos de forma a atender aos padrões de saúde e qualidade ambiental definidos na legislação que regula o tema.
A coleta e o tratamento do efluente líquido e do lodo gerado no tratamento são imprescindíveis para o bem estar da coletividade, pois a água é um recurso utilizado para todos os fins que vai desde o consumo para hidratação até a utilização para irrigação, limpeza e, manutenção da vida aquática e terrestre por onde passa o rio.
3 ETAPAS DO TRATAMENTO DE EFLUENTES LIQUÍDOS
Dezotti (2008) cita as seguintes etapas de tratamento primário: gradeamento/peneiramento, caixas de areia, sedimentação, equalização, neutralização, coagulação/floculação e flotação. No entanto, os processos utilizados se darão conforme o tipo de atividade da indústria e de acordo com o tipo de água residuária.
Na primeira etapa, os materiais grosseiros, como pedras, plásticos e similares são removidos pelo gradeamento, as grades podem ser finas, médias ou grosseiras (Dezotti, 2008, p. 58).
O peneiramento pode ser utilizado também para remoção de sólidos, aqueles que não foram retirados no gradeamento. Ainda o esgoto pode ser encaminhado para uma caixa de areia, que tem a finalidade de eliminar substâncias menores. Já na fase de sedimentação, o esgoto vai para o decantador para que ocorra a sedimentação de partículas mais pesadas.
Após a etapa de gradeamento, o efluente é conduzido para um separador de água e óleo (SAO) que consiste em um grande tanque aberto, segmentado, enterrado e com a função de separar a água de hidrocarbonetos. A fração orgânica, sobrenadante, é coletada através de canaletas sendo desviada para outra câmara para ser bombeada para um tanque [...]. Após um intervalo de repouso para decantar partículas de água remanescentes, o tanque é drenado, é feita a analise do teor de BS&W (botton Sedimens & Water- sedimentos de fundo e água) na fase orgânica (sobrenadante) antes desta ser transferida para os tanques de petróleo, a fim de ser reaproveitado.[...](Carvalho, 2006, p. 5).
O processo de floculação ocorre com a adição de água de coagulante, estes fazem com que as partículas que serão eliminadas, formem pequenos flocos e sejam decantadas. A etapa da neutralização serve para corrigir o ph do efluente com a adição de acido/base. Conforme Dezotti (2008), a coagulação tem por finalidade aglomerar os elementos poluidores em partículas maiores para serem removidos por decantação ou filtração.
3.1 TRATAMENTOS SECUNDÁRIOS
O tratamento secundário de efluentes destina-se primordialmente à degradação biológica de compostos carbonáceos. Por ação dos microrganismos, os processos biológicos oxidam constituintes biodegradáveis particulados e dissolvidos, capturam e incorporam sólidos coloidais não sedimentáveis e suspensos para o interior dos flocos biológicos ou biofilmes, transformando ou removendo nutrientes como nitrogênio e fósforo.(Dezotti, 2008, p.84)
Silveira (2010, p. 21), mostra o estudo de caso numa indústria de celulose e papel, o tratamento biológico é usado para reduzir o DQO e o DBO através, dos lodos ativados.
Após a homogeneização em uma lagoa, os efluentes são levados a um reator fechado com aeração de tecnologia "UNOX". Esta tecnologia é uma aplicação do processo por lodos ativados, onde se processa a atividade biológica sobre a matéria orgânica existente e o lodo gerado passa por sedimentação em um decantador secundário. O material decantado é continuamente recirculado à montante do reator, sendo o excesso de lodo extraído e enviado ao adensamento.
Ainda segundo Fernandes
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