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Teoria Abiogênese

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Por:   •  1/7/2014  •  2.070 Palavras (9 Páginas)  •  797 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Várias hipóteses foram formuladas para se explicar o surgimento da vida em nosso planeta, no qual acreditavam que este processo se dava não só por cruzamentos entre si, mas também, a partir de uma matéria bruta. Essa ideia foi proposta por Aristóteles há mais de 2000 anos.

Aristóteles – ± 383 a.C -> Surgimento da vida seria a partir de princípios ativos contidos em certos alimentos, que quando ingeridos poderiam ser ativados. (Abiogênese).

Francesco Redi – séc XVII -> a vida só se origina a partir de outra preexistente, desde que encontre meio favorável ao seu desenvolvimento (Biogênese).

Anton Leeuwenhoek - (poucos anos depois) -> aperfeiçoou o microscópio, revelando que os micro-organismos tiveram seus próprios meios de reprodução.

Louis Pasteur - ± 1895 -> Provou com seus experimentos que um meio estéril em contato com o ar contaminado, permitia a proliferação de microorganismos, logo, à teoria da abiogênese caiu por terra.

ABIOGÊNESE

Abiogênese designa de modo geral o estudo sobre a origem da vida a partir de matéria não viva. O consenso científico atual é que a abiogênese ocorreu aproximadamente entre 4,4 bilhões de anos, quando vapor de água condensou-se pela primeira vez na Terra, e 2,7 bilhões de anos atrás, quando a proporção de isótopos estáveis de carbono (12C e 13C), ferro e enxofre apontam para uma origem biogênica de minerais e sedimentos e marcadores biomoleculares indicam a existência de fotossíntese. Este tema inclui também a panspermia e outras teorias ecogênicas referentes à possibilidade da origem da vida ser extraterrestre ou extraplanetária. Estas hipóteses supõem que a origem da vida ocorreu em alguma altura nos últimos 13.7 bilhões de anos da evolução do Universo desde o Big Bang. Atualmente, o termo abiogênese (do grego a-bio-genesis, "origem não biológica") é usado em referência à origem química da vida a partir de reações em compostos orgânicos originados abioticamente, sendo essa ideia geralmente referida como abiogênese química.

Embora há muito descartadas pela ciência, outras ideias acerca da origem dos seres vivos, geralmente mais antigas, também recebem o nome de abiogênese, e entre elas destaca-se certamente a chamada abiogênese espontânea, ligada à ideia da geração espontânea de organismos já complexos. A geração espontânea, cuja ideia em muito remete à criação do primeiro homem segundo a mitologia cristã, o mito de Adão e Eva, consiste basicamente na suposição de que organismos complexos, a exemplo os que se encontram presentes na atualidade, podem não só se originar de seus progenitores, mas também diretamente do "barro", ou seja, "matéria bruta". Nesse estilo moscas "brotariam" de matéria orgânica em decomposição. A geração espontânea não encontra corroboração científica nos dias de hoje, encontrando-se há muito refutada pela ciência.

Geração espontânea

O defensor mais famoso dessa hipótese na antiguidade foi Aristóteles há mais de dois mil anos, e em sua versão, supunha a existência de um "princípio ativo" dentro de certas porções da matéria inanimada. Esse princípio ativo organizador, que seria responsável, por exemplo, pelo desenvolvimento de um ovo no animal adulto, cada tipo de ovo tendo um princípio organizador diferente, de acordo com o tipo de ser vivo. Esse mesmo princípio organizador também tornaria possível que seres vivos completamente formados eventualmente surgissem a partir da "matéria bruta".

A ideia era baseada em observações - descuidadas, sem rigor científico atual - de alguns animais aparentemente surgirem de matéria em putrefação, ignorando a pré-existência de ovos ou mesmo de suas larvas. Isso antecedeu o desenvolvimento do método científico tal como é hoje, não havendo tanta preocupação em certificar-se de que as observações realmente correspondessem ao que se supunha serem fatos, levando a falsas conclusões.

A invenção e aperfeiçoamento do microscópio renovaram a aceitação à abiogênese. Em 1683, Anton van Leeuwenhoek descobriu os microrganismos, e logo foi notado que não importava o quão cuidadosamente a matéria orgânica fosse protegida por telas, ou fosse colocada em recipientes tampados, uma vez que a putrefação ocorresse, era invariavelmente acompanhada de uma miríade de bactérias e outros organismos. Não se acreditava que a origem desses seres estivesse relacionada à reprodução sexuada, então sua origem acabou sendo atribuída à geração espontânea. Era tentador pensar que enquanto formas de vida "superiores" surgissem apenas de progenitores do mesmo tipo, houvesse uma fonte abiogênica perpétua da qual organismos vivos nos primeiros passos da evolução surgiam continuamente, dentro de condições favoráveis, da matéria inorgânica.

John Needham, em 1745, realizou novos experimentos que vieram a reforçar a hipótese de a vida poder originar-se por abiogênese. Consistiam em aquecer em tubos de ensaio líquidos nutritivos, com partículas de alimento. Fechava-os, impedindo a entrada de ar, e os aquecia novamente. Após vários dias, nesses tubos proliferavam enormes quantidades de pequenos organismos. Esses experimentos foram vistos como grande reforço a hipótese da abiogênese.

Mas em 1768, Lazzaro Spallanzani criticou duramente a teoria e os experimentos de Needham, através de experimentos similares, mas tendo fervido os frascos fechados com sucos nutritivos durante uma hora, que posteriormente foram colocados de lado durante alguns dias. Examinando os frascos, não se encontrava qualquer sinal de vida. Ficou dessa forma demonstrado que Needham falhou em não aquecer suficientemente a ponto de matar os seres pré-existentes na mistura.

Isso, no entanto não foi suficiente para descartar por completo a hipótese da abiogênese. Needham replicou, sugerindo que ao aquecer os líquidos a temperaturas muito altas, pudesse estar se destruindo ou enfraquecendo o "princípio ativo". A hipótese de abiogênese continuava sendo aceita pela opinião pública, mas o trabalho de Spallanzani pavimentou o caminho para Louis Pasteur.

Contra o argumento de Needham sobre a destruição do princípio ativo durante a fervura, ele formulou experimentos com frascos com "pescoço de cisne", que permitiam a entrada de ar, ao mesmo tempo em que minimizavam consideravelmente a entrada de outros micróbios por via aérea.

Dessa forma, demonstrava que a fervura em si, não tirava a capacidade dos líquidos de manterem a vida, bastaria que organismos fossem

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