Teorias Da Dor
Trabalho Universitário: Teorias Da Dor. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: flaviaadrianne • 19/10/2014 • 821 Palavras (4 Páginas) • 3.900 Visualizações
- Teoria do Contra-Irritante
De acordo com essa teoria, a inibição de sinais nociceptivos pela estimulação de receptores não-nociceptivos se dá no corno dorsal da medula espinhal. Com a intensa estimulação nas lâminas medulares do corno posterior diretamente da periferia, interneurônios são ativados para modular a dor de forma inibitória.
Na teoria do contrairritante, um estímulo irritante mecânico, térmico ou químico de forma dolorosa é aplicado para promover alívio da dor. Estudos mostram que o efeito contrairritante está relacionado à liberação de substâncias opioides.
- Teoria das Comportas
Segundo relatos históricos, esta teoria surgiu a partir do objetivo de explicar porque instintivamente as pessoas quando machucadas alisam a região afetada e obtêm analgesia; porque os animais quando sentem dor ou quando seus filhotes apresentam sinais de dor, passam a língua estimulando mecanicamente a região afetada, e obtêm alívio. Ou seja, esta teoria explica que quando se faz uma estimulação mecânica específica na superfície do corpo, este mecanismo inibe a dor através de um suposto “portão” da dor.
Esta teoria funciona da seguinte forma: Em 1965 Ronald Melzack e Patrick Wall, pesquisadores, destacam dois aspectos na percepção da dor: Primeiro, a dor não é uma simples descarga de estímulos produzidos pelo nociceptores mas uma resultante dos estímulos gerados por vários tipos de receptores sensoriais. Segundo, a dor também está sujeita a controles diversos provenientes do SNC. Isto mostra a possibilidade de podermos controlar a dor, já que existem tantos mecanismos que podem atuar de forma inibitória ou excitatória nesta via.
A teoria das comportas também é uma outra forma de explicar a neurofisiologia da TENS. Os impulsos da TENS são transmitidos através de fibras de grosso calibre, do tipo A, que são de rápida velocidade, já os estímulos da dor são transmitidos através de fibras de calibre menor, do tipo C, que são lentas.
Desta forma os estímulos da TENS chegam primeiro ao corno posterior da medula, e despolarizam a substância gelatinosa de Holando, impedindo que os estímulos da dor passem para o tálamo. Sendo assim, as comportas ou portões da dor são fechados, daí o nome: Teoria das Comportas ou Porta da dor.
A característica da teoria das comportas inclui neurônios sensoriais (A-Beta), neurônios sensoriais (A-delta-C), a substância gelatinosa que corresponde a lamina II e III do corno posterior da substância cinzenta da medula e uma célula de transmissão T, também conhecido como uma célula-tracto (via) ou neurônio de 2ª ordem. Ambas (A-Beta) e (A-delta-C) fazem conexão com a substância gelatinosa e no neurônio de 2ª ordem. A substância gelatinosa age como um "modulador" pré-sináptico das fibras largas e finas antes da função com a célula T. O controle foi descrito para ocorrer pelos mecanismos neurofisiológicos nomeados inibição pré-sináptica.
Quando a substância gelatinosa está ativa um aumento de controle pré-sináptico nos axonios de 1ª ordem acontece e o "portão" está relativamente fechado, isto é, diminuindo no número de quantidade sensorial chegando ao 2º neurônio. Por outro lado, a redução na atividade da substância gelatinosa resulta na diminuição do controle pré-sináptico e o portão é considerado "aberto" ,isto é, o número de informações sensitivas chegando a célula T é relativamente não alterada. O equilíbrio de atividade nos neurônios sensitivos largos e finos determina a posição do "portão".
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