Trabalho De Diagnóstico E Intervenção Psicopedagógica
Artigos Científicos: Trabalho De Diagnóstico E Intervenção Psicopedagógica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rballes • 22/5/2013 • 2.143 Palavras (9 Páginas) • 595 Visualizações
ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA
Trabalho de Diagnóstico e
Intervenção Psicopedagógica
São Paulo
2008
O trabalho de avaliação com o paciente L. foi realizado entre os dias 13 de março e 30 de abril de 2008 no Lar Escola São Francisco (LESF).
A etapas para o diagnóstico foram:
- Leitura de prontuário
- Anamnese
- Avaliação psicomotora
- Provas projetivas
- Avaliação de leitura e escrita
- Avaliação de raciocínio lógico – matemático
- Provas Piagetianas – diagnóstico operatório
O prontuário do paciente consta o diagnóstico, avaliações de outras especialidades como a da psicomotora com a fisioterapeuta.
Nosso paciente tem 13 anos, nasceu no dia 16 de setembro de 1994, freqüenta a 4 ª série numa Escola Estadual, mora com os pais, tem cinco irmãos (Cícera, Cecília, Maria das Graças, Edmilson e Marilene) e é de São Paulo.
A mãe tem 59 anos, estudou até a quarta série do E.F. e é dona de casa. O pai tem 54 anos, estudou até a 1 ª do E. F. e faz bicos.
O diagnóstico de L é: Paralisia Cerebral (PC), catarata congênita no olho esquerdo. A habilidade visual monocular (um olho só) dificulta a visão, comprometendo a visualização de determinadas imagens. Não há recursos para recuperar a visão do olho esquerdo, logo não há necessidade de usar óculos.
ANAMNESE
* GRAVIDEZ E PARTO
A gravidez não foi planejada, fez pré-natal, mas durante a gravidez teve problema de pressão alta. L. nasceu de oito meses, o parto foi de cesariana, não chorou ao nascer, apresentou anoxia, cardiopatia, diabetes avançada e ficou 25 dias na incubadora sendo alimentado por sonda nasogástrica. L. não mamou no peito, pois a mãe apresentou algumas complicações e precisou ser submetida a uma cirurgia, devido este fato foi introduzida a mamadeira.
Começou a se alimentar com papa aos seis meses, aceitou bem e não engasgava. O desenvolvimento da fala começou aos nove meses balbuciando. Apresentou controle da cabeça aos seis meses, sentou sem apoio com um ano e a andar com apoio também com um ano.
Sobre o diagnóstico de Paralisia Cerebral, a mãe disse ter perdido dez filhos, com idades entre três meses e um ano, então conformou-se com a notícia do problema do filho.
L. tem convulsões e toma medicamento, tem catarata congênita no olho esquerdo, perda auditiva no ouvido esquerdo. É um adolescente calmo, que dorme bem, tem sono tranqüilo, que gosta de brincar de bola, carrinho, adora música e é comunicativo.
* HISTÓRICO ESCOLAR
L. freqüenta escola desde os seis anos, entrou na pré-escola. Sua adaptação foi tranqüila, se integra bem.
Com sete ou oito anos começou ter dificuldades para acompanhar o grupo e foi nesta época que começaram as convulsões, devido a isto, não queria mais ir à escola. A maior dificuldade, segundo a mãe, está nas atividades de leitura escrita.
L. faz suas lições por iniciativa própria, tem um horário regular para fazer que é antes do almoço ou de brincar.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Nas atividades esportivas apresenta bom deslocamento, bom equilíbrio em quadra, realiza bem recepção e passe de bola, não tem dificuldades na finalização.
L. necessita de intervenção para compreender conceitos básicos, situação de jogos, realizando tudo de forma mecânica sem conseguir assimilar o que lhe é solicitado, copiando primeiro o que os colegas fazem.
Precisa de muito estímulo e exercícios de conscientização corporal.
PROVAS PROJETIVAS
* DESENHO DA FAMÍLIA
L. faz seus desenhos iguais, sempre começa pela parte de baixo, depois faz as pernas, seguindo para tronco, braços, pescoço e cabeça. Quando perguntado o que são as bolinhas na blusa, ele respondeu que estavam todos pintando a casa e que caiu tinta na roupa. Sobre o desenho da cabeça ele disse que estavam de chapéu. Conforme ia desenhando, L. contava sobre os sobrinhos, o bairro e a casa.
* DESENHOS DOS AMIGOS DA ESCOLA
L. desenhou seus amigos da escola, todos tinham fisionomia alegre e também usavam chapéu. Sua forma de desenhar agora mudou, os dois primeiros amigos, foram feitos de cima para baixo e os dois últimos foram feitos de baixo para cima. Perguntamos sobre as camisetas e L. nos disse
que fizeram uma atividade na escola sobre o dia da água e cada aluno pintou “100% água” na camiseta, por
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