Trabalho Pronto

1. INTRODUÇÃO

O aleitamento materno, enquanto prática social, não se esgota em fatores biológicos, mas abrange dimensões construídas sociais, cultural e historicamente (NAKANO, 2003), portanto é uma prática constituída de ideologias e determinantes que resultam das condições concretas de vida (ALMEIDA; NOVAK, 2004). Tal prática tem passado por transformações através dos tempos e, devido à sua complexidade e importância para a saúde materno-infantil, torna-se relevante a constante abordagem e estudo do tema (FONSECA, 2011).

De acordo com as últimas pesquisas do Ministério da Saúde de 2009, 41% das crianças menores de seis meses recebem exclusivamente leite materno e 67,7 % mamam na primeira hora de vida, tendo em vista que a sua exclusividade é a estratégia mais eficaz na redução da mortalidade infantil. Estima-se que ações de promoção do aleitamento materno, sejam capazes de diminuir, respectivamente, em até 13% e 6% a ocorrência de mortes em crianças menores de cinco anos em todo o mundo (MINISTÉRIO DA SAÚDE).

A amamentação é um importante componente da alimentação infantil, pois quando oferecido isoladamente nutri de modo adequado às crianças nos primeiros seis meses de vida (SILVA; MURA 2010), contribuindo para o seu crescimento e desenvolvimento, e dando a ele vantagens imunológicas, psicológicas e nutricionais, trazendo também benefícios importantes para a saúde da mulher, contribuindo para a perda gradual de peso, involução uterina, proteção contra o câncer de mama (CURY, 2009; TOMA, REA, 2008 apud SANTANA et al., 2013).

O ato de amamentar também tem como alvo estimular a intimidade e o estabelecimento do vínculo “mãe-filho”, evita a possibilidade de contaminação alimentar, reduz a ocorrência de distúrbios como desnutrição e obesidade e preenche as necessidades orgânicas do bebê, sem deficiências ou excessos (SILVA et al., 2005).

Dê acordo com o grande o número de casos de desmame precoce no Brasil a situação do aleitamento materno ainda está longe de ser preconizada. Este fato decorre, muitas vezes, por fatores socioeconômicos e demográficos, como a idade e escolaridade da mãe, a cultura, e a percepção que a mãe tem sobre aleitamento e também orientação durante o pré-natal (MAGRIet al., 2011; ESCARCE et al.,2013).

2. OBJETIVO GERAL

• Analisaros conhecimentos das mães sobre a importância do aleitamento materno, entre as mulheres que estão internadas na enfermaria de ginecologia e obstetrícia do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul situada em Campo Grande/MS.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Avaliar o conhecimento das mães quanto ao aleitamento materno.

• Orientar as mães através das dúvidas levantadas durante a coleta de dados, e oferecer ao termino do trabalho folder contendo passos para uma amamentação ideal, pois só então teremos a deficiência das duvidas.

3. JUSTIFICATIVA

Pensando em seus fatores determinantes o presente trabalho tem como ação desenvolver o preparo das mulheres para a lactação durante o período de internação, contribuindo para o sucesso e informação através da orientação sobre a importância do aleitamento materno, pois durante a assistência, tanto pré-natal quanto pós-natal, as mulheres devem ser informa¬das dos benefícios da amamentação, das desvantagens do uso de leites não humanos e devem ser orientadas quanto às técnicas da amamentação, para aumentar a sua habilidade e confiança, prevenindo pro¬blemas que possam resultar em risco para a saúde da gestante e do bebê.

4. REVISÃO DA LITERATURA

O leite materno é incontestavelmente o alimento ideal para o lactente, em especial nos seis primeiros meses de vida, com benefícios superiores aos demais leites, sendo ele rico em gorduras, com vantagens nutritivas através das substâncias de defesa que não são encontradas no leite de vaca e em nenhum outro, tendo ele como característica em promover o crescimento, desenvolvimento e proteção para o bebê (BRITO; OLIVEIRA, 2006).

O leite materno é composto por carboidratos (de 35% a 44%) fonte de energia, sendo os mais importantes à lactose e os oligossacarídeos prebióticos; gorduras (de 35% a 58%) fonte concentrada de energia, rica em ácidos graxos importantes para o desenvolvimento do cérebro, da retina e dos tecidos nervosos; Proteína (de 5% a 7%) fonte de aminoácidos importantes para o crescimento e desenvolvimento da criança; Cálcio e fósforo atuam na formação dos ossos e dentes; Vitamina A envolvida nos processos de crescimento, desenvolvimento visual e integridade do sistema imunológico;Ferro previne a anemia(MINISTÉRIO DA SAÚDE).

Alguns dos fatores biológicos no leite humano que explicam a estimulação do sistema imunológico do lactente são as citosinas, as vitaminas, os neutrófilos e bífido-bactérias, que em conjunto fortalecem os mecanismos de defesa do hospedeiro contra agentes infecciosos, por tanto as crianças amamentadas têm menor exposição a antígenos, e ao mesmo tempo o leite materno promove a maturação da mucosa gastrointestinal, altera a microflora intestinal e tem funções de antiinflamatórios (DELGADO, 2013).Já o leite animal possui ausência de propriedades antiinfecciosas e fatores de crescimento; água insuficiente; deficiência em vitamina em vitaminas A e C (CARVALHO et al., 2011) .

Além dasvantagens do leite materno, ocorre também a economia familiar, pois um pais como o nosso que a maioria da população vive com dificuldades financeiras, tendo-seum gasto médio mensal com a compra de leite para um bebê nos primeiros 6 meses de vida varia de 23% a 68% do salario mínimo(ORQUIZA, 2005 apud PARIZOTTO; ZORZI 2008; MARQUES et al., 2011).Tendo em vista que as mães devem receber, desde a gravidez até o pós-parto, atenção diferenciada e informações complexas sobre como amamentar o seu filho, sobre os benefícios que acarreta à amamentação, sobre as desvantagens do uso de leites não humanos e devem ser orientadas quanto às técnicas