Virus
Seminário: Virus. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dunha555 • 1/3/2014 • Seminário • 869 Palavras (4 Páginas) • 293 Visualizações
Os pesquisadores Dr. Robert Martuza, da Escola de Medicina de Harvard, Dr. Bernard Roizman, da Universidade de Chicago, e Dr. Ian Mohr, da Universidade de Nova York, levantaram a hipótese de que os vírus podem ser desenvolvidos para combater tumores.
No início dos anos 1900, não havia muito a ser feito pelos pacientes com câncer. A menos que os cirurgiões extirpassem o tumor, a doença geralmente significava um fim rápido e inevitável. Contudo, em dezenas de casos publicados ao longo dos anos, os médicos notaram tendências peculiares. Ocasionalmente, os pacientes que lutavam contra o câncer gozavam de uma breve interrupção nos tumores malignos quando contraiam uma infecção viral.http://ads.abril.com.br/RealMedia/ads/adstream_lx.ads/infoexame/plantao/642472352/Bottom/AbrilDefault/default/empty.gif/79557355766b3133724f554142516578
Não se tratava de coincidência. Os pesquisadores descobriram que vírus comuns algumas vezes atacam células cancerígenas. Durante décadas, eles tentaram controlar o fenômeno para transformá-lo em um tratamento contra o câncer. Agora, após uma longa série de fracassos, eles estão próximos do sucesso no uso de vírus geneticamente modificados para matar as células cancerígenas.
"Trata-se de um período muito empolgante", afirmou o Dr. Robert Martuza, neurocirurgião chefe no Hospital Geral de Massachusetts e professor de neurociência da Escola de Medicina de Harvard. "Eu acredito que o método funcionará em alguns tumores e com alguns vírus". Os candidatos já estão realizando testes avançados, observou o médico.
As células cancerígenas conseguem se replicar de forma desenfreada, mas existe uma compensação. Elas não conseguem repelir a infecção com a mesma eficácia das células saudáveis. Por isso, os cientistas têm buscado formas de criar vírus que sejam fracos demais para danificar células saudáveis, mas fortes o suficiente para invadir e destruir células cancerígenas. Esse tem sido um desafio difícil e duradouro.
Os pesquisadores iniciaram a jornada em 1904, quando descobriram que mulheres com câncer cervical apresentavam uma recuperação temporária quando eram vacinadas contra raiva. Em meados do século, os médicos administravam vírus vivos em pacientes com câncer. Eles tentaram infectar crianças em estado terminal com o vírus da poliomielite e o adenovírus. Além disso, eles injetaram em pacientes misturas feitas com fezes de crianças normais, galinhas doentes e com suspensões do baço de gatos silvestres, infectados com o vírus da panleucopenia felina, a "praga do gato".
Esses experimentos provaram estar destinados ao fracasso. Os cânceres retornavam, ou, nos piores casos, as próprias injeções causavam "o desenvolvimento de infecções letais em seu hospedeiro", de acordo com um relatório do periódico American Journal of Pathology, de 1964.http://ads.abril.com.br/RealMedia/ads/adstream_lx.ads/infoexame/plantao/2001497283/Bottom/AbrilDefault/default/empty.gif/79557355766b3133724f554142516578 O campo de investigação foi abandonado por determinado período. Contudo, em 1991, Martuza apoderou-se da ideia de usar o vírus do herpes simples 1 no combate ao câncer.
O genoma do vírus do herpes simples 1 é comparativamente maior e pode se adaptar a inúmeras mutações e supressões. Martuza enfraqueceu o vírus removendo alguns de seus genes. O vírus modificado foi injetado em camundongos com câncer no cérebro, experimento que levou à reabilitação. Contudo, a maioria dos camundongos morreu de encefalite.
Em 1990, Bernard Roizman, virólogo da Universidade de Chicago, descobriu um gene mestre no vírus do herpes. Quando esse gene é removido, o vírus não possui mais força para vencer as defesas das células saudáveis. Constatou-se que o vírus modificado
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