Caracterização dos triacilglicerídeos do óleo de girassol através da reação de saponificação.

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Disciplina: Bioquímica

Professores: Fábio Lirio e Priscilla Henriques

Prática II: Caracterização dos triacilgliceróis do óleo de girassol através da reação de saponificação

Alunas: Glenda Guimarães

Julia Maini

Juliana Castro

 Larissa Leal

 Larissa Neves

Turma: QIM 261

Data de realização: 08/05/2018

Data de entrega: 14/05/2018

1. INTRODUÇÃO

Os lipídeos são moléculas orgânicas caracterizadas pela insolubilidade em água e por ser solúvel em solventes orgânicos. São compostos por ácidos graxos e álcool, ou seja, são ésteres. [3] Exercem diversas funções biológicas e elas estão atribuídas a sua natureza hidrofóbica, como reserva energética altamente concentrada, composição das membranas celulares, isolantes térmicos, impermeabilizadores de algumas superfícies de animais e vegetais, constituem o tecido adiposo, entre outras funções de extrema importância para os seres vivos. [1] 

São classificados como lipídeos simples e compostos. Os lipídeos simples são constituídos apenas de ácidos graxos e álcool e quando sofrem hidrólise dão origem aos mesmos como, por exemplo: gorduras, óleos e ceras. Os lipídeos compostos quando hidrolisados geram outros grupos além de ácidos graxos e álcoois. Exemplo: fosfolipídeos, glicolipídeos e esteróis. [5]

Os ácidos graxos são responsáveis pela hidrofobicidade dos lipídeos, pois são cadeias hidrocarbonadas, geralmente tendo de 4 a 24 carbonos, podem apresentar insaturações ao longo dessa cadeia e ao final apresenta um grupo carboxila. [5]

Os triacilgliceróis (TAG) são substâncias de reserva energética para os animais e são armazenados no tecido adiposo. São ésteres derivados de ácidos graxos e glicerol, conforme a reação abaixo:

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Os óleos são misturas complexas de triacilgliceróis, onde os ácidos graxos apresentam alto grau de instauração, o que não permite um bom empacotamento das moléculas fazendo com que ele seja líquido à temperatura ambiente. [5]

Há reações que envolvem óleos e gorduras que podem apresentar certas vantagens como, por exemplo: reação de saponificação (figura 2). É uma reação de hidrólise básica dos TAG, ou seja, reação do mesmo com água catalisada por NaOH ou KOH e por meio do aquecimento há formação de um sal de ácido graxo que é o sabão. Essa reação caracteriza a presença de ácidos graxos no óleo ou na gordura e forma sabão, por isso é vista como vantajosa. [5]

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O sabão formado possui uma cadeia R de característica apolar que é proveniente do ácido graxo e uma extremidade polar proveniente da interação íon-íon entre o cátion e o ânion (figura 3). Isso permite com que a parte polar reaja bem com a água e a parte apolar reaja bem com as sujeiras que geralmente são gorduras. [5]

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As moléculas de sabão estão distribuídas na forma de micelas (figura 4), ou seja, estruturas globulares formadas por várias moléculas de sabão. A cadeia apolar fica voltada para o interior da micela e a cabeça polar para o exterior. Sendo assim, a sujeira/gordura se deposita no interior da micela enquanto a água interage com a parte externa. Isso diminui a tensão superficial da água, diminuindo a repulsão entre a gordura e a água fazendo com que haja limpeza. [6]

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1. OBJETIVO

O objetivo da prática foi caracterizar os triacilgriceróis do óleo de girassol através da reação de saponificação e observar as propriedades físico-químicas dos sabões.

1. MATERIAIS E MÉTODOS

1.  Materiais

• Tubos de ensaio 10 x 150 mm e 15 x 190 mm;
• Bécher de 500 mL;
• Placa de aquecimento;
• Pérolas de vidro;
• Pipetas de 2,0 e 5,0 mL;
• Pera;
• Estante para tubos de ensaio.

3.1.2. Reagentes

• Óleo de girassol;
• HCl P.A.;
• Solução de Potassa alcoólica;
• Solução de CaCl2 10%;
• Solução saturada de NaCl.

1. Métodos

• Procedimento 1: Solução mãe

Foi adicionado 1,5 mL de Óleo de girassol e 10 mL de Potassa alcoólica a um tubo de ensaio contendo 20 pérolas de vidro. Após isso foi aquecido em banho-maria à aproximadamente 85°C por 30 minutos. O banho-maria foi regulado para que a temperatura permitisse que o conteúdo do tubo de ensaio estivesse sempre em ebulição. Essa solução foi intitulada de solução mãe.

• Procedimento 2: Tubo I

Pipetou-se 2 mL da solução mãe e foi adicionado a um tubo de ensaio (Tubo I). Logo, completou-se o volume até 5 mL com água.

• Procedimento 3: Tubo II

Uma alíquota de 1 mL foi transferida do Tubo I para outro tubo (Tubo II) e adicionou-se 0,5 mL de solução de Cloreto de Cálcio (CaCl2) a 10% e em seguida a solução foi agitada.

• Procedimento 4: Tubo III

Uma alíquota de 1 mL foi transferida do Tubo I para outro tubo (Tubo III) e adicionou-se 3 mL de solução saturada de Cloreto de Sódio (NaCl) e em seguida a solução foi agitada.

• Procedimento 5: Tubo IV

Pipetou-se 1 mL da solução mãe e foi adicionado a um tubo de ensaio (Tubo IV). Após isso, adicionou-se 1 gota de Ácido Clorídrico (HCl).

• Procedimento 6: Tubo V

Foi adicionado 1 mL de óleo de girassol, 1 mL de água e 1 mL da solução contendo sabão, chamada solução mãe, em um tubo (Tubo V). E para fins de observação um outro tubo foi preparado contendo 1 mL de óleo de girassol e 1 mL de água (Tubo VI).

1. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a realização dos procedimentos citados anteriormente foram observados os seguintes resultados :

Tubos	Observação
Tubo I	Formação de espuma na superfície
Tubo II	Espuma + ppt. branco denso
Tubo III	Espuma + ppt. branco
Tubo IV	Sólido em suspensão
Tubo V	Sistema bifásico
Tubo VI (controle tubo V)	Sistema bifásico( branco)

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