O Trabalho de Bioinformática
Por: Larissa Kirszenblatt • 4/11/2021 • Monografia • 1.409 Palavras (6 Páginas) • 172 Visualizações
Trabalho de Bioinformática
ALUNOS:ELEANDRA CÂNDIDO; PRISCILA FLORES; LARISSA MAGALHÃES;NATHALY CARVALHO E DANIEL AZEVEDO
INTRODUÇÃO
A incidência de câncer de mama varia com o grau de desenvolvimento social e econômico do país, e a incidência em países de alta renda é muito maior do que em países de baixa e média renda. Porém, não há diferença significativa na mortalidade dessa doença, pois a taxa de sobrevida ao câncer de mama desta última ainda é muito baixa. Nas últimas décadas, o aumento nas taxas de sobrevida dos pacientes nos países desenvolvidos deve-se ao aumento da conscientização, detecção precoce e melhoria do tratamento da doença.
No Brasil, o câncer de mama é o principal tipo de tumor maligno que atinge as mulheres. Desde 2004, o Ministério da Saúde recomenda exames clínicos anuais para mulheres assintomáticas com 40 anos ou mais e mamografias bienais para mulheres de 50 a 69 anos. Recomendações mais fortes para pessoas pertencentes a grupos de alto risco. Quase dez anos depois, nenhum estudo foi encontrado para avaliar o nível de implementação dessas recomendações e os resultados obtidos em nível nacional. Até o momento, não foi avaliada a capacidade do Sistema Único de Saúde (SUS) de prestar serviços para atingir sua meta de controlar o câncer de mama no país e, em última instância, atender às necessidades de saúde das mulheres brasileiras.
Em 2009, foi implantado o Sistema de Informação para o Controle do Câncer de Mama (SISMAMA) para padronizar a coleta de dados nacionais de rastreamento, diagnóstico e tratamento do câncer de mama e avaliar as ações de controle da doença.
Considerando a incidência do câncer de mama por região, excluindo os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é mais comum no Sudeste, com 73 casos novos por 100.000 mulheres, e na região Sul (71 / 100.000), Centro-Oeste (38 / 100.000) e Nordeste (27 / 100.000). Na região norte, é o segundo tumor mais comum, com 15 novos casos por 100.000 mulheres. Entre as principais capitais do país, 6170 casos novos em São Paulo, 1230 casos novos no Rio de Janeiro e 1170 casos novos em Porto Alegre são os locais com maior incidência de câncer de mama. Além da maior prevalência de fatores de risco nessas cidades, esse fato também pode ser atribuído ao atendimento de pacientes de cidades do interior e até mesmo de alguns estados do Norte e Nordeste.
A ocorrência do câncer de mama varia entre países segundo o grau de desenvolvimento socioeconômico, sendo as taxas nos países de alta renda muito superiores às de média e baixa renda. No entanto, não existe um diferencial claro na mortalidade pela doença porque esses últimos ainda têm índices de sobrevida por câncer de mama muito baixos. A melhoria na sobrevida das pacientes em países desenvolvidos nas últimas décadas foi decorrente do aumento do alerta sobre a doença, da detecção precoce e do aprimoramento do tratamento.
No Brasil, onde o câncer de mama é o principal tipo de neoplasia maligna que afeta as mulheres, o Ministério da Saúde preconiza, desde 2004, o exame clínico anual para mulheres assintomáticas a partir dos 40 anos de idade e a mamografia bienal para as mulheres entre 50 e 69 anos – com recomendações mais intensas para as que pertencem a grupos de alto risco. Após quase uma década, não foram localizados estudos que avaliem, em âmbito nacional, o grau de implantação dessas recomendações e os resultados obtidos. Tampouco foi avaliada, até o momento, a capacidade do Sistema Único de Saúde (SUS) de produzir serviços para cumprir seus propósitos de controle do câncer de mama no país e, em última instância, atender às necessidades de saúde das mulheres brasileiras. Em 2009, foi implantado o Sistema de Informação para o Controle do Câncer de Mama (SISMAMA), para padronização da coleta de dados sobre o rastreamento, o diagnóstico e o tratamento do câncer da mama em todo o país e permitir a avaliação das ações de controle da doença.
Justificativa
As ações de prevenção ajudam a minimizar o custo de cuidado com saúde, além de melhorar a qualidade de vida das pessoas. As consequências de uma doença crônica podem atingir os aspectos sociais e econômicos do país, dificultando seu desenvolvimento. O tratamento com a doença, a perda de produtividade e os custos com a saúde são despesas sociais e econômicas para os indivíduos. Vale destacar que as mudanças no estilo de vida das mulheres tendem a aumentar os fatores de risco da doença, associado a ocorrências tais como: ausência da maternidade, realização de intervenção hormonal, a maternidade pós 30 anos de idade, bem como maus hábitos como: sedentarismo, má alimentação, obesidade, tabagismo e consumo de álcool em excesso, além do histórico familiar de câncer, sendo a idade o principal fator de risco para o diagnóstico do câncer de mama, no qual a faixa etária de incidência é mais frequente em mulheres acima dos 40 anos. Assim, apesar dos avanços com programas e propaganda de prevenção, o número de brasileiras diagnosticadas com a doença continua a se elevar. Até o fim de 2014, no Brasil, são esperados 57.120 novos casos do câncer de mama, ou seja, são 56,09 casos a cada 100 mil mulheres.
Objetivo
Pretende-se, neste estudo, avaliar a cobertura do rastreamento do câncer de mama na população alvo e o seguimento de lesões mamográficas sugestivas de malignidade e examinar se o número de achados mamográficos anormais e o volume de cirurgias realizadas são apropriados, dadas as estimativas de incidência do câncer de mama na população dependente do SUS para o Brasil e grandes regiões, segundo grupos etários.
A escassez de dados no Brasil favorece a discussão para abordagens empíricas por muitas sociedades médicas, mídia, ONGs e até mesmo universidades públicas, dificultando os legisladores e gestores da saúde na tomada de decisões custo/efetiva para a redução da mortalidade por câncer de mama. Assim, a aquisição de mamógrafos para rastreamento e a ampliação do gasto com quimioterápicos demandam espaço na mídia como prioridades aos gestores.
Metodologia
Foram utilizados os dados do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA), do SISMAMA, do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), referentes a mulheres com idade igual ou superior a 40 anos em 2010, para o Brasil e grandes regiões (Departamento de Informática do SUS. Informações em Saúde. http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/in dex.php?area=02). Os dados da população para o cálculo de denominadores foram obtidos do censo decenal de 2010 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Sinopse do Censo Demográfico 2010. http://www.ibge.gov.br).
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