Relatório De Estágio Supervisionado Ii - Hematologia
Por: Dayane Alves • 4/4/2023 • Projeto de pesquisa • 2.882 Palavras (12 Páginas) • 407 Visualizações
FACULDADE DE AMERICANA
CURSO DE BIOMEDICINA
Joana Maria
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II - HEMATOLOGIA
Americana/SP 2022
Joana Maria
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II –
HEMATOLOGIA
Trabalho referente a estágio supervisionado do curso de Biomedicina da Faculdade de Americana – FAM, sob orientação da professora Ana Carolina Amaral Lopes Marron.
Americana/SP
2022
INTRODUÇÃO À HEMATOLOGIA CLÍNICA
A Hematologia clínica é um estudo do sangue e seus elementos figurados como as hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas, estuda também os órgãos pelos quais as hemácias são produzidas, como medula óssea, baço e linfonodos que provêm dos órgãos hematopoiéticos, estuda também as doenças relacionadas.
Doenças essas que comprometem a produção dos componentes sanguíneos. Essas complicações variam entre miomas, leucemias, linfomas e anemias, podendo tanto ser benignas ou malignas. Entre os sintomas mais comuns destas doenças hematológicas estão o aparecimento de manchas roxas pelo corpo, conhecidas como petéquias equimoses, razão estas pela queda de contagem de plaquetas, além de, cansaço e palidez cutânea (COSTA; SONATI,2008).
- INTRODUÇÃO A SÉRIE VERMELHA
A série vermelha é destinada a interpretação quantitativa e qualitativa dos elementos do sangue, sendo formados em 3 partes: eritrograma (parte vermelha), leucograma e plaquetograma.
EDTA: anticoagulante que impede formação do trombo como padronização a tampa roxa.
Recomenda-se que o paciente esteja em jejum de 4 horas antes de realizar o hemograma.
2.1 HEMACIAS
São células sanguíneas chamadas também de glóbulos vermelhos ou eritrócitos. Servem de transporte para o gás oxigênio e gás dióxido de carbono. São as células em maior quantidade no sangue, as hemácias tem a cor vermelha, deixando o sangue com a mesma cor, essa cor é derivada de uma pigmentação proteica, a hemoglobina, que tem por função o transporte dos gases (GONÇALVES, 1985).
As hemácias tem o formato de um disco bicôncavo, formato este, que deixa a superfície da membrana maios que uma célula plana, deixando assim as células mais eficientes na difusão dos gases respiratórios. São células anucleadas, sem núcleo. São formadas a partir de célula tronco presentes na medula óssea, que em seu processo final perde o núcleo, liberando espaço para armazenamento da proteína hemoglobina (RBAC, 2017).
Em seu citoplasma não são encontradas mitocôndrias e elas duram um período curto de cento e vinte dias, e sua vida curta pode ser explicada pela falta de material genético, onde a falta de DNA impossibilita a transição do RNA mensageiro e a produção proteica pelos ribossomos. Sem esta síntese proteica fica impossível a célula fazer a substituição de proteínas desgastadas durante o período de vida das hemácias. As hemácias velhas são destruídas pelo fígado e pelo baço, onde parte de seus componentes são reciclados para produção de novas hemácias e o restante é eliminado pela urina e fezes (LAPA, 2014). [pic 1]
Figura 1: hemácias
Fonte: http://www.medquimheo.com.br
2.2 LEUCOCITOS
Também são chamados de glóbulos brancos oriundos da medula óssea, que agem como escudos defensores do organismo contra micro-organismos que causam doenças, como vírus, bactérias, parasitas e até mesmos alergias (NETO; MARIANO; SÓRIA, 2009).
São fundamentais para o Sistema Imunológico, servindo de indicadores de doenças capazes de ataca-los. Os leucócitos são compostos por quatro tipos de fagócitos, sendo eles: Os Neutrófilos que são responsáveis contra infecções bacterianas. Os Eosinófilos que são responsáveis pela defesa contra os parasitas e alergias. Os Basófilos que permitem a dilatação dos vasos sanguíneos. e os Monócitos que são responsáveis pela destruição das células mortas e também pela fagocitose de micro-organismos (MOSS; HOFFBRAND, 2018).
Os leucócitos são produzidos pela medula óssea e são tão importantes que algumas doenças são percebidas na realização de exames que calculam sua quantidade no sangue, seu volume normal é de 3.700 a 10 mil a cada mm³(microlitro) de sangue em média. Quando esse número se eleva, dizemos que há leucocitose e quando há um número muito baixo, dizemos que há leucopenia. Ambos os casos precisam de atenção para descoberta da causa, podendo ser uma falha na medula óssea (GRANDO, 1996).
[pic 2]
Imagem 2: Leucócitos
Fonte: https://www.oncologialondrina.com.br
2.3 PLAQUETAS
Também chamadas de trombócitos, não são células completas, são fragmentos de citoplasma formados na medula óssea, a partir de células denominadas megacariócitos. No sangue, atuam na cicatrização de feridas e reparação de vasos sanguíneos, além de impedir a ocorrência de hemorragia e auxilia no processo de coagulação. São estruturas citoplasmáticas, sem núcleo, que medem de 2 μm a 4 μm de diâmetro, quando estão circulando pelo sangue tem formato de disco achatado e quando estão realizando sua função tem formato esférico (RBAC, 2009).
As plaquetas possuem importante funções, uma delas é a função hemostática, que é a interrupção de fluxo sanguíneo por um vaso. Isto quer dizer que a plaqueta auxilia na reparação de lesões vasculares, impedindo assim, a ocorrência de hemorragias. Durante a reparação dos vasos sanguíneos, as plaquetas sofrem alterações, permitindo assim a eficiência do processo. Primeiramente elas aderem ao colágeno, em seguida unem – se a partir das interações entre fibrinogênio e receptores de superfície, neste momento as plaquetas se dilatam e formam uma espécie de tampão no local lesionado, diminuindo assim a perda de sangue (GONÇALVES, 2020).
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