A Atividade Física, Envelhecimento e Saúde
Por: Ezra Roman • 5/8/2020 • Artigo • 2.545 Palavras (11 Páginas) • 345 Visualizações
Atividade Física, Envelhecimento e Saúde
Ezra Roman da Silva Ramos¹
Manasses Penha Dias dos Santos²
RESUMO
O século XXI diferentemente de qualquer outra época, tem se destacado por profundas e radicais transformações, no aumento do tempo de vida da população. O objetivo desta revisão é destacar a importância da atividade física na melhora e manutenção da saúde de idosos. Este artigo trata-se de uma revisão de literatura, através de busca de artigos científicos .Os estudos que abordam o assunto são unânimes com relação à importância da atividade física na terceira idade. Percebe-se, por meio deste estudo, que a prática de atividades físicas é de fundamental para a qualidade de vida do idoso, e que inúmeros são os benefícios que a atividade física proporciona para saúde desta população.
Palavras-chave: Envelhecimento, Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida.
INTRODUÇÃO
Devido ao aumento da expectativa de vida e à diminuição da taxa de fertilidade, a proporção de pessoas maiores de 60 anos vêem aumentando de forma mundial. O envelhecimento da população pode ser considerado um êxito das políticas de saúde pública e do desenvolvimento socioeconômico, porém também constitui um desafio para a sociedade, que deve adaptar-se a ele, a fim de melhorar a saúde e a capacidade funcional das pessoas idosas, assim como sua participação social e sua segurança (TERRA & DORNELLES, 2005).
As tendências demográficas se indicam na inversão da pirâmide populacional de muitos países, inclusive o Brasil: se antes as pessoas que ultrapassavam 55-60 anos de idade não representavam uma grande porcentagem com relação ao número total da população e o maior número encontravam-se na infância e adolescência, atualmente produz-se o fenômeno ao contrário, ou seja, a base da pirâmide populacional começa a diminuir, aumentando seu ápice, onde se encontram as pessoas idosas. Por meio às mudanças que se produzem na sociedade (surgimento de serviços sociais organizados, mudanças no sistema de organização familiar, incorporação da mulher no âmbito laboral, avanços tecnológicos, novos avanços médicos etc.) repercute em um incremento das necessidades de saúde e da distribuição de serviços sociais para a população idosa (TERRA, 2010)
Sendo assim os motivos pelos quais se decidiu realizar um projeto sobre a terceira idade estão relacionados em se considerar ser esta uma parte da população que se encontra “esquecida”, apesar do grande potencial que tais pessoas ainda possuem para contribuir socialmente. Outro motivo, é que, muitas vezes, pessoas idosas vivem em completo abandono, sem receber os cuidados adequados e necessários para se manter e alcançar uma boa qualidade de vida, incluindo a realização de atividades físicas, já que vivemos em uma cultura em que não se ensina a envelhecer.
Quando se pensa em envelhecimento saudável, além das medidas gerais de saúde pensa-se também em atividade física. Esta preocupação tem sido discutida com grande frequência nos países desenvolvidos e nos demais países em desenvolvimento como o Brasil.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O termo idoso se utiliza para referir-se àquela pessoa que se encontra dentro dos parâmetros que se chama terceira idade ou população de pessoas idosas. Assim, entre as características que definem este tipo de população, se encontra uma idade que oscilará entre os 60 e 65 anos para acima. Outra questão que caracteriza este tipo de população e que se toma também como parâmetro para defini-la nesta etapa, é o tema da aposentadoria ou término da atividade laboral por haver passado a barreira de anos estipulada, e que determina até quando uma pessoa se considera ativa (BARROS, 2007)
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as pessoas de 60 a 74 anos são consideradas de idade avançadas, de 75 a 90 são vistas como velhas anciãs e as que ultrapassam os 90 anos são denominadas grandes longevos. No entanto, de modo geral, chamam-se, indistintamente, a qualquer pessoa com idade superior a 60 anos, de pessoa da terceira idade (BARROS, 2007).
Nesse contexto Neri (2011) descreve que o envelhecimento como um processo dinâmico, gradual, natural e inevitável, processo em que se dão mudanças a nível biológico, corporal, psicológico e social, que transcorre no tempo e está delimitado por ele. Apesar de que todos os fenômenos do envelhecimento sejam manifestados em todos, não se envelhece de igual maneira, nem tampouco cada parte do organismo envelhece ao mesmo tempo. O envelhecimento, como tudo o que é humano, sempre leva o selo do singular, do único, do individual.
Constitui os atributos ambientais e os fatores de risco de todo tipo aos que esteja exposto o sujeito ao longo de sua vida. É evidente que não envelhecem da mesma forma a pessoa que se mantém fisicamente ativa e a que não o faz; e que condicionantes como o tipo de vida, a alimentação, o nível de poluição ambiental, o fumo e o consumo de álcool etc., vão exercer uma grande influência sobre a forma como se envelhece (BARBOSA, 2010).
Segundo Simões (2004), existe um consenso internacional em que o esforço fisiológico relacionado com a atividade física, a saúde e a forma física repercutem em seis áreas: o estado dos ossos, a força muscular, a flexibilidade do esqueleto, a forma do corpo, a forma física do aparelho motor e a forma física do metabolismo. Além disso, está comprovado que a atividade física também gera efeitos na saúde mental, na função cognitiva e na adaptação dos indivíduos em seus ambientes sociais.
Para os idosos a atividade física consiste em atividades recreativas ou de jogos, deslocamentos (por exemplo, passeios caminhados ou em bicicleta), atividades ocupacionais (quando a pessoa desempenha atividade laboral), tarefas domésticas, jogos, esportes ou exercícios programados no contexto das atividades diárias, familiares e comunitárias (PORTO, 2008).
MATERIAIS E MÉTODOS
Para que os objetivos desta pesquisa fossem alcançados realizou-se uma pesquisa de revisão bibliográfica: é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. (GIL, 2008)
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