A Dopamina
Por: Giselle Kitahara • 17/9/2019 • Dissertação • 3.034 Palavras (13 Páginas) • 316 Visualizações
Alana Maria de Sousa Dutra 190023431
Ana Karolina Silva de Oliveira 160001722
Barbara de Lima Lessa 190025077
Daniel Alves Araújo 190011785
Gabriela Alarcon Alves Lauria 190028211
Giselle Oliveira do Vale 190013711
Guilherme Ferreira Martins 190029056
Lorranny Carvalho Sousa 190032847
Dopamina e Serotonina
Brasília
2019
- Introdução
No presente trabalho serão abordados dois neurotransmissores: a dopamina e a serotonina. De ambos será retratado suas características principais, seu mecanismo de ação, os principais distúrbios relacionados os processos de recaptação ou reciclagem e agonistas e antagonistas relacionados.
- DOPAMINA E SEROTONINA
A Serotonina é um composto orgânico encontrado primeiramente no sangue. Posteriormente, em 1948 a mesma foi parcialmente purificada, cristalizada e nomeada. Anos mais tarde descobriu que a serotonina é amplamente encontrada em toda natureza, assim como em outras partes do corpo além do sangue. Ela realiza um papel no organismo como um neurotransmissor no cérebro. A sua no organismo pode resultar em carência de emoção racional, sentimentos de irritabilidade, crises de choro, alterações do sono e uma série de outros problemas emocionais. Para nosso propósito, entendemos que a Serotonina é uma substância chamada de neurotransmissor e existe naturalmente em nosso cérebro. Sua função é conduzir a transmissão de uma célula nervosa (neurônio) para outra. Quimicamente a serotonina ou 5-hidroxitriptamina (5-HT) é uma indolamina, produto da transformação do aminoácido L-Triptofano. O triptofano, conhecido também como 5-HTP (5-hidroxitriptofano), é um nutriente encontrado em alimentos ricos em proteínas, como carne, peixe, peru e laticínios. Sua importância na psiquiatria deve-se ao fato de ser o precursor direto da serotonina.
Já a Dopamina é um neurotransmissor liberado pelo cérebro que realiza um número de papéis nos seres humanos e nos outros animais. Entre algumas das funções notáveis estão: Movimento, memória, recompensa agradável, comportamento,atenção,inibição de produção do prolactina , sono e humor.
Modo de ação da Dopamina
A dopamina é sintetizada principalmente em áreas do sistema nervoso central e periférico. Como no hipotálamo, no núcleo arqueado e no núcleo caudado do cérebro. As células cromafinas produzem dopamina nas regiões dopaminérgicas do cérebro. Além disso, o tecido nervoso e a medula das glândulas suprarenais também sintetizam a dopamina. A dopamina é sintetizada através do aminoácido tirosina e é acumulada em vesículas sinápticas nos terminais axônicos dos neurônios dopaminérgicos. Esses neurônios são encontrados principalmente em uma parte do cérebro chamada substância negra.
Uma vez no espaço sináptico a dopamina difunde-se e é rapidamente captada pelos receptores da membrana pós-sináptica. Ela pode também ser recaptada pelo neurónio pré-sináptico e reincorporada em vesículas por transportadores de alta afinidade. Pode também ser degradada tanto na fenda sináptica quanto no terminal pré-sináptico. As catecolaminas são rapidamente metabolizadas pela catecol-Ometiltransferase (COMT) e pela monoaminoxidase (MAO), convertidas à forma O-metilada e desaminadas, respectivamente. O ácido homovanílico (AVH) é o produto final do metabolismo da dopamina.
A dopamina atua em receptores específicos para ela. Cinco subtipos de receptores de dopamina em mamíferos são agrupados em duas classes.
- Classe de receptores do tipo D1 - compreende os subtipos de receptores D1 e D5
- Classe de receptores do tipo D2 - Compreende os subtipos de receptores D2, D3 e D4
Esses receptores têm propriedades de sinalização parecidas. No entanto, eles possuem diferentes vias de transdução de sinal que determinam seus subtipos.
Todos os receptores de dopamina são receptores encaixados à proteína G (GPCRs), cuja sinalização é principalmente mediada pela interação e ativação das proteínas de ligação ao GTP (proteínas G). Os membros dessa superfamília também são chamados de receptores 7-transmembranares, pois atravessam a membrana celular sete vezes. Eles também são chamados de receptores serpentinos por causa da maneira semelhante à serpente, na qual serpenteiam para frente e para trás através da membrana.
2.1 Modo de ação da dopamina
Como os receptores da dopamina se encontram em diferentes locais, são formadas vias doparminérgicas que desempenham diferentes ações, sendo elas:
Via dopaminérgica mesolímbica:
São os neurônios que se projetam pelas diferentes áreas do sistema límbico, como o núcleo accumbens. O sistema límbico é o principal responsável pelos processos emocionais do nosso cérebro. Nesse sistema, a dopamina desempenha importantes funções em vários comportamentos emocionais.
Dentre essas funções está a administração do sistema de recompensa do cérebro. Quando realizamos ações que o corpo avalia como benéficas, a dopamina é liberada nessa via, criando dessa forma uma sensação subjetiva de prazer que leva a repetir tais comportamentos. Esses comportamentos vão desde as biologicamente programadas, como matar a fome ou a sede, até as que são exclusivamente sociais e aprendidas.
As dependências que as drogas provocam ocorrem porque elas estimulam o circuito de recompensa de uma maneira muito intensa. Isso faz com que o nosso cérebro avalie o consumo dessas substâncias como algo benéfico para nós, o que nos leva a repetir tal comportamento.
Via dopaminérgica mesocortical:
Essas são as vias que se projetam em direção ao córtex pré-frontal do nosso cérebro. Essa região é responsável pelas habilidades de execução, ou seja, aquelas relacionadas ao planejamento e à tomada de decisões. A dopamina age nessa região ao gerar alternativas, escolher a mais adequada e se orientar na direção da mesma.
Um déficit de dopamina nessa região (como no caso da esquizofrenia) provoca uma menor resposta cognitiva. O indivíduo deixa de reagir a estímulos externos e parece não se interessar por nada. Outras alterações nessa via estão relacionadas com outros transtornos como o TDAH ou a depressão.
Via dopaminérgica nigroestriada:
Os axônios desses neurônios dopaminérgicos se projetam em direção aos gânglios basais do nosso encéfalo. Essa via parte do sistema nervoso extrapiramidal, o qual é responsável por controlar os movimentos motores do nosso corpo.
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