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A EDUCAÇÃO FÍSICA E DIVERSIDADE CULTURAL: UM DIÁLOGO POSSÍVEL

Por:   •  24/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.860 Palavras (12 Páginas)  •  136 Visualizações

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SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO........................................................................................................4

DESENVOLVIMENTO.................................................................................................5

2-EDUCAÇÃO FÍSICA E DIVERSIDADE CULTURAL: UM DIÁLOGO POSSÍVEL...................................................................................................................5

3- EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E INCLUSÃO: ALUNS DESENCONTROS.....................................................................................................7

4- EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA......................................................................................................9

5- RESOLUÇÃO DE QUESTÕES............................................................................11

6- CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................13

7 - REFERÊNCIAS.................................................................................................14

  1. INTRODUÇÃO

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade da educação básica destinada àqueles que não tiveram a oportunidade de acessar ou continuar os estudos nas etapas dos ensinos fundamental e médio na idade apropriada. Constituída como instrumento para a aprendizagem e educação ao longo da vida, a EJA promove articulação com a educação profissional, além de proporcionar a construção de conhecimentos de maneira diferenciada para o público a que se propõe. De acordo com o Parecer da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE / CEB 11/2000, p. 05), que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, “[...] a EJA é uma categoria organizacional constante da estrutura da Educação Nacional com finalidades e funções específicas”. Esta afirmação determina uma especificidade para a EJA, o que marca um modo diferenciado de ação;

O Parecer propõe um importante processo de reorganização curricular para as turmas da EJA, cuja definição ficou sob a responsabilidade de cada Secretaria de Educação das instâncias Estadual e Municipal. Outro ponto relevante deste documento diz respeito à apresentação das três funções desta modalidade de ensino: reparadora, equalizadora e qualificadora. A primeira diz respeito à exclusão histórica daqueles jovens e adultos; a segunda é relativa à ampliação da EJA para a diversidade social brasileira, através da possibilidade do retorno educacional desses sujeitos e, a terceira demarca o sentido permanente da educação

A Lei 9.394/96 (BRASIL,1996) estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional e dedica a Seção V do Capítulo II para a EJA: “Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular” (Art. 38). Ora, se as disciplinas que compõem o currículo das turmas da EJA estão de acordo com a base curricular das turmas do ensino regular, a Educação Física, assim como, a Matemática, a História, a Geografia, o Português, dentre outras, também deve ser oferecida para os Jovens e Adultos, nos Ensinos Fundamental e Médio.

2- EDUCAÇÃO FÍSICA E DIVERSIDADE CULTURAL: UM DIÁLOGO POSSÍVEL.

A diversidade cultural é de extrema importância para os futuros docentes, na qual vivemos num país multicultural​, portanto, até a implantação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, as quais abordam o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena e suas contribuições na formação da sociedade nacional nas áreas social, econômica e política na história do Brasil; havia uma negação de suas contribuições à história nacional.

O entendimento de (OLIVEIRA,2007), trás a possibilidade de parece-me  oportuno  abordar  que no  estudo  o  ensino  da  Educação Física, no tocante da  diversidade  cultural  dos educandos, mostra-se um avanço a consideração das diferenças nos processos educativos. Porém,  com  o  risco  da  ação  pedagógica,  em  nome  desses  pressupostos,  cair  num  particularismo exagerado, num reducionismo pedagógico, num “vale tudo”, no qual as possibilidades são tantas quantas forem as diferenças.

A escola é o lugar onde a intervenção pedagógica intencional desencadeia o processo de ensino. O professor deve estar atento em propiciar um ambiente que desenvolva habilidades cognitivas no aluno, bem como, ligar

à sociedade (família, comunidade, etc). Apesar dos avanços legais, os recursos orçamentários ainda são muito escassos e a vontade política nem sempre presente. O compromisso deve estar institucionalizado para não ficar restrito a ações individuais de alguns professores, visto que é um tema interdisciplinar.

Uma “Educação Física do diálogo”, no entendimento com (OLIVEIRA,2007), estaria atenta aos riscos do relativismo exagerado que, conforme evidenciado, incorre em equívocos pedagógicos no trato com as diferenças e diferentes, o que implica em ações e concepções também equivocadas. Pensar numa “Educação Física do diálogo” é, antes de tudo isso, entender que as práticas corporais fazem parte de um patrimônio cultural e que, como tal, devem ser acessadas pelos sujeitos, inclusive nas suas várias formas de serem pensadas e encenadas nos diversos contextos socioculturais.        

  As atuais políticas públicas no Brasil, entre elas, o sistema de quotas instituído em algumas leis municipais, estaduais e federais, e que conferem determinada prioridade à população afrodescendente ao acesso a vagas em empresas estatais, assim como às universidades, vem corrigir anos de discriminação e espoliação, objetivando conferir à população afro-brasileira seus direitos integrais.

Se não houver mudanças das práticas nas atitudes em relação às diferenças, de modo a eliminar o preconceito e a discriminação, a inclusão permanecerá apenas de direito e não de fato.        Dessa forma, a possibilidade de enfrentamento das desigualdades de oportunidades, estereótipos, preconceitos, ainda diluídos nos cotidianos escolares, dado pela perspectiva intercultural de educação, aponta para outro tipo de relação social escolar, um diálogo mútuo entre diferentes perspectivas. Trabalhar o seu conteúdo a partir da vivência da cultura local, regional e étnica, e da experimentação de práticas que permitam ao(a) aluno(a) refletir sobre a sua ação enquanto sujeito social capaz de transformar e interagir com o ambiente em que vive, a ponto de o modificar.

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