A HISTÓRIA E TEORIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Por: Lilazevedo • 14/6/2020 • Trabalho acadêmico • 915 Palavras (4 Páginas) • 201 Visualizações
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HISTÓRIA E TEORIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Centro UniversitárioClaretiano
Bacharelado em Educação Física
História e Teoria da Educação Física
Profª Jayanna De Rezende Bachetti
Portfólio 10º semana
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2016
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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
De acordo com o estudo realizado na Unidade 2, elabore um texto de no máximo duas laudas, caracterizando as principais práticas sociais relacionadas à Educação Física e como estas práticas podem ser trabalhadas no cotidiano profissional do Licenciado em Educação Física e do Bacharel em Educação Física, utilizando predominantemente o material oficial indicado.
RESPOSTA:
De acordo com Werneck (2003), dicionários etimológicos de latim-português apresentam vários termos de mesma raiz que podem ter originado a palavra “recreation” no inglês e "recreação" no português, como, por exemplo, recreator (o que restabelece, que é reparador, renovador, restaurador) e recreo (reproduzir, reparar, restabelecer, restaurar, renovar, recrear, deleitar, alegrar, divertir, distrair).
No entanto, a palavra “recreação” não era utilizada no vocabulário corrente da língua portuguesa do século 19. Mas, nesse contexto, já eram empregados os termos "jogo" e "recreio" ou mesmo "jogos de recreio", relacionados ao brincar e ao prazer, destacando-se os efeitos de recuperação, restabelecimento e regeneração que sua vivência proporcionava, especialmente para as crianças.
Esses jogos passaram a integrar os sistemas de ensino e outras instituições não-formais de educação, sendo vistos como atividades revestidas de grande potencial pedagógico. Werneck (2003) indica que os "jogos de recreio" faziam parte dos programas de "ginástica" dos alunos e das alunas de seis a 13 anos da Escola Normal do Brasil, criada em 1835. Em meados do século 20, outros estados brasileiros passaram a incluir jogos, danças e brincadeiras infantis em seus currículos como conteúdo da ginástica nas escolas.
Foi nesse momento que os jogos e as brincadeiras, dentre outras práticas que possibilitavam o recreio e o divertimento das crianças, passaram a ganhar uma preocupação pedagógica nas instituições formais de ensino. Portanto, foi essa dimensão educativa que constituiu as bases do que convencionalmente se denomina "recreação" em nosso país, ultrapassando, assim, o sentido etimológico do termo, relacionado, apenas, ao restabelecimento, à distração ou à diversão.
Entretanto, considerando o entendimento de recreação corrente na educação física brasileira, verificamos uma concepção bem diferente, ao menos no contexto escolar, baseada na conformação cultural e na prática irrefletida.
Werneck (2003) indica que artigos publicados na década de 1920 não são muito diferentes dos atualmente publicados nessa temática. Ainda hoje, a ênfase incide sobre a sistemática operacional de jogos e brincadeiras, o que dificulta a ação-reflexão-ação, bem como a apropriação sensível, criativa, contextualizada e crítica das diversas práticas culturais que podem ser trabalhadas na Educação Física escolar.
A análise de artigos publicados na década de 1920 e em datas posteriores aponta que a história da "recreação" se confunde com a própria história da Educação Infantil no âmbito escolar. Os jogos representavam, na época, uma nova forma de educar e de exercitar o corpo das crianças. Assim, a recreação no contexto escolar estabeleceu grandes vínculos com a Educação Física desde as primeiras décadas do século 20.
Nos sistemas formais de ensino, os saberes privilegiados nas ações pedagógicas relacionadas à recreação foram os chamados “jogos motores”, as atividades rítmicas e as dramatizações, dentre outros conteúdos que eram desenvolvidos por professores especialistas ou pelas próprias professoras regentes do ensino primário.
De acordo com Werneck (2003), por ser considerados altamente educativos, esses conteúdos acabaram constituindo a essência dos programas de Educação Física Infantil com o objetivo de promover determinadas habilidades, como: destreza, concentração, sociabilização, espírito de equipe e respeito às regras.
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